Tomei café agora pensando nisso.
Essa linha faz do fotógrafo um avatar de si mesmo. Ele apresenta-se em uma comunidade virtual como aquele personagem, e nele é reconhecido. Essa idéia de avatar, de personagem representado tem aparecido em diversas manifestações culturais com relativa abundância. É um fenômeno da atualidade.
Avatares são corriqueiros em jogos na rede, no RPG, nos torneios de anime em que as pessoas vestem-se de personagem e há competições de caracterização, enfim, representar alguém - ou algo- como forma de relacionar-se tornou-se um protocolo social.
Todos são muito requintados na confecção de seu "mundo virtual", mundo no qual habita este personagem. Esse mundo é cenário, é vestuário, é atitude. Não corresponde à vida cotidiana, exceto em alguns casos nos quais o personagem torna-se tão pregnante que extrapola a virtualidade e passa a comparecer presencialmente a eventos.
Há blogs ou fotologs onde a cadência de fotografias e séries permite um acompanhamento, como um pequeno cinema sugestivo (uma das características desta estética é ser mais sugestiva que explícita).
Enfim, é algo muitíssimo interessante, e há uma leva de criadores com muito vigor criativo (como o andre bb aqui presente) conjugando essas regras, praticamente caracterizando um movimento.