Sim, só usei um rolo e o resultado que eu tive foi esse. Mas eu gostei bastante.
Guilherme,
Na boa, cara! Por favor, não tome isso como uma agressão, não entenda isso como... (ah! deixa pra lá).
Eu deveria dizer que "acho precipitado", mas vou preferir dizer... que "acho prematuro" que você faça tais afirmações tendo usado apenas um rolo desse filme. E, não quero, nem vou ficar aqui colocando à prova o seu conhecimento na área. Pela forma como você escreve, me parece sim que você seja uma pessoa do meio e com experiência no que diz respeito a uma película fotográfica.
Ainda que você tenha tido contato com outros filmes, e deles possa fazer uma avaliação mais esmiuçada, falar do Acros do modo como você descreveu, eu penso que isso pode influenciar negativamente a opinião e/ou aprendizado das pessoas que estão começando.
Vou dar um exemplo disso. Tenho um amigo e mestre em fotografia que certa vez resolveu fazer a Curva de Sensitometria de um filme. Escolheu um, começou a trabalhar e levou seis meses, repito, SEIS MESES, para concluir aquilo.
Note bem o seu relato num único rolo:
- Me deu um grão quase imperceptível
- tons escuros bem profundos
- os brancos num limite quase estourado
- cinzas sem contraste nenhum
- Pra quem busca mais contraste nos meios tons pode ficar meio frustrado
- mas o peso que ele dá nos extremos do histograma são o que dão o diferencial.
Por tudo o que você afirmou, apenas um pequeno detalhe pode "derrubar a sua tese": O REVELADOR. Sim, basta você mudar o revelador e tudo o que você afirmou vai pelo ralo. Assim, as características que você atribui ao filme Acros podem ser completamente antagônicas às suas descrições, item a item, bastando apenas mergulhar a película numa química diferente da outra.
Quer um exemplo? Vamos lá. Vamos pensar num rolinho de 35mm.
- Faça a exposição do jeito que você quiser.
- Depois vá no "quarto escuro" e corte a tira na metade.
- Revele uma das metades num revelador à base de Metol e a outra num revelador à base de Fenidona.
- Deixe secar as tiras e depois coloque-as na mesa de luz.
- Pegue uma lupa de boa qualidade e analise (no olhômetro mesmo!) as densidades na emulsão.
- O item anterior pode ser subjetivo, segundo o olho de cada um, então bote a porcaria da tira num ampliador e amplie a foto usando o mesmo tipo de papel, tempo, temperatura, etc.
Depois de tudo isso, releia a sua descrição a respeito do Acros e, tenho certeza, isso tudo vai te dar um nó na cabeça.
Por fim, eu quero que você tenha a certeza de que eu não estou aqui pra ensinar nada a ninguém. Meu intuito, meu objetivo, num forum de fotografia é aprender. Desse modo, se você entender que eu falei alguma bobagem, pode xingar a minha mãe. Daí, portanto, pense que meu comentário é apenas um convite à reflexão. Mas, se ele não ajudou, então, por favor, ignore tudo o que eu falei.