Autor Tópico: Por que não gosto de crop  (Lida 8291 vezes)

Ivan de Almeida

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Resposta #30 Online: 06 de Agosto de 2006, 00:41:50
Exatamente, Gustavo. Uma composição sempre refere-se á possibilidade de definir exatamente, no momento da captura, o que fará parte da fotografia ou não. Esse é o ato de compor FOTOGRAFICAMENTE.

Posteriormente é possível recompor, mas aí já não estamos escrevendo com luz, mas praticando uma modalidade de arte visual não-fotográfica.

A fotografia se torna sutilmente um insumo para o segundo caso, e não seu fim precípuo.

Quanto à  inquisição, não acho ser o caso. Acho que todas as práticas são livres, e bons resultados em qualquer delas devem ser notados. Somente que se o objetivo da pessoa é desenvolver-se COMO FOTÓGRAFO ele deve dar a máxima atenção à relação fotógrafo-cãmera-amebiente, e evitar as práticas que enfraquecem essa relação fundamental, como o crop.


GRM

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Resposta #31 Online: 06 de Agosto de 2006, 00:42:46
Agora que eu estava gostando da idéia da fogueira.

 :mf_w00t2:  
« Última modificação: 06 de Agosto de 2006, 00:42:55 por Gustavo RM »
Nikon/Panasonic Gear


Ivan de Almeida

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Resposta #32 Online: 06 de Agosto de 2006, 00:44:01
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Agora que eu estava gostando da idéia da fogueira.

 :mf_w00t2:
Bem, para o Pictus, talvez só fogueira mesmo -risos


Pictus

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Resposta #33 Online: 06 de Agosto de 2006, 01:21:59


Alex Biologo

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Resposta #34 Online: 06 de Agosto de 2006, 02:48:49
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Exatamente, Bruno. Quando a composição se torna uma ação fundamental na nossa fotografia, adquirimos fobia de cropar. E também claríssimo que se queremos fotografar algo e esse algo é o que importa, não tem importância nenhuma cropar depois.

Esse aliás é o sentido deste tópico. Eu aprendi, por não ter visto na hora e depois sofrido com isso, que as sombras do capim fazem lindos desenhos, e que a terra erodida pelas chuvas faz lindas texturas e tons, e o sentimento de ter hoje reconhecido não ter visto isso completamente é o preço que estou pagando para fixar na minha mente essas orientações, e no futuro praticá-las na captura.
é interessante e concordo com o ponto de vista de vcs, mas em vários casos eu já componho na câmera sabendo que vou cropar e onde, por opção mesmo.

Não vejo o crop como o fim do mundo e nem como uma maneira de enganar aos demais e arrumar as composições, mas sim como um recurso, onde vc pode sim, intencionalmente deixar partes na imagem que vc sabe que vão ser cortadas.

Acho que a questão é justamente fazer a coisa de modo pensado. usando ou não crop,filtros ou quaisquer outros recursos.

Tudo bem que pra mim, a fotografia é uma forma de expressão artística como outra qualquer e vejo a mensagem como algo acima do instrumento, então se vc tem uma idéia, pensa nela e vai executá-la, vejo que todos os recursos conhecidos são válido para tanto. E se o recurso principal para a obtenção da mensagem for a fotografia, então chamo de fotografia, se for o PS arte gráfica, e por ai vai.

Agora é claro que entendo perfeitamente alguns que preferem em seu conceito artístico definir padrões técnicos e estéticos rígidos que estarão acima da mensagem, é apenas uma opção diferente de se chegar ao mesmo resultado e pra mim, ambas são válidas
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Paulinho Cé

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Resposta #35 Online: 06 de Agosto de 2006, 08:16:34
Ivan, antes de opinar, li as respostas dos amigos e concluí que quem valoriza a composição,  a leitura pré-click, abomina o crop.
Não lembro se foi Bressan ou Adams que sugeriam o uso de um cartão recortado para exercitar a composição, mesmo sem fotografar, apenas para o exercicio dos olhos.
Isso corrobora sua indignação ao crop, pois realmente não foi uma foto concebida inicialmente, e sim fruto de uma segunda prática: a constatação.
Para que voce se sinta bem, não é preciso a chibata mas que tal uma volta ao local?

Mais ou menos na mesma hora, no mesmo angulo de visão, quem sabe dê para exorcizar este demonio?


Abraços

Paulinho Cé
 
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Ivan de Almeida

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Resposta #36 Online: 06 de Agosto de 2006, 08:41:05
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Para que voce se sinta bem, não é preciso a chibata mas que tal uma volta ao local?

Mais ou menos na mesma hora, no mesmo angulo de visão,

Acho que você entendeu perfeitamente o ponto.

Infelizmente é meio complicado voltar ao local, pois São Pedro fica a 3 horas da minha casa, e esse lugar mais uns 40 minutos de minha casa lá. Além disso é um lugar onde a luz default é de abóbada encoberta, luz difusa, e nada garante que ao voltar lá encontre a plantação no mesmo ponto, etc. O importante, Paulo, e creio que isso eu já consegui, foi que a constatação alertou meu olhar para determinadas configurações, e passarei a procurar por elas, não necessáriamente ali mas em tantas estradaa e ladeiras da região e em tantas sombras de vegetação.


DiogoLeal

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Resposta #37 Online: 06 de Agosto de 2006, 11:11:01
Concordo com vc´s.
Mas se o fotográfo não estiver com a lente correta para conseguir determinado enquadramento, e clicar a foto de maneira ja sabendo que vai cropar  e o que vai cropar,a percepção é ainda  pré-clique....

abs  
Diogo de C. Leal
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Zyk

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Resposta #38 Online: 06 de Agosto de 2006, 11:11:29
"Ninguém entra no msmo rio duas vezes; na segunda vez,  já não é o mesmo homem nem o mesmo rio".

Quando o Ivan voltar novamente para o local da foto para recuperar o "momento não percebido" já não será a mesma coisa: os sulcos da terra estarão diferentes, gramas estarão diferentes, a Terra em relação ao sol estará diferente... em suma já não é o mesmo local, nem mesmo momento. Será uma outra foto e por um fotografo já diferente com o olhar diferente.

Mesmo sendo crucificado o crop tem (ou teve) sua utilidade: ver a mesma foto de forma diferente, exercitar o olhar, ver o que não se viu antes. Para os menos "puritanos" como eu, uma forma de salvar ou dar uma melhorada na foto.

Confesso que quando fotografo com as máquinas de filme a preocupação com os detalhes é muito maior e cada click é muito mais carregado de tensão.

Admiro essa busca pela perfeição e pelo estado mais "puro" da arte de fotografar.
 


André Sena

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Resposta #39 Online: 06 de Agosto de 2006, 11:12:51
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Ivan, antes de opinar, li as respostas dos amigos e concluí que quem valoriza a composição,  a leitura pré-click, abomina o crop.
Não lembro se foi Bressan ou Adams que sugeriam o uso de um cartão recortado para exercitar a composição, mesmo sem fotografar, apenas para o exercicio dos olhos.
Isso corrobora sua indignação ao crop, pois realmente não foi uma foto concebida inicialmente, e sim fruto de uma segunda prática: a constatação.

Estou gostando bastante deste tópico.

Não sei se Bressan tb sugeriu algo do genero, mas o Adams sugere o uso do cartão recortado no livro: A Câmera (que inclusive estou lendo no momento).

A princípio qdo começei a ler o tópico tinha uma certa inclinação a achar um certo radicalismo em relação ao não-crop. Mas depois de ler o restante do tópico concordo com o Ivan.

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Uma composição sempre refere-se á possibilidade de definir exatamente, no momento da captura, o que fará parte da fotografia ou não. Esse é o ato de compor FOTOGRAFICAMENTE.

Acho que a questão remete aos conceitos básicos de fotografia.

Mas aprendemos com nossos erros. Depois do exemplo que vc deu, passarei a prestar mais atenção no cenário a ser fotografado p/ "tentar" minimizar essa possibilidade de erro.

 []'s
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Rainério Nogueira

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Resposta #40 Online: 06 de Agosto de 2006, 11:19:33
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... bastaria recortar qualquer imagem encontrada numa revista, tirar dela uma parte e fazer disso uma obra...
Se o resultado final for bom, o único problema será com os direitos autorais.
Se pensarmos como fotgrafo, Ivan está perfeitamentee correto, mas se pensarmos como artistas, não.
Não podemos ficar ligado a uma situação, a vida nos oferece as possibilidades, se a melhoria é possivel, em prol da arte ela é válida.
 


Paulinho Cé

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Resposta #41 Online: 06 de Agosto de 2006, 11:53:02
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Para que voce se sinta bem, não é preciso a chibata mas que tal uma volta ao local?

Mais ou menos na mesma hora, no mesmo angulo de visão,

Acho que você entendeu perfeitamente o ponto.

Infelizmente é meio complicado voltar ao local, pois São Pedro fica a 3 horas da minha casa, e esse lugar mais uns 40 minutos de minha casa lá. Além disso é um lugar onde a luz default é de abóbada encoberta, luz difusa, e nada garante que ao voltar lá encontre a plantação no mesmo ponto, etc. O importante, Paulo, e creio que isso eu já consegui, foi que a constatação alertou meu olhar para determinadas configurações, e passarei a procurar por elas, não necessáriamente ali mas em tantas estradaa e ladeiras da região e em tantas sombras de vegetação.
Realmente Ivan e amigos, nunca será a mesma coisa de antes.

Pensando um pouco mais sobre esta discussão, veio-me uma questão à tona: O viewfinder da camera não mostra toda a imagem capturada não é?
De quanto é esta perda e como lidar com ela na composição?
 
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Paulinho Cé

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Resposta #42 Online: 06 de Agosto de 2006, 11:54:35
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Ivan, antes de opinar, li as respostas dos amigos e concluí que quem valoriza a composição,  a leitura pré-click, abomina o crop.
Não lembro se foi Bressan ou Adams que sugeriam o uso de um cartão recortado para exercitar a composição, mesmo sem fotografar, apenas para o exercicio dos olhos.
Isso corrobora sua indignação ao crop, pois realmente não foi uma foto concebida inicialmente, e sim fruto de uma segunda prática: a constatação.

Estou gostando bastante deste tópico.

Não sei se Bressan tb sugeriu algo do genero, mas o Adams sugere o uso do cartão recortado no livro: A Câmera (que inclusive estou lendo no momento).

A princípio qdo começei a ler o tópico tinha uma certa inclinação a achar um certo radicalismo em relação ao não-crop. Mas depois de ler o restante do tópico concordo com o Ivan.

Citar
Uma composição sempre refere-se á possibilidade de definir exatamente, no momento da captura, o que fará parte da fotografia ou não. Esse é o ato de compor FOTOGRAFICAMENTE.

Acho que a questão remete aos conceitos básicos de fotografia.

Mas aprendemos com nossos erros. Depois do exemplo que vc deu, passarei a prestar mais atenção no cenário a ser fotografado p/ "tentar" minimizar essa possibilidade de erro.

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André, realmente foi o Ansel Adams, e já li o livro dele "A Camera" tambem.
 
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Resposta #43 Online: 06 de Agosto de 2006, 12:00:26
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Exatamente, Bruno. Quando a composição se torna uma ação fundamental na nossa fotografia, adquirimos fobia de cropar. E também claríssimo que se queremos fotografar algo e esse algo é o que importa, não tem importância nenhuma cropar depois.

Esse aliás é o sentido deste tópico. Eu aprendi, por não ter visto na hora e depois sofrido com isso, que as sombras do capim fazem lindos desenhos, e que a terra erodida pelas chuvas faz lindas texturas e tons, e o sentimento de ter hoje reconhecido não ter visto isso completamente é o preço que estou pagando para fixar na minha mente essas orientações, e no futuro praticá-las na captura.
é interessante e concordo com o ponto de vista de vcs, mas em vários casos eu já componho na câmera sabendo que vou cropar e onde, por opção mesmo.

Não vejo o crop como o fim do mundo e nem como uma maneira de enganar aos demais e arrumar as composições, mas sim como um recurso, onde vc pode sim, intencionalmente deixar partes na imagem que vc sabe que vão ser cortadas.

Acho que a questão é justamente fazer a coisa de modo pensado. usando ou não crop,filtros ou quaisquer outros recursos.

Tudo bem que pra mim, a fotografia é uma forma de expressão artística como outra qualquer e vejo a mensagem como algo acima do instrumento, então se vc tem uma idéia, pensa nela e vai executá-la, vejo que todos os recursos conhecidos são válido para tanto. E se o recurso principal para a obtenção da mensagem for a fotografia, então chamo de fotografia, se for o PS arte gráfica, e por ai vai.

Agora é claro que entendo perfeitamente alguns que preferem em seu conceito artístico definir padrões técnicos e estéticos rígidos que estarão acima da mensagem, é apenas uma opção diferente de se chegar ao mesmo resultado e pra mim, ambas são válidas
Alex, tambem concordo com voce em algumas partes do que voce disse.
Quando comecei em macros, fazia crops violentos sempre buscando aumentar o objeto o máximo possível.
Claro que perdia em resolução mas como nem pensava em imprimir, achava perfeitamente aceitável.
Eu divido a questão em duas vertentes: a fotografia técnica e a fotografia autoral.
Em Still, voce cropa indiscriminadamente para obter a composição harmonizada com o Lay-out da arte final.
Na fotografia autoral, transmite-se o sentimento que aflorou quando da visualização, ou pelo menos tenta-se transmitir, e todos os elementos são valiosos para este fim.

Abraço

Paulinho Cé
 
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Ivan de Almeida

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Resposta #44 Online: 06 de Agosto de 2006, 12:41:30
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Para os menos "puritanos" como eu, uma forma de salvar ou dar uma melhorada na foto.

Veja, mas ponha-se no meu lugar... fotografo há 38 anos, há três com digital... não posso aceitar dar uma melhorada na foto.

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Mas se o fotográfo não estiver com a lente correta para conseguir determinado enquadramento, e clicar a foto de maneira ja sabendo que vai cropar e o que vai cropar,a percepção é ainda pré-clique....

Veja, você usa uma superzoom. O range da sua lente praticamente cobre todas as necessidades e todos os enquadramentos. O que você disse é verdade, mas não se aplica ao seu caso particular. Aplicar-se-ia ao meu, cuja lente mais longa que tenho equivale a 210mm, mas ela para mim também é suficiente.

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e o resultado final for bom, o único problema será com os direitos autorais.
Se pensarmos como fotgrafo, Ivan está perfeitamentee correto, mas se pensarmos como artistas, não.

Mas jamais eu disse que isso impede que se faça arte  A PARTIR DA FOTOGRAFIA. O que isso dificulta é FAZER ARTE FOTOGRÁFICA.

Veja, você pode fazer uma escultura plana, mas em determinado momento ela será mais pintura que escultura, e você perderá a legitimidade de se dizer escultor. A mesma coisa acontece aqui. Se seu objetivo é fazer ARTE na fotografia, é através da aceitação da fotografia em sua essência que você deve ficar. Se sua intenção é fazer artes visuais em geral, aí a fotografia é somente insumo, mas você não pode mais dizer-se completamente fotógrafo, mesmo que a use.

Por exemplo, já citei aqui as fantásticas colagens do David Hockney. Elas usam a fotografia como insumo, relacionam-se com a arte fotográfica, mas o Hockney não é fotógrafo, é artista plástico, e suas obras usando a fotografia não são fotografia, stricto-sensu, são colagens.

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O viewfinder da camera não mostra toda a imagem capturada não é?
De quanto é esta perda e como lidar com ela na composição?

Esta é uma questão interessante. mas o viewfinder mostra 85% da cena, e com experiência aprendemos a usar o que falta, prevendo, por exemplo, para onde apontará a diagonal e onde está o terço, a divisão áurea, etc. No caso do viewfinder da 300d, eu já estabeleci experimentalmente onde estão esses pontos, e uso como referência para localizar na foto os pontos de foco que aparecem no despolido.

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Em Still, voce cropa indiscriminadamente para obter a composição harmonizada com o Lay-out da arte final.
Na fotografia autoral, transmite-se o sentimento que aflorou quando da visualização, ou pelo menos tenta-se transmitir, e todos os elementos são valiosos para este fim.

Exatamente

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Alex, não se trata de colocar o instrumento acima da mensagem. Trata-se de um fato simple: para fazer cerãmica é preciso usar terra. Cerâmica é algo feito com terras, não feito com plástico. Isso não quer dizer colocar a terra acima da forma. A boa cerâmica é aquela que é bem cozida, durável, mas ela só é boa memso se for bonita (mensagem). Assim é a fotografia. Fotografia se faz com câmera fotográfica e pronto. Se faz com um dispositivo de captura de luz, da luz refletida pelos objetos. Fotografia -escrita com luz- não se faz com tesoura, cola e tela de computador. Esses meios são apenas parte do desenvolimento, e mantém a coisa como fotografia na dose exata em que não contrariam o click.

Não existe oposição entrre o meio e a mensagem, ficando a mensagem com o crop e o meio com o uso perito da câmera. Como ensina o McLuhan, meio É mensagem. O ato fotográfico é exatamente capturar uma visão do referente com a câmera, e não produzir uma imagem.

Com o desenvolvimento das técnicas de computação gráfica já é possível produzir um still de objetos não extremamente complexos que será indistinguível da fotografia feita em estúdio e com luz definida. Nem por isso o resultado da computação gráfica será fotografia, entende? Será bom, será ruim, será melhor ou pior que a fotografia, mas não será fotografia, pois não houve captura de um referente através da reflexão de luz. A luz e o referente são a terra da cerãmica chamada fotografia.