O problema com polarizadores vagabas - além do vidro vagabundo e coating pior ainda - é a mudança de cor que eles imprimem, color shifting. Tenha dó, voce querer tirar reflexo de uma folhagem, ou escurecer o azul do céu e mudar a cor da foto - que aliás fica incorrigivel no WB poś-processado, é pracabá...
Uma coisa é uma coisa e o Lord está mesclando laranjas com maçãs. Voce modificar o processo de uma foto durante a passagem da luz pela lente ou filtros e deixar intacto ou explorar pra teu benefício o resultado dessa manipulação captado pelo filme é uma coisa, dá um determinado resultado.
Outra coisa é voce manipular digitalmente o resultado de uma imagem capturada, tanto pelo filme quanto pelo sensor eletrônico: o processo de formação da imagem já aconteceu. No momento em que o feixe de luz passou pelo último elemento ótico, já era... Digitalmente, dá pra simular até certo ponto as caracteristicas desse processo, mas acertar 100% ainda é impossivel. Por que não consigo o mesmo resultado usando uma Zeiss Macro Planar 60mm do que com 2 aneis de extensão e a lente do kit? Será que é porque não sei usar o LR direito? O software simula. O hardware entrega. Depende do tamanho da ampliação e do treino do olho do cabra.
O que é pior, ruído ou grão? Uma área "lavada" de um negativo não tem nada lá. É um preto chapado sem nada dentro, ponto final. Uma área vazia da imagem gerada por sensor eletrônico é um poço de ruído, artifacts, é um balde de b*sta, não tem nada que se aproveite, só feiúra. Tem que chamar um Noise Ninja pra tentar fazer uma plástica de emergência e deixar um pouco menos horrivel...
Forçando mais ainda: pra quem comprar uma lente nítida, se eu posso dar 2.0 de theresold num sharpening de 100% na foto?
a) Faz de conta que o software é perfeito, e que ele consegue nitidez equivalente à melhor lente do mercado - o que não é verdade.
b) Ninguém fala dos drawbacks, que são: formação de halo, "pulos" dentro da variação tonal, sensação de plastificação... A imagem fica nítida, mas cheia de defeitos indesejados, e isso é uma característica do software, que atinge a imagem a nível do pixel, enquanto que a lente atinge a imagem ainda em estado embrionário, quase no nivel do feife de fótons, pra ser meio poético, mas não inexato.
O filme tem essa coisa "ruim" de ser menos flexível do que digital, mas se voce consegue adentrar as características dele, as suas peculiaridades, voce consegue tornar ele muito flexível, quase sem drawbacks - sem perdas.
Chega, daqui a pouco essa mensagem vira livro!!!
RSalles