Autor Tópico: Fuji F30  (Lida 11585 vezes)

Roberto O. Almeida

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Resposta #45 Online: 26 de Julho de 2006, 13:52:09
Vê meu post, Gus. Veja a exposição.


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Resposta #46 Online: 26 de Julho de 2006, 14:04:48
Então ta, pessoal.
Se por qualquer motivo (não me interessa qual, sei que vai vir alguem com explicações técnicas do ponto de saturação ou mais) a exposição da Fuji tiver que ser maior que a das outras câmeras em abertura e isos iguais, se torna um belo de um engodo.
Qual a utilidade do ISO alto usável? Aumentar a sensibilidade e usar velocidades maiores em situações de pouca luz, pelo menos pra mim. Se eu não posso ter isso na Fuji, por que ela é extraordinária? Ter um iso 1600 que seja mas que vai me dar uma velocidade igual o iso 400 de qualquer outra, qual a vantagem?
 


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Resposta #47 Online: 26 de Julho de 2006, 14:05:53
Alguns comentários:

- Comparar com uma D50 é piada, se não fosse questões como latitude, cores, um arquivo mesmo em JPEG ISO 1600 da D50 tem ruído, mas nada de artefatos da redução de ruído (NR), já essa Fuji em ISO 400 começam a aparecer artefatos, sendo bem evidentes em 800, e 1600/3200 é absurdo, então independente dos méritos dessa compacta, é bem coisa do Dpreview vendido querer comparar, me admiro de gente que entra nessa, melhor é esquecer esse tipo de comparação;
- RAW seria bom, mas concordo que numa cam desse tipo não é imprescindível;
- Lentes, me desculpem os fans de Fuji mas são uma droga, o que ela produz de CA e PF em situações médias de contraste é algo absurdo, nas extremas nem se fala;
- E agora essa questão da sensibilidade que o Ricardo, Bruno e Roberto tocaram, já vi o Dpreview fazer isso anteriormente com Canon, agora Fuji tbm? É impressão minha ou estão vendendo ISO 400 por 1600?

Se for isso essa câmera é um belo engodo.
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Resposta #48 Online: 26 de Julho de 2006, 14:23:37
Bom, primeiro que não sabemos quanto de luz tem no lugar....
Isso é um fator super importante. :) As fotos não foram feitas no mesmo dia e, portanto, podem ter sido submetidas a quantidades de luz diferentes, a exposição é regida por um método matemático extreamente consistente, tanto que você pode usar um fotômetro de mão para comandar qualquer câmera. Todo o escalonamento é feito baseado em padronizações matemáticas definidas pelo padrão ISO e que levam em consideração os níveis de saturação da imagem, mas isso não garante brilho, não garante máxima nitidez, não garante máxima latitude, em fim, só garante que o ISO está no ponto de máxima saturação.
Quando entro mais detalhadamente nas discuções sobre termos e qualidade de imagem eu o faço exatamente para que o entendimento de como funciona uma câmera, seus processos e pós-processos ajudem no entendimento total de como obter o máximo do equipamento.
De um lado temos o desequilíbrio da latitude, do outro a forma como é processada a imagem pelo processador, um caso típico disso é Canon, ela tem um desequilíbrio que deixa imagens tão brilhantes como Fuji (a Nikon é quem tem imagens mais brilhante pelo tipo de desequilíbrio) porém ela "revela" mais brilhante do que a própria Nikon.
Mas só para brincar...
As fotos abaixo foram feitas exatamente nas mesmas condições de luz, controladas pelo fotômetro Minolta IV de luz incidente, tenho por testemunha o Groba que participou da execução das mesmas e foi responsável por ajustas as câmeras.
Todas estavam em ISO 200, f/8.0, 1/125s, com exatamente a mesma luz ambiente.
Gostaria que a princípio vocês me colocassem na ordem da foto mais brilhante para a menos brilhante, vamos brincar com percepção.



Para arrematar essa frase que acho maravilhosa para que as pessoas abram sua mente e parm de acreditar simplesmente no que observam no final ;)

"Se entendermos as maneiras pelas quais cada estágio do processo irá formar a imagem final, teremos inúmeras oportunidades de controlar esse resultado de modo mais criativo. No caso de não compreendermos o processo, ou renunciarmos ao controle em favor da automação de um ou outro tipo, estaremos permitindo que o sistema imponha os resultados, em vez de controlá-los para nossas finalidades." (Ansel Adams)
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Resposta #49 Online: 26 de Julho de 2006, 14:26:35
Leo, qd o Phil diz que a simulação de daylight foi medido 98% CRI não está atestando que as condições de luz eram no mínimo bem semelhantes?
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Roberto O. Almeida

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Resposta #50 Online: 26 de Julho de 2006, 14:33:27
Primeiro, seria bem RESPONSÁVEL do Dpreview fazer samples de duas câmeras pra comparação com iluminação diferente, né? Isso ja torna o teste no mínimo suspeito.

Outra, supondo-se que a luz é a mesma, e que ISO é ISO em qualquer lugar do sistema solar, com aberturas diferentes nós temos velocidade igual, significa que o sensor da Fuji atinge seu "brilho" equivalente ao da d50 bem depois desta (em termos de velocidade). Por que?
Por que a abertura da d50 é menor do que a da Fuji e as velocidades são iguais. Ok, não discutimos mais o ISO. O foco agora está na saturação mais lenta do sensor Fuji. No final das contas, do que vale a pena ter uma câmera que  atinge o brilho mais lentamente do que as outras, fazendo-se necessário portando o uso de ISO mais elevados? Trocando em miúdos, fazendo os cálculos de exposição, pode-se constatar então que a Fuji necessita de velocidades maiores quando comparada com outra câmera em abertura e ISO iguais.

Iai, pra que me serve o famigerado iso 1600?
« Última modificação: 26 de Julho de 2006, 14:34:38 por Roberto O. Almeida »


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Resposta #51 Online: 26 de Julho de 2006, 14:34:34
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Alguns comentários:

- Comparar com uma D50 é piada, se não fosse questões como latitude, cores, um arquivo mesmo em JPEG ISO 1600 da D50 tem ruído, mas nada de artefatos da redução de ruído (NR), já essa Fuji em ISO 400 começam a aparecer artefatos, sendo bem evidentes em 800, e 1600/3200 é absurdo, então independente dos méritos dessa compacta, é bem coisa do Dpreview vendido querer comparar, me admiro de gente que entra nessa, melhor é esquecer esse tipo de comparação;
- RAW seria bom, mas concordo que numa cam desse tipo não é imprescindível;
- Lentes, me desculpem os fans de Fuji mas são uma droga, o que ela produz de CA e PF em situações médias de contraste é algo absurdo, nas extremas nem se fala;
- E agora essa questão da sensibilidade que o Ricardo, Bruno e Roberto tocaram, já vi o Dpreview fazer isso anteriormente com Canon, agora Fuji tbm? É impressão minha ou estão vendendo ISO 400 por 1600?

Se for isso essa câmera é um belo engodo.
Não gustavo engodo é tentar discutir isso sem nem sequer saber o que está discutindo...
ISO é ISO e pronto, todas seguem o mesmo padrão.
A maioria fica batendo em teclas que beiram a mediocridade com avaliações visuais e não conhecem nem de perto o processo fotográfico, quando tentamos explicar acabam se defendendo com argumentos de que somos muito técnicos, mas tudo bem, comigo a favor do conhecimento do processo estão Adams, Bresson, Demarchelier, só uns fotógrafos ruins assim que acham importante o conhecimento técnico e de processos.
No caso o ISO é definido matematicamente, todo mundo vendo ISO 400 como 400, mas cada um vende processos de revelação e curvas de latitude diferentes.
Para entender como a curva de latitude afeta na imagem veja: http://www.mundofotografico.com.br/forum/i...?showtopic=4504.
Para entender como a revelação afeta basta fazer comparações com RAW, quanto ao que mostra como final... Nem sempre o que temos como final é final.
Quanto ao comparativo com a D50 foi bastante válido e para o Phil (que é tendencioso Canon e não Fuji, muito pelo contrário, ele não só não entende nada do funcionamento das Fuji como abertamente não gosta das Fuji) comentar ela mostrando comparada com a D50 teve um motivo.
Como eu disse ela não está tão boa quando a D50, mas se aproximou da campeã de ruído de uma forma como nunca foi feita em uma compacta com o sensor desse porte, antigamente não estaríamos sequer colocando o ISO 200 de uma compacta ao lado de uma D50 porque ficaria deveras discrepante, hoje já podemos colocar um ISO 800 ao lado de um 800 e falar: "É pior mas dá pro gasto" o que é uma mudança incrível de posição.
O que vc chama de artefatos são características do serrilhamento do super CCD, que difere do do CCD convencional e a Fuji não faz a menor questão de amortizar (isso mesmo a imagem é formada por pixels e tem serrilhamento assim como qualquer outra câmera), isso garante maior nitidez para impressões, o que é uma política da Fuji, para analisar a qualidade da redução de ruído temos que trabalhar com MTF e o da D50 é pouca coisa mais alto do que o da F30 para um padrão de 50, ou seja, o sistema de tratamento de ruído não é tão agressivo quanto pintam.
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Resposta #52 Online: 26 de Julho de 2006, 14:37:16
Vamos ver se os testes são consistentes.
Façam a ordem que eu pedi...
O teste acima é totalmente controlado e segue exatamente a mesma.
Brilho é dado a partir de revelação e não do ato de fotografar.
Revelação vc pode fazer ou modificar ao seu gosto, saturação não, depende do sensor.
Vamos lá.
Façam a ordem a partir do teste acima...
Mesmas condições de luz, mesma abertura, mesma velocidade..
Quem brilha mais?  
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Resposta #53 Online: 26 de Julho de 2006, 14:43:18
Leo, ja me está claro que saturação depende do sensor.

O que não ta claro pra mim é... qual a vantagem de ter iso 1600 (com artfacts, por sinal) em uma câmera cuja saturação é mais demorada que as outras, eis que a vantagem do iso alto e usável é a obtenção de maiores velocidades de exposição?


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Resposta #54 Online: 26 de Julho de 2006, 14:47:12
A saturação não é mais demorada, é a mesma, o nível máximo de saturação é atingido exatamente no mesmo tempo.
O brilho é afetado basicamente por dois fatores.
A curva de latitude (quanto mais para o lado da luz for o ponto de máxima saturação mais escura a imagem, nesse ponto as compactas tem uma certa desvantagem porque são mais desequilibradas) e a revelação, ai é a grande questão, a maioria das marcas revela diferente a foto, mas revelação dá para ser reajustada no PS sem perdas, enquanto falha de saturação no sensor não dá.
Façam o teste que eu coloquei acima...
Acho que vendo os resultados vcs vão entender.
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Resposta #55 Online: 26 de Julho de 2006, 14:50:56
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ISO é ISO e pronto, todas seguem o mesmo padrão.
Já vi que nem sempre é assim, ao menos não nas digitais. Quando ao Phil puxar a brasa só para Canon, já faz um tempo que me desculpe a expressão, ele vem abrindo as pernas para a Fuji também, encheu a bola da S9000, mas curiosamente é a câmera mais trocada, nenhum usuário esquenta com ela, aqui no fórum cito 10 que compraram e se livraram dela em menos de 6 meses, então não me leve a mal mas eu sou desconfiado com unânimidades.

Outro fato que acho curioso é que vc é um hiper-big-fan do SCCD e parece que uma câmera é só isso. O Ivan até hj diz que o SCCD da Fuji S5000 era uma maravilha, o fato é que a câmera era uma droga com imagens que beiravam borrões. E embora eu discorde que o que para mim é NR evidente vc chame simplesmente de serrilhamento, em termos práticos ontem brincando com algumas imagens full-size desse review da F30 esse "serrilhamento" rs atrapalha tanto quanto os artefatos NR.

E acho um pouco extremista o ponto que vc leva suas abordagens técnicas, como p. ex. alegar a falha de nosso olho para analisar determinados contextos, eu me pergunto, quem irá analisar a foto final, uma máquina ou meu olho? Uma coisa que embora eu não seja fanático por carros aprendi lendo 4 Rodas quando era moleque é que boa parte dos muitos testes técnicos que diziam tal carro ser mais rápido que outro tinham sua credibilidade facilmente quebrada num simples teste de rua. Você vai dizer algo como que em condições normais de temperatura e pressão deveria ser daquele jeito, que o problema era a rua, não importa, o que me interessa é na minha mão como vai funcionar e não num lab.

Gostaria de ver fora de um review, mesmo horário do dia, uma Canon ou Panasonic e essa Fuji ao lado em mesmo ISO, mesma exposição, e ver se o resultado é idêntico ou sub-exposto, eu já começo a apostar na segunda hipótese. Ou alguém já esqueceu o falso F2.8 da Panasonic FZ15? De marketing enganoso eu não dúvido mais nada.
« Última modificação: 26 de Julho de 2006, 14:55:10 por Gustavo RM »
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Resposta #56 Online: 26 de Julho de 2006, 14:52:19
6 - 4 - 2 - 3 - 5 - 1

Qual seja o motivo, menor velocidade pra obter imagem igual é desvantagem.

Vou estudar, até mais.


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Resposta #57 Online: 26 de Julho de 2006, 14:56:06
É isso que o Roberto falou que eu estou dizendo, na prática dá na mesma.
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Resposta #58 Online: 26 de Julho de 2006, 14:57:16
Essa questão do ISO já foi amplamente discutida aqui...  

E se o teste for feito com um cartão cinza e em RAW?


Também gostaria de saber onde obter informações sobre curva de latitude dos sensores, pois até onde sei, eles são lineares (com exceção de alguns como o da Fuji S3).
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Resposta #59 Online: 26 de Julho de 2006, 15:02:40
Talvez eu seja o cara mais leigo do fórum em termos de teoria prá vir dar pitaco num tópico desses....
Mas.....................

ISO 800, 1/138 sec, F4.9  e   ISO 800, 1/160 sec, F9 no meu entender fariam exposições completamente diferentes....
Ou os caras erraram ou tem realmente alguma coisa muito estranha nisso.
 :denken:  
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