Autor Tópico: Iniciar com Médio Formato  (Lida 11227 vezes)

rigoc

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Resposta #30 Online: 11 de Março de 2014, 01:26:41
Nessa sua mamiya aí também rola o indice EV?

Alguem poderia me explicar melhor pro burrinho aqui como usar esse indice? Parece que é muito mais facil.

A Mamiya não tem o índice EV.

O Exposure Value (EV) ou valor da exposição, nada mais é do que uma composição matemática do valor da abertura e do valor do obturador. O conceito foi proposto por um alemão e representa numa escala logarítmica os valores de exposição.

A fórmula é essa aqui:



Onde "N" é a abertura e "t" é a velocidade do obturador.

O EV é normalmente representado entre -6 e 21 sendo o valor 0 equivalente a exposição com f1.0 e obturador em 1seg. Para manter o valor EV=0 podemos fazer as seguintes composições de abertura/obturador: f1.4/2seg, f2.0/4seg, f2.8/8seg e assim por diante, ou seja todas estas combinações nos dão o mesmo valor de EV.

Quando usamos as opções P, S ou A nas câmeras atuais temos a opção de alterar a abertura ou a velocidade do obturador e a camera faz a compensação automaticamente para manter o valor da exposição constante.

Também nos fotômetros manuais podemos fazer a medição do EV e depois escolher a combinação abertura/obturador que seja mais adequada ao tipo de foto que queremos.

Espero que minha explicação ajude.

Abs.
« Última modificação: 11 de Março de 2014, 01:28:27 por rigoc »


Braga.SP

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Resposta #31 Online: 11 de Março de 2014, 23:11:25
Aqui no Brasil acho que não é muito comum, mas nos EUA vejo muitos fotógrafos usando câmeras médio formato em casamento, tanto em ensaios pré-casamento quanto no casamento em si. No entanto, os noivos estão cientes que não vão ter 10.000 fotos para escolher pois é outro estilo de foto e normalmente os fotógrafos usam a Contax 645 ou Mamiya AFD.
Mas olha, as fotos que eu vejo são lindas DEMAIS! Portra ou Fuji 400h dão um ar incrível ao casamento!

Eu conheci mais de um fotógrafo que usava Médio Formato em casamentos. Mas um deles jamais vai sair da minha memória: o Chico Parodi, do Foto Parodi em Valinhos-SP. O cara era fera com Hassel em casamentos. Ele sempre tinha um assistente só pra trocar os filmes do back's. E, claro, ele ampliava no formato quadrado, no mínimo 30x30. Lindo demais.

Outros dois nomes: o Sr. Jaime de Oliveira (in memorian) e o Sr. Ivo de Matos. Ambos fotografavam (o Sr. Ivo já se aposentou) com Rolleiflex TLR. Belíssimos trabalhos também!
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spiderman

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Resposta #32 Online: 11 de Março de 2014, 23:25:45
Eu conheci mais de um fotógrafo que usava Médio Formato em casamentos. Mas um deles jamais vai sair da minha memória: o Chico Parodi, do Foto Parodi em Valinhos-SP. O cara era fera com Hassel em casamentos. Ele sempre tinha um assistente só pra trocar os filmes do back's. E, claro, ele ampliava no formato quadrado, no mínimo 30x30. Lindo demais.

Outros dois nomes: o Sr. Jaime de Oliveira (in memorian) e o Sr. Ivo de Matos. Ambos fotografavam (o Sr. Ivo já se aposentou) com Rolleiflex TLR. Belíssimos trabalhos também!
Braga...essa galera tem galeria digital?
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spiderman

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Resposta #33 Online: 11 de Março de 2014, 23:27:17
A Mamiya não tem o índice EV.

O Exposure Value (EV) ou valor da exposição, nada mais é do que uma composição matemática do valor da abertura e do valor do obturador. O conceito foi proposto por um alemão e representa numa escala logarítmica os valores de exposição.

A fórmula é essa aqui:



Onde "N" é a abertura e "t" é a velocidade do obturador.

O EV é normalmente representado entre -6 e 21 sendo o valor 0 equivalente a exposição com f1.0 e obturador em 1seg. Para manter o valor EV=0 podemos fazer as seguintes composições de abertura/obturador: f1.4/2seg, f2.0/4seg, f2.8/8seg e assim por diante, ou seja todas estas combinações nos dão o mesmo valor de EV.

Quando usamos as opções P, S ou A nas câmeras atuais temos a opção de alterar a abertura ou a velocidade do obturador e a camera faz a compensação automaticamente para manter o valor da exposição constante.

Também nos fotômetros manuais podemos fazer a medição do EV e depois escolher a combinação abertura/obturador que seja mais adequada ao tipo de foto que queremos.

Espero que minha explicação ajude.

Abs.
É que eu esperava uma explicação menos teórica.
É que aqui não funciona direito. Não falo do EV mas do meu cerebro mesmo.
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rigoc

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Resposta #34 Online: 12 de Março de 2014, 00:02:00

É que eu esperava uma explicação menos teórica.
É que aqui não funciona direito. Não falo do EV mas do meu cerebro mesmo.

Esse é o problema quando um engenheiro se mete a dar explicações. Só sai coisa que ninguém entende!!!! Hehehe


Braga.SP

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Resposta #35 Online: 12 de Março de 2014, 00:06:57
Mais teoria, eu sei, portanto, talvez nem ajude mais nada. Mesmo assim...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_de_exposi%C3%A7%C3%A3o
-22.352971,-48.775582


spiderman

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Resposta #36 Online: 12 de Março de 2014, 00:14:48
Esse é o problema quando um engenheiro se mete a dar explicações. Só sai coisa que ninguém entende!!!! Hehehe
Em algum momento eu devo ter estudado isso. Mas aí depois do vestibular eu coloquei tudo num saquinho e joguei na privada.  :(
Mas isso é outro assunto né :)
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spiderman

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Resposta #37 Online: 12 de Março de 2014, 00:17:32
Mais teoria, eu sei, portanto, talvez nem ajude mais nada. Mesmo assim...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_de_exposi%C3%A7%C3%A3o
Hmmm....acho que comecei a entender.  :)
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spiderman

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Resposta #38 Online: 12 de Março de 2014, 00:22:12
Mas será que não é mais pratico casar a velocidade e abertura mesmo?   :ponder:

Assim nem precisa pensar muito, né? E isso é legal também. Cansa menos.  :D
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rigoc

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Resposta #39 Online: 12 de Março de 2014, 00:31:53

Mas será que não é mais pratico casar a velocidade e abertura mesmo?   :ponder:

Assim nem precisa pensar muito, né? E isso é legal também. Cansa menos.  :D

O que eu entendo é que a idéia do EV era criar uma medida única para facilita a classificação dos diversos tipos de cenas que você venha a fotografar. Tendo o EV da cena era só escolher que direção você queria dar, por exemplo, muita ou pouca profundidade de campo ou congelar uma cena de ação e a partir dai você escolhe a combinação de abertura e velocidade do obturador que corresponda ao EV da cena.

Será que falei besteira?


spiderman

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Resposta #40 Online: 12 de Março de 2014, 00:38:51
O que eu entendo é que a idéia do EV era criar uma medida única para facilita a classificação dos diversos tipos de cenas que você venha a fotografar. Tendo o EV da cena era só escolher que direção você queria dar, por exemplo, muita ou pouca profundidade de campo ou congelar uma cena de ação e a partir dai você escolhe a combinação de abertura e velocidade do obturador que corresponda ao EV da cena.

Será que falei besteira?
Me parece que sim rsrs. Me parece que o EV é justamente pra não precisar mexer com essas duas variáveis. Ou tb estou enganado rsrs.

Olha aqui o que achei:

Tive meu primeiro contato com uma Hasselblad na faculdade. Na época uma 500CM era uma pequena fortuna e infelizmente

por causa disso tivemos direito a pouquíssimos clicks com ela.

Como não sou bobo, quando surgiu a oportunidade e o preço desabou, comprei e pude aprender no dia-a-dia como ela

deve ser realmente utilizada.

A boa parte da história:

1-De primeiro impacto, o que tive que re-aprender é tirar a fixação desse lance de Velocidade/Abertura. A grande

jogada é usar o índice EV embutida em cada lente. Acertado o EV, um guia mecânico móvel te mostra a profundidade de

campo em metros ou cm e uma outra guia fixa, te mostra se a velocidade está em “risco de tremer”.
Tudo isso, é claro sem esconder nenhum ajuste de velocidade ou abertura. Está sempre lá, se vc precisar.
O que a gente ganha com isso? Mais tempo para se concentrar no que interessa: a foto.

2-Outro lance do índice EV é a facilidade que vc tem para usar a fotometria em sistema de zonas. Escolha a

fotometria para a Zona V, dê um giro para ajustar a posição dele e pronto: sua fotometria está impecável. Seja

slide, PB ou colorido. Só estoura a luz quando vc quiser.. (e as vezes isso pode ser uma ferramenta criativa que

adiciona um drama muito bonito na foto)

3-A máquina em si, é um cubo. Tudo encaixa nela.. por isso mesmo ela deve ser entendida como um sistema e não como

uma máquina. Vc pode transformar ela no que vc quiser… desde pinhole até supermacros, desde filme 120 até

polaroid.

4-Achei que ia precisar de um viewfinder prismático. Não mesmo. O visor convencional é ótimo e te possibilita

fotografar de um jeito bem mais livre do que com o seu olho encerrado numa borracha. Dá pra fotografar de óculos, de

lupa, de ponta cabeça, na cintura, acima de um muro… enfim, ajuda.

5-Ocupa menos espaço que uma Nikon D3100 na mochila! Sim, ela é um retângulo e não um “T”. na bolsa que eu carrego

uma D3100, eu levaria 3 Hasselblads com lentes colocadas. (Embora eu nao recomende fazer-lo sem ter porte físico

para transportar esse peso todo.)

6-Sem baterias. Posso deixar ela guardada por anos e de repente sair e tirar uma snapshot com ela.

7-Fotômetro? Só leve se precisa para as fotos mais complicadas. O índice EV te ajuda a memorizar a luz que vc

precisa saber não importa qual ajuste de velocidade que vc queira. Usando filtro ND? só subtrair os pontos na

própria lente.

8-Escolha o filme dependendo da foto. Tire uma PB, logo em seguida um slide e passe para um colorido e esnobe com

uma chapa polaroid. Só precisa trocar os backs, não precisa ficar queimando filme só para trocar o tipo de mídia.

9-Formato 6×6. Preciso dizer mais?

10-Ansel Adams curtiu o suficiente para trocar toda a tralha e andar só com uma 500C/M. Se tava tão bom para ele do

que posso reclamar? Pena que foi numa época menos inspirada, cheio de problemas pessoais.

11-Só lente Zeiss “Top de Linha”. As mais “fuleiras”* são Schneider Kreuznach originais.. imagina isso.

12-Flashs sincronizam na velocidade máxima, seja ela 1/500 ou 1/6000. Quer fazer uma macro/rápida/escura? Já vem

pronta pra isso.

13-

**Parte ruim da história**
1- Equipamentos e lentes caríssimas, pelo menos no Brasil. Mas ainda nem chega perto das Leicas neste quesito.

2- Todo mundo vai querer mexer na sua câmera.

3- Trocar as lentes e recarregar os filmes no back enquanto caminha requerem um curso de mecânica aeronáutica e um Phd em Física.

4- É mais pesada que a sua Nikon… (a não ser que seja uma F4S.)

5- Esqueça passar desapercebido para a sua street photography. É o tipo de equipamento para quem quer fazer uma foto que já está lá esperando para ser tirada e o fotógrafo tá nem aí pra platéia.

6- Todo mundo acha que é uma câmera d cinema por causa da manivela e do Hood Shade.

7- O clique dela vicia. Na verdade “clik” não é a onomatopéia certa para ela, mas escrever “sssschllaaahhhpppokkk” e em seguida “shvveeeeelacclak” ia ficar estranho nesse caso. Faz qualquer outra câmera que já testei ficar parecendo câmera de celular.

Enfim. Recomendo fortemente a experiência à qualquer um. É a minha principal câmera agora e não vejo sucessoras no horizonte para tamanho fun-factor que tenho tido.



http://www.queimandofilme.com/2013/10/18/uma-breve-historia-da-hasselblad/


Está no primeiro comentário.
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sri_canesh

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Resposta #41 Online: 16 de Março de 2014, 09:43:25
Hmmm....acho que comecei a entender.  :)

Spider,

Achei dois links bacanas hoje. Eu também nunca entendi o EV, passei a entender bem melhor com esses links:

http://www.fredparker.com/ultexp1.htm#Light%20Intensity%20Chart

http://www.andbethere.com/2013/05/the-ultimate-guide-to-sunny-16-rule-2.html