Tenho uma 60D com várias destas manchas. Em uma avaliação prévia em Porto Alegre, apenas por imagens do defeito, o orçamento ficou em R$ 1500 para troca do sensor.
Utilizo a câmera para filmagens em eventos e a causa do problema pode ser sim laser. Porém, as fabricantes deveriam buscar algo que evitasse isso, pois está se tornando muito comum em um produto que não custa pouco. Tenho receio de comprar outro corpo e em um ou dois trabalhos o problema reaparecer.
O problema não está na câmera ou no sensor, e sim nos lasers. O Brasil não tem nenhuma legislação específica sobre o assunto, e aqui são permitidos lasers das mais diversas potências.
A maioria dos países da Europa e os EUA limitam a venda de lasers domésticos até a categoria 3a, de até 5mw. Em outros países a legislação é mais restritiva, permitindo a venda de lasers até 2mw. No Brasil, é comum em baladas o uso de lasers de até 200mw, o que em alguns países é considerado como artefato bélico e que só podem ser utilizados para fins militares, médicos ou científicos. Um laser destes, se por algum motivo "estacionar" no olho de alguém por meros décimos de segundo, pode acabar causando danos permanentes.
Uma rápida classificação dos lasers, retirado da Wikipedia, lembrando que é necessário bem mais de 5mw para conseguir danificar um sensor. E se consegue danificar um sensor, imaginem o que não faz com a retina...
Classe II/2
O reflexo do olho humano (aversão) previne dano ocular, a não ser que a pessoa deliberadamente olhe para o feixe por um período prolongado. Essa classe apenas inclui para lasers que emitem luz visível (até 1 miliwatt).
Classe IIa/2a
A região logo no início da classe II, onde o laser precisa de pelo menos 1000 segundos contínuos para causar algum dano permanente à retina. Scanners a laser comerciais estão nessa classe.
Classe IIIa/3a
Lasers dessa classe são em sua maioria perigosos em combinação com instrumentos ópticos que podem mudar o diâmetro ou a densidade de potência. A potência de saída não excede 5 miliwatts. A densidade não excede 2,5 miliwatts por centímetro quadrado. Muitas miras a laser para armas e apontadores laser estão nessa categoria.
Classe IIIb/3b
Lasers dessa potência poderão causar danos se houver contato direto com a retina. Aplica-se a lasers entre 5 e 500 miliwatts. O dano permanente pode ocorrer em um décimo de segundo ou menos dependendo da potência do laser. Reflexões não são um problema, mas podem causar danos se forem reflexões diretas (como espelhos ou metais altamente polidos/reflexivos). Proteção ocular é recomendada quando um contato direto poderá ocorrer. Lasers no final dessa categoria (logo antes da Classe IV) também podem atear fogo em alguns objetos e levemente queimar a pele. "apontadores laser" nessa categoria são chamados de Laser de mão.
Classe IV/4
Lasers classe 4 (mais de 500 miliwatts) podem causar queimaduras na pele e danos permanentes severos ao olho sem o uso de lentes ou equipamento óptico extra. Reflexões difusas também podem causar tais danos à pele e aos olhos. A maioria dos lasers militares, industriais, científicos e médicos estão nessa categoria.