Acho que o que o autor fala é do desaparecimento não da Olympus como empresa, mas o seu braço na área da fotografia.
A Olympus para nós, que tem a fotografia como hobby ou profissão, é conhecida pelas câmeras fotográficas. Mas mundo afora a Olympus é conhecida pela sua divisão médica, que é muito grande e muito lucrativa. E tende a ser mais ainda depois da união da Olympus e Sony na "Sony Olympus Medical Solutions".
A questão é que já a vários anos a área fotográfica da Olympus dá prejuízo. E fica a dúvida de por quanto tempo a Olympus vai tirar dinheiro de sua área lucrativa para colocar em uma área deficitária. Nenhuma empresa faz isso por muito tempo, salvo se tiver algum interesse estratégico ou uma previsão de crescimento no futuro, o que não parece ser o caso já que todas as fabricantes hoje são capazes de construir câmeras mirrorless e se o futuro apontar para este sistema, é muito difícil que a Olympus consiga quebrar a hegemonia Canon - Nikon - Sony.
Alguns analistas acreditam que a EM-1 seja uma das últimas cartadas da Olympus na área fotográfica. Uma mirrorless com jeitão de DSLR, uma tentativa de aumentar sua participação no mercado que hoje é de aproximadamente 7% e se deve basicamente aos modelos mais baratos. Caso não consiga obter lucro, existe a possibilidade de encerrar suas atividades na área de fotografia concentrando-se na área médica. Ou então, desfazer-se da marca como fez a Pentax.
Eu particularmente não acredito nisto, mas com certeza é um risco e não apenas para a Olympus mas para todo o consórcio m4/3, já que a Panasonic - que também tem prejuízo na sua área de câmeras, mas vai muito bem na área de vídeo - provavelmente não conseguiria manter o padrão sozinha.
O que assusta é a quantidade de analistas de negócios que estão repetindo o mesmo mantra. Mas é exercício de futorologia, e só o tempo dirá.