Autor Tópico: Se deu mal mas continua tentando...  (Lida 2952 vezes)

C R O I X

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Online: 04 de Dezembro de 2013, 12:23:14
Bom, eu sempre ouco relatos de pessoas que tentaram abrir negocios e a cada vez que fracacavam tentavam um novo negocio ate conseguir um que funcionasse. E muitos dizem "se nao der certo tente de novo".

Bom, eu sou registrado como fotografo self-employed e pago imposto normalmente. Mas quando nao entra muito dinheiro nao tem problema pq eu so tenho despesas quando trabalho, e quando trabalho as despesas estao inclusa no valor do servico/produto. Ou seja, o cliente sempre paga.

Depois daquele topico sobre ter o proprio estudio, eu comecei a pensar e achei que talvez seja isso que esteja faltando a mim, ter mais presenca em um ambiente comercial aberto ao publico e fazer com que o publico tenha mais acesso aos meus produtos. Por isso pensei que talvez seria uma boa ideia alugar um ambiente para ter a minha galeria, onde eu pudesse vender as minhas fotos.

Eu nao moro em uma cidade muito grande mas eh bem turistica e de certa forma eletista.

E talvez, dependendo do tamanho, tambem oferecer servicos fotograficos so para ajudar em epocas mais dificeis.

Mas ai que esta, eu nao tenho experiencia nenhuma e so para imprimir e enquadrar minhas fotos vai um caminhao de dinheiro. Dinheiro que nao tenho e que por isso precisaria me individar para poder realizar isso. Mas ai que esta, se nao der certo e acabar endividado ate o pescoco, como continuar tentando sem dinheiro e endividado?


Raphael Sombrio

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Resposta #1 Online: 04 de Dezembro de 2013, 12:28:25
Sou totalmente leigo nesse assunto, mas penso que essa "expansão" deva ser algo o mais natural e gradativa o possível, sem acabar dando o passo maior que a perna.

Se vc realmente for alugar um local pra oferecer serviços, lembre-se que daí vc já terá uma despesa, independente de ter trabalho ou não, então é algo a se planejar com cautela.

Acho que antes de mais nada tudo deve ser pensado e considerado, todos os prós e contras, todas as possibilidades.


C R O I X

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Resposta #2 Online: 04 de Dezembro de 2013, 14:31:00
Sou totalmente leigo nesse assunto, mas penso que essa "expansão" deva ser algo o mais natural e gradativa o possível, sem acabar dando o passo maior que a perna.

Se vc realmente for alugar um local pra oferecer serviços, lembre-se que daí vc já terá uma despesa, independente de ter trabalho ou não, então é algo a se planejar com cautela.

Acho que antes de mais nada tudo deve ser pensado e considerado, todos os prós e contras, todas as possibilidades.
Pois eh, mas eh dificil pensar se realmente vale a pena ja que se trata de impressoes.
Eu vejo muitas galerias particulares e aparentemente estao ja fazem anos abertas, mas elas estao sempre vazias.
Galeria de foto nao tem nenhuma, pelo menos nenhuma em evidencia. O que pode significar algom bom (nao tem concorrencia) ou ruim (nao ha publico que compre/colecione fotos).


Raphael Sombrio

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Resposta #3 Online: 04 de Dezembro de 2013, 14:36:06
Infelizmente creio mais na segunda opção.... :no:

O que pode significar algom bom (nao tem concorrencia) ou ruim (nao ha publico que compre/colecione fotos).


C R O I X

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Resposta #4 Online: 04 de Dezembro de 2013, 15:32:45
Infelizmente creio mais na segunda opção.... :no:
Mas nao da para saber se alguem ja tentou oferecer o tipo de impressao que eu ofereco, ou o tipo de fotos que ofereco. Em cidades maiores existem muitas galerias de fotografia, mas nao de apenas 1 fotografo. E como estou em uma regiao turistica provavelmente turistas tambem se interessariam por fotos menores, cartoes postais, etc.

O foda eh que ninguem que fracaca volta para contar como foi. So os que sucederam, mas os que sucederam estou em outro tipo de negocio. Eu preciso ouvir daqueles que nao sucederam.


André Luis Jacob

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Resposta #5 Online: 04 de Dezembro de 2013, 16:09:57
e nao há a possibilidade de voce entrar junto em alguma dessas galerias ja existentes?
@jacobfotografiacriativa


Cooler.M

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Resposta #6 Online: 04 de Dezembro de 2013, 16:41:22
Mas nao da para saber se alguem ja tentou oferecer o tipo de impressao que eu ofereco, ou o tipo de fotos que ofereco. Em cidades maiores existem muitas galerias de fotografia, mas nao de apenas 1 fotografo. E como estou em uma regiao turistica provavelmente turistas tambem se interessariam por fotos menores, cartoes postais, etc.

O foda eh que ninguem que fracaca volta para contar como foi. So os que sucederam, mas os que sucederam estou em outro tipo de negocio. Eu preciso ouvir daqueles que nao sucederam.

Opa!
Bom vamos lá, eu tentei e eu falhei, então vou contar como foi.
O POST é bem longo, porque o fracasso é grande, mas talvez sirva de lição para outras pessoas.

Não foi no ramo de fotografia, foi no meu ramo.
Mas acho que acaba valendo a pena para qualquer ramo, então vou ocultar essa parte (qual ramo era).

Eu estava indo bem, da mesma forma que você, trabalhando em casa.
O que ganhava dava para pagar bem as contas, bem até demais! Sempre sobrava dinheiro.
É a mesma coisa que você, alguns dais muito trabalho, outros dias parados, mas também sem nenhum custo.

Ganhei bastante dinheiro até.
Comprei um carro antigo de coleção, sai da casa dos meus pais e fui morar sozinho.
Pagava as contas em dia e até comecei a juntar um dinheiro. Então resolvi evoluir, assim como você está pensando.

Como tinha um movimento legal na minha conta bancária, os empréstimos foram fáceis de conseguir no Itaú.
Peguei o primeiro capital de giro (como eles chamam) para pagar em 12x. Peguei o mínimo possível, que eu achava que gastaria.
Obviamente, como peguei o mínimo, o valor do investimento acabou ultrapassando um pouco. Por esse motivo tive que pegar um segundo capital de giro, para pagar em 12x.

Com o negócio montado fora de casa, comecei o trabalho.
Achei que tudo iria melhorar, afinal eu poderia pagar o empréstimo até trabalhando de casa.
O problema foi que os clientes extras não vieram. Mas os clientes que eu já tinha também não eram mais suficiente.

Com um local, tive mais contas e mais gastos e o valor que ganhava, não foi o suficiente para bancar tudo (contas local + casa + empréstimo).
O primeiro mês foi um fracasso, não entrou nenhum negócio novo e me virei como podia.
No segundo começou a entrar algum movimento (bem pouco) e eu estava batalhando.

Passado 4 meses, tinha duas parcelas do empréstimo em aberto e fui conversar com gerente.
Ele me propôs em matar os dois empréstimos e refazer um só em 18x, assim ficaria mais suave e também deixaria de ter 2 pagamentos em atraso (3 aqui, já começam a cobrança judicial).

Aceitei e sai do banco revigorado!
Tentei, tentei e tentei. Anunciei, chamei clientes e fiz de tudo.
Cortei custos, tentei o que foi possível para movimentar o negócio, mas nada deu certo.

O pouco que entrega, vindo do negócio, não era suficiente para cobrir os novos custos que eu tinha com ele.
Aluguel, seguro, móveis, eletricidade, internet, água e todas as outras coisas que você pode imaginar.

Para tentar me salvar acabei abandonando o lugar e voltando pra casa.
O problema é que não recuperei quase nada do que eu investi (móveis, mini reforma e bla bla bla).
Além disso, tive que arcar com multas de contrato de aluguel e tudo mais.

Com o dinheiro que entrou dessas vendas (quase nada), quitei o que tinha em aberto dos empréstimos.
Mas essa corria, depressão de um fracasso e tudo mais, me tiraram dos trilhos e eu fiquei mal.

Bastou então uma pequena (mas frequente) queda no movimento (que sempre acontece) e tudo atrasou e virou uma bola de neve.
Em pouco tempo não pude mais pagar as parcelas do empréstimo e então o Itaú me pressionou para renegociar.
Sem opção, porque a dívida já ia para cobrança jurídica e com certo grau de depressão, aceitei.

Obviamente não consegui pagar a nova dívida também e isso acabou com o meu psicológico e com o meu trabalho.
A minha dívida ficou impagável e então ficou nisso.

Uma dívida original de pouco mais de R$22.000 (os dois primeiros empréstimos) foi transformada hoje em dia em torno de R$150.000,00
Minha irmã então topou em emprestar uma grana pra eu quitar todo o débito (na época em torno dos R$60.000).
Ofereci para o Itaú R$35.000 (que era o que ela podia me emprestar) e eles não quiseram.

Cara, acabei tocando a minha vida, tentando me reerguer e seguir em frente.
Fazer o que? A gente tenta de novo, como o tópico mesmo diz!

O Itaú colocou a dívida na justiça e quando percebeu que não tinha nada no meu nome para tomar, resolveu tentar fazer um acordo.
Como já estava na justiça, meu advogado mandou esperar a decisão deles, que será longa e demorada.
Nesse meio tempo (mais de 8 meses se passaram), eles me ligam em todos os números que eu tenho.

Encontram até números que não estão no meu nome e me ligam o tempo todo, acabei me acostumando.
Eles diretamente não, porque já venderam a dívida para outra empresa. Me ofereceram pagar R$14.000,00 em 3x semana passada.
Meu advogado mandou esperar, porque na justiça conseguirei condições melhores.

Então esse é o meu relato, de alguém que tentou e fracassou.
Vou te falar que isso meche bem mais do que com o seu bolso, meche com a sua cabeça.
Fiquei em uma depressão pesada quando isso aconteceu, digo a todos que perdi facilmente uns 2 anos da minha vida.

Como você disse, para cada história de sucesso há 999 de fracasso.
Essa é a minha! =)

Hoje estou para montar um pequeno escritório de fotos.
Dessa vez, sem aluguel e sem nenhuma despesa. O pequeno espaço é da família da minha esposa.
Tudo o que gastarei é com uma mesa e duas cadeiras. Nem mesmo água, força ou internet terei.
Nenhuma despesa ... assim fica mais fácil!

Sucesso pra você!
« Última modificação: 04 de Dezembro de 2013, 17:02:46 por Cooler.M »
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Resposta #7 Online: 05 de Dezembro de 2013, 01:52:38
Nossa, que historia triste cara, deve ser complicado ter que lidar com stress desse tipo e ainda ter que manter forças pra trabalhar e nao desabar tudo de vez...

em geral o momento atual da sua historia é semelhante ao meu atual, abri meu estudio num predio que é do meu sogro junto da minha namorada, entao estou isento das responsabilidades de pagamentos pesados como aluguel, energia e tudo o mais...
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Resposta #8 Online: 05 de Dezembro de 2013, 03:41:01
e nao há a possibilidade de voce entrar junto em alguma dessas galerias ja existentes?
Aqui os fotografos e demais artistas mal se encontram para fazer algo junto so por brincadeira, pela arte, etc. Quando se trata denegocios entao todos olhos de cara torta uns para os outros.

Eu ja cansei de procurar alguem que quisesse dividir um espaco comigo e nao teve nenhum interessado.

Exibir em galerias eh dificil sem ter nome ou contatos. As galerias que eu ja exibi foram gracas a contatos que tive.

O negocio mesmo eh continuar procurando patrocinio para exibicoes.


Onde eu costumava morar tinha muito menos artistas mas la eles eram muito mais unidos, sem medo uns dos outros e sem olhar para os demais como competidores, etc. O fato eh que onde eu morava as pessoas nao davam a minima para o que os outros pensam, se pensam que vc eh bom, ruim, etc, ninguem se importa, como tambem ninguem fica julgando uns aos outros. O importante eh ser livre e ter bons momentos. Ja onde eu moro agora as pessoas sao preocupadas com o que umas pensam umas das outras, e por provavelmente por ser uma regiao onde so tem cidades pequenas as pessoas sao muito julgonas. E eu acredito que isso eh o que faz com que as pessoas evitem umas as outras e tenham ate uma certa fobia social.

Opa!
Bom vamos lá, eu tentei e eu falhei, então vou contar como foi.
O POST é bem longo, porque o fracasso é grande, mas talvez sirva de lição para outras pessoas.

Não foi no ramo de fotografia, foi no meu ramo.
Mas acho que acaba valendo a pena para qualquer ramo, então vou ocultar essa parte (qual ramo era).

Eu estava indo bem, da mesma forma que você, trabalhando em casa.
O que ganhava dava para pagar bem as contas, bem até demais! Sempre sobrava dinheiro.
É a mesma coisa que você, alguns dais muito trabalho, outros dias parados, mas também sem nenhum custo.

Ganhei bastante dinheiro até.
Comprei um carro antigo de coleção, sai da casa dos meus pais e fui morar sozinho.
Pagava as contas em dia e até comecei a juntar um dinheiro. Então resolvi evoluir, assim como você está pensando.

Como tinha um movimento legal na minha conta bancária, os empréstimos foram fáceis de conseguir no Itaú.
Peguei o primeiro capital de giro (como eles chamam) para pagar em 12x. Peguei o mínimo possível, que eu achava que gastaria.
Obviamente, como peguei o mínimo, o valor do investimento acabou ultrapassando um pouco. Por esse motivo tive que pegar um segundo capital de giro, para pagar em 12x.

Com o negócio montado fora de casa, comecei o trabalho.
Achei que tudo iria melhorar, afinal eu poderia pagar o empréstimo até trabalhando de casa.
O problema foi que os clientes extras não vieram. Mas os clientes que eu já tinha também não eram mais suficiente.

Com um local, tive mais contas e mais gastos e o valor que ganhava, não foi o suficiente para bancar tudo (contas local + casa + empréstimo).
O primeiro mês foi um fracasso, não entrou nenhum negócio novo e me virei como podia.
No segundo começou a entrar algum movimento (bem pouco) e eu estava batalhando.

Passado 4 meses, tinha duas parcelas do empréstimo em aberto e fui conversar com gerente.
Ele me propôs em matar os dois empréstimos e refazer um só em 18x, assim ficaria mais suave e também deixaria de ter 2 pagamentos em atraso (3 aqui, já começam a cobrança judicial).

Aceitei e sai do banco revigorado!
Tentei, tentei e tentei. Anunciei, chamei clientes e fiz de tudo.
Cortei custos, tentei o que foi possível para movimentar o negócio, mas nada deu certo.

O pouco que entrega, vindo do negócio, não era suficiente para cobrir os novos custos que eu tinha com ele.
Aluguel, seguro, móveis, eletricidade, internet, água e todas as outras coisas que você pode imaginar.

Para tentar me salvar acabei abandonando o lugar e voltando pra casa.
O problema é que não recuperei quase nada do que eu investi (móveis, mini reforma e bla bla bla).
Além disso, tive que arcar com multas de contrato de aluguel e tudo mais.

Com o dinheiro que entrou dessas vendas (quase nada), quitei o que tinha em aberto dos empréstimos.
Mas essa corria, depressão de um fracasso e tudo mais, me tiraram dos trilhos e eu fiquei mal.

Bastou então uma pequena (mas frequente) queda no movimento (que sempre acontece) e tudo atrasou e virou uma bola de neve.
Em pouco tempo não pude mais pagar as parcelas do empréstimo e então o Itaú me pressionou para renegociar.
Sem opção, porque a dívida já ia para cobrança jurídica e com certo grau de depressão, aceitei.

Obviamente não consegui pagar a nova dívida também e isso acabou com o meu psicológico e com o meu trabalho.
A minha dívida ficou impagável e então ficou nisso.

Uma dívida original de pouco mais de R$22.000 (os dois primeiros empréstimos) foi transformada hoje em dia em torno de R$150.000,00
Minha irmã então topou em emprestar uma grana pra eu quitar todo o débito (na época em torno dos R$60.000).
Ofereci para o Itaú R$35.000 (que era o que ela podia me emprestar) e eles não quiseram.

Cara, acabei tocando a minha vida, tentando me reerguer e seguir em frente.
Fazer o que? A gente tenta de novo, como o tópico mesmo diz!

O Itaú colocou a dívida na justiça e quando percebeu que não tinha nada no meu nome para tomar, resolveu tentar fazer um acordo.
Como já estava na justiça, meu advogado mandou esperar a decisão deles, que será longa e demorada.
Nesse meio tempo (mais de 8 meses se passaram), eles me ligam em todos os números que eu tenho.

Encontram até números que não estão no meu nome e me ligam o tempo todo, acabei me acostumando.
Eles diretamente não, porque já venderam a dívida para outra empresa. Me ofereceram pagar R$14.000,00 em 3x semana passada.
Meu advogado mandou esperar, porque na justiça conseguirei condições melhores.

Então esse é o meu relato, de alguém que tentou e fracassou.
Vou te falar que isso meche bem mais do que com o seu bolso, meche com a sua cabeça.
Fiquei em uma depressão pesada quando isso aconteceu, digo a todos que perdi facilmente uns 2 anos da minha vida.

Como você disse, para cada história de sucesso há 999 de fracasso.
Essa é a minha! =)

Hoje estou para montar um pequeno escritório de fotos.
Dessa vez, sem aluguel e sem nenhuma despesa. O pequeno espaço é da família da minha esposa.
Tudo o que gastarei é com uma mesa e duas cadeiras. Nem mesmo água, força ou internet terei.
Nenhuma despesa ... assim fica mais fácil!

Sucesso pra você!

Muito obrigado por compartilhar a sua historia.
Historias como essa sao muito mais elucidantes e tem muito mais ensinamentos do que historias de sucesso.
Pela sua historia eu comeco a ter mais conciencia de que realmente nao vale a pena para eu pegar divida e alugar um espaco, pelo menos nao no momento.
« Última modificação: 05 de Dezembro de 2013, 03:47:50 por C R O I X »


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Resposta #9 Online: 05 de Dezembro de 2013, 07:26:21
Nossa, que historia triste cara, deve ser complicado ter que lidar com stress desse tipo e ainda ter que manter forças pra trabalhar e nao desabar tudo de vez...

em geral o momento atual da sua historia é semelhante ao meu atual, abri meu estudio num predio que é do meu sogro junto da minha namorada, entao estou isento das responsabilidades de pagamentos pesados como aluguel, energia e tudo o mais...

É bem por ai ...
Sabe, quando você pega o empréstimo pensando que tudo dará certo, você fica muito empolgado para trabalhar!
Quando as coisas começam a não dar certo, ai tudo começa a ruir devagar e lentamente.
A prestação não sai da sua cabeça, começa a chegar o fim do mês e você pensando como vai fazer.

Quando atrasa, aquilo não sai mais da sua cabeça e depois que renegocia a primeira vez, já era!
Não sai mais da sua cabeça e você fica ruim pra caramba!
Era comum eu não conseguir dormir de noite, pensando no montante que eu devia e sem ter nada para fazer.

É triste, é deprimente e você acaba perdendo muito rendimento no trabalho, o que atrapalha ainda mais.



Muito obrigado por compartilhar a sua historia.
Historias como essa sao muito mais elucidantes e tem muito mais ensinamentos do que historias de sucesso.
Pela sua historia eu comeco a ter mais conciencia de que realmente nao vale a pena para eu pegar divida e alugar um espaco, pelo menos nao no momento.

Disponha!
Eu não sei onde você mora, mas não seria possível pegar um dia onde há muitos turistas e movimento e montar uma pequena mesa em uma praça?
As vezes, apenas esse teste, você já começa a sentir se dará ou não certo. Eu não sei se é permitido onde você mora.

Tudo o que você precisa é de uma mesa dobrável, uma toalha e uma cadeira dobrável.
Leve tudo, monte em um dia movimentado e veja o resultado.  :)


Mas eu digo a todo mundo ... empréstimo é foda!
Vale mais a pena você guardar dinheiro, até ter o suficiente para montar e desmontar (falir) ... assim tudo o que você perde é o dinheiro que já tinha.
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Resposta #10 Online: 05 de Dezembro de 2013, 08:29:56
Meu, cara, é complicado mesmo...eu tenho muito medo de ficar devendo.

Mas imagino o quão difícil realmente é o "extress" disso tudo. É de ficar doente até fisicamente uma "prova" dessas hein?
Como vc comentou que perdeu 2 anos de sua vida, mas o "buraco" que fica dentro do cara é uma cicatriz pro resto da vida...

Nasss!


spiderman

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Resposta #11 Online: 05 de Dezembro de 2013, 09:48:09
Márcio, se voce está aqui perguntando é porque ainda não compreende a dinâmica desse mercado em sua cidade. E se voce não compreende essa dinâmica, o melhor que posso te aconselhar é não abrir esse negócio. Para dar saltos mais "sérios"(nao achei um termo adequado), é necessário que voce diminua os riscos e, para isso, se informe melhor, compreenda como esse mercado funciona em sua região. Um troço meio chato mas bastante importante é o tal do plano de negócios. Talvez seja um bom começo pra você.
Não conheço essa dinaminca do seu publico-alvo aí onde voce mora mas talvez a ideia do cooler seja interessante. Uma vez comprei uma cópia numa praça em Budapest. Lá, havia vários fotografos vendendo cópias a preços acessíveis. Se voce ainda não tem nome nem rede pra vender em galerias, pode ser uma boa opção também procurar parcerias com negócios locais: restaurantes, bares, bancas de jornal (para os cartões postais). Acho que pra tudo isso voce tem que se concentrar em fotos da região e aproveitar esse potencial turistico.
Campanha de crowdfunding pra lançamento do livro - Retratos pra Yayá

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cquevedo

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Resposta #12 Online: 05 de Dezembro de 2013, 09:57:02
Cara sua dúvida deve ser (ou deveria ser) a dúvida de todas as pessoas que pensam em abrir um negócio (ou evoluir drasticamente) o que já existe. Não existe nenhuma receita de bolo para isso.

O que eu sugiro para você é procurar o SEBRAE, eles podem te ajudar a pesar os prós e os contras, te indicar um caminho para conseguir uma grana inicial, quanto deveria ser a grana inicial e, principalmente, como fazer pesquisa de mercado para ver se vale a pena ou não.

Boa sorte.
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."


Cooler.M

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Resposta #13 Online: 05 de Dezembro de 2013, 09:57:07
Meu, cara, é complicado mesmo...eu tenho muito medo de ficar devendo.

Mas imagino o quão difícil realmente é o "extress" disso tudo. É de ficar doente até fisicamente uma "prova" dessas hein?
Como vc comentou que perdeu 2 anos de sua vida, mas o "buraco" que fica dentro do cara é uma cicatriz pro resto da vida...

Nasss!

Cara entrei em uma depressão foda, muito foda!
Pensei várias vezes em por um fim literalmente em tudo, porque a pressão é grande.
Anda mais quando gerentes ficam te ligando, fazendo pressão e a coisa fica foda!

Depois começa a pressão das agências de cobrança, te encontram em todos os lados.
Ligam pra todo mundo, para qualquer telefone. Ligaram até para amigos meus (não me pergunte como conseguiram o número).
Me perseguiam em todo o lugar, você se sente a pior pessoa do mundo.

E essas pessoas não te ligam educadamente, te ligam praticamente te xingando, falando um monte.
É muita pressão cara, as vezes não dava para aguentar não. Você troca o trabalho por coisas fúteis, só pra esquecer tudo.

Hoje eu dou risada!
Me ligam até hoje cobrando e eu converso e dou risada com o pessoal que me cobra.
Faço até piada hoje em dia. Dou risada e me divirto.

A última ligação a mulher da agência de cobrança estava com sangue nos olhos ... falando um monte.
Ela disse onde já se viu dever tanto e não pagar. A minha resposta foi: imagina o Eike então né?

Hoje eu dou risada, mas é bem complicado.
Meche demais com você, com seus relacionamentos pessoais e com tudo!

Eu não recomendo a ninguém não, pedir qualquer tipo de empréstimo.
É muito ruim!

Prefiro vender a alma pro capeta do que pedir algo pra um banco de novo!
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Resposta #14 Online: 05 de Dezembro de 2013, 10:48:38

Eu não recomendo a ninguém não, pedir qualquer tipo de empréstimo.
É muito ruim!

Prefiro vender a alma pro capeta do que pedir algo pra um banco de novo!

E toda semana o banco vem oferecendo alguma "vantagem". Sempre penso em abrir algo na minha área (não é a fotografia), meus amigos que abriram estão super bem. Porém quando abriram eram solteiros, moravam com os pais. Sou casado, pago aluguel, tenho filho - isto faz eu pensar duas vezes antes de me endividar.

Grande relato, mas vale lembrar o que os administradores sempre falam: grandes passos exigem grandes riscos. Cabe nós avaliarmos se vale a pena arriscar.
No meu caso ainda não me sinto seguro para isto.
César L. T.