Autor Tópico: 'O empregado tem carro e anda de avião. Estudei pra quê?'  (Lida 10194 vezes)

C R O I X

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Online: 08 de Fevereiro de 2014, 19:06:51
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Se você, a exemplo dos professores que debocharam de passageiro "mal-vestido" no aeroporto, já se fez esta pergunta, parabéns: você não aprendeu nada.

O condômino é, antes de tudo, um especialista no tempo. Quando se encontra com seus pares, desanda a falar do calor, da seca, da chuva, do ano que passou voando e da semana que parece não ter fim. À primeira vista, é um sujeito civilizado e cordato em sua batalha contra os segundos insuportáveis de uma viagem sem assunto no elevador. Mas tente levantar qualquer questão que não seja a temperatura e você entende o que moveu todas as guerras de todas as sociedades em todos os períodos históricos. Experimente. Reúna dois ou mais condôminos diante de uma mesma questão e faça o teste. Pode ser sobre um vazamento. Uma goteira. Uma reforma inesperada. Uma festa. E sua reunião de condomínio será a prova de que a humanidade não deu certo.

Dia desses, um amigo voltou desolado de uma reunião do gênero e resolveu desabafar no Facebook: “Ontem, na assembleia de condomínio, tinha gente 'revoltada' porque a lavadeira comprou um carro. ‘Ganha muito’ e ‘pra quê eu fiz faculdade’ foram alguns dos comentários. Um dos condôminos queria proibir que ela estacionasse o carro dentro do prédio, mesmo informado que a funcionária paga aluguel da vaga a um dos proprietários”.

Mais à frente, ele contava como a moça havia se transformado na peça central de um esforço fiscal. Seu carro-ostentação era a prova de que havia margem para cortar custos pela folha de pagamento, a começar por seu emprego. A ideia era baratear a taxa de condomínio em 20 reais por apartamento.

Sem que se perceba, reuniões como esta dizem mais sobre nossa tragédia humana do que se imagina. A do Brasil é enraizada, incolor e ofuscada por um senso comum segundo o qual tudo o que acontece de ruim no mundo está em Brasília, em seus políticos, em seus acordos e seus arranjos. Sentados neste discurso, de que a fonte do mal é sempre a figura distante, quase desmaterializada, reproduzimos uma indigência humana e moral da qual fazemos parte e nem nos damos conta.

Dias atrás, outro amigo, nascido na Colômbia, me contava um fato que lhe chamava a atenção ao chegar ao Brasil. Aqui, dizia ele, as pessoas fazem festa pelo fato de entrarem em uma faculdade. O que seria o começo da caminhada, em condições normais de pressão e temperatura, é tratado muitas vezes como fim da linha pela cultura local da distinção. O ritual de passagem, da festa dos bixos aos carros presenteados como prêmios aos filhos campeões, há uma mensagem quase cifrada: “você conseguiu: venceu a corrida principal, o funil social chamado vestibular, e não tem mais nada a provar para ninguém. Pode morrer em paz”.

Não importa se, muitas e tantas vezes, o curso é ruim. Se o professor é picareta. Se não há critério pedagógico. Se não é preciso ler duas linhas de texto para passar na prova. Ou se a prova é mera formalidade.

O sujeito tem motivos para comemorar quando entra em uma faculdade no Brasil porque, com um diploma debaixo do braço, passará automaticamente a pertencer a uma casta superior. Uma casta com privilégios inclusive se for preso. Por isso comemora, mesmo que saia do curso com a mesma bagagem que entrou e com a mesma condição que nasceu, a de indigente intelectual, insensível socialmente, sem uma visão minimamente crítica ou sofisticada sobre a sua realidade e seus conflitos. É por isso que existe tanto babeta com ensino superior e especialização. Tanto médico que não sabe operar. Tanto advogado que não sabe escrever. Tanto psicólogo que não conhece Freud. Tanto jornalista que não lê jornal.

Função social? Vocação? Autoconhecimento? Extensão? Responsabilidade sobre o meio? Conta outra. Com raras e honrosas exceções, o ensino superior no Brasil cumpre uma função social invisível: garantir um selo de distinção.

Por isso comemora-se também à saída da faculdade. Já vi, por exemplo, coordenador de curso gritar, em dia de formatura, como líder de torcida em dia de jogo: “vocês, formandos, são privilegiados. Venceram na vida. Fazem parte de uma parcela minoritária e privilegiada da população”; em tempo: a formatura de um curso de odontologia, e ninguém ali sequer levantou a possibilidade de que a batalha só seria vencida quando deixássemos de ser um país em que ter dente é, por si, um privilégio.

Por trás desse discurso está uma lógica perversa de dominação. Uma lógica que permite colocar os trabalhadores braçais em seu devido lugar. Por aqui, não nos satisfazemos em contratar serviços que não queremos fazer, como lavar, passar, enxugar o chão, lavar a privada, pintar as unhas ou trocar a fralda e dar banho em nossos filhos: aproveitamos até a última ponta o gosto de dizer “estou te pagando e enquanto estou pagando eu mando e você obedece”. Para que chamar a atenção do garçom com discrição se eu posso fazer um escarcéu se pedi batata-fria e ele me entregou mandioca frita? Ao lembrá-lo de que é ele quem serve, me lembro, e lembro a todos, que estudei e trabalhei para sentar em uma mesa de restaurante e, portanto, MEREÇO ser servido. Não é só uma prestação de serviço: é um teatro sobre posições de domínio. Pobre o país cujo diploma serve, na maioria dos casos, para corroborar estas posições.

Por isso o discurso ouvido por meu amigo em seu condomínio é ainda uma praga: a praga da ignorância instruída. Por isso as pessoas se incomodam quando a lavadeira, ou o porteiro, ou o garçom, “invade” espaços antes cativos. Como uma vaga na garagem de prédio. Ou a universidade. Ou os aeroportos.

Neste caldo cultural, nada pode ser mais sintomático da nossa falência do que o episódio da professora que postou fotos de um “popular” no saguão do aeroporto e lançou no Facebook: “Viramos uma rodoviária? Cadê o glamour?”. (Sim, porque voar, no Brasil, também é, ou era, mais do que se deslocar ao ar de um local a outro: é lembrar os que rastejam por rodovias quem pode e quem não pode pagar para andar de avião).

Esses exemplos mostram que, por aqui, pobre pode até ocupar espaços cativos da elite (não sem nossos protestos), mas nosso diploma e nosso senso de distinção nos autorizam a galhofa: “lembre-se, você não é um de nós”. Triste que este discurso tenha sido absorvido por quem deveria ter como missão a detonação, pela base e pela educação, dos resquícios de uma tragédia histórica construída com o caldo da ignorância, do privilégio e da exclusão.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-empregada-ja-tem-carro-e-eu-estudei-pra-que-5156.html

Eh como eu ja havia dito no outro topico. Estao sempre acusando os politicos em brasilia ou os excluidos (falando que o problema eh a falta de investimento em educacao) para querer justificar os problemas do Brasil. Quando na verdade o maior problema do Brasil sao os 'supostos' instruidos falando mal de politicos e pobres. O Brasil eh como pq eh conveniente para a uma populacao altamente racista, eletista e excludente.

E o real problema comeca quando os excluidos aceitam a propria situacao, imagem e exclusao, e quando numerosos vira uma sociedade violenta.
http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/feb/08/brazil-government-set-favelas-against-middle-classes

Eh o mesmo que acontece ou ja aconteceu em sociedades semelhantes.
« Última modificação: 08 de Fevereiro de 2014, 19:15:09 por C R O I X »


Gorodrify

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Resposta #1 Online: 08 de Fevereiro de 2014, 23:21:25
Gosto desse video sobre esse assunto

https://www.youtube.com/watch?v=_4BJB3jvM-I


coposdeagua

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Resposta #2 Online: 08 de Fevereiro de 2014, 23:56:03
Tudo isso faz parte de uma idéia estúpida de meritocracia que as pessoas colocaram na cabeça delas. Belo texto, CROIX.
Sony a77/a700/ Minolta 7000/ Zenit-ET
http://www.flickr.com/photos/coposdeagua
Participe você também do desafio Semana 50 2014!
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ClaudioH

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Resposta #3 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 09:24:37
Pois é,

Minha cunhada mora na Suíça. Ela trabalha num banco e o marido na OMS. Certa vez, conversando sobre este assunto, ele disse que a senhora que trabalha na limpeza na OMS era sua vizinha e tinha carro. Quando disse para um conhecido, servidor público que ganha R$ 15.000,00 líquido/mês*, que no Brasil deveria ser assim também, que seria a única maneira de acabarmos com o abismo social desta terra, ele achou um absurdo. Afinal (ele não disse, mas é o que a maioria pensa), como ficaríamos sem nossas mucamas?

*Nada contra servidores públicos. Eu mesmo sou servidor. Só que este que citei é daqueles "velha-guarda".


Paulo Arruda

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Resposta #4 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 11:56:10
 :worship: :worship: :worship:
Belíssimo texto.


Cristiano Oliveira

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Resposta #5 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 12:20:30
Generalização absurda que, como sempre, só pode vir da pena utilizada por um esquerdista de raiz. Conte você mesmo as pessoas que conhece e que são detentoras de nível superior e contraste com esse espantalho descrito pelo articulista da Carta Capital. Duvido muito que a maioria sequer se parece com isso.
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Resposta #6 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 12:57:42
Generalização absurda que, como sempre, só pode vir da pena utilizada por um esquerdista de raiz. Conte você mesmo as pessoas que conhece e que são detentoras de nível superior e contraste com esse espantalho descrito pelo articulista da Carta Capital. Duvido muito que a maioria sequer se parece com isso.
No dia a dia vc nao ve mesmo, mas se percebe.

Eh igual um cara que dizia que Sao Paulo nao eh tao perigosa assim pq ele nunca foi assaltado. E que o Trasito de sao Paulo nao eh tao mal assim pq ele nunca ficou mais do que 30min preso no transito. Em Sao Paulo eu tambem nao sentia que havia muita violencia e tambem nunca fui assaltado ou violentado em Sao Paulo. O fato eh que esse cara que acha que Sao Paulo nao eh tao perigosa, mora em condominio de classe media alta cercado de segurancas. Frequenta so locais e bairros de classe media alta. Ele faz o proprio horario, o que da a liberdade dele dirigir quando tem menos transito. Diferente de uma parcela grande da populacao que vai e volta do trabalho no mesmo horario que todos, que mora em casas sem seguranca particular e esta em bairros vulneraveis.

A mesma coisa o preconceito racial e social, o eletismo exarcebado. Eu sentia mas nao achava que era tudo isso. So percebi que o Brasil eh um pais extremamente violento, estancado estruturalmente e racista quando sai do meio, do ambiente, e experienciei outros meios, e pude ver de fora para dentro e nao no meio da muvuca.

Mas eu ja conheci inumeras pessoas igual esse texto relata pq eu cresci em um condominio de classe media onde as pessoas pensam que sao ricas, onde meus amigos que cresceram juntos expunham seus preconceitos raciais, sociais, etc sem vergonha ou medo. Eu cresci entre colegas de condominio e escola provocando pessoas verbalmente por serem pobres, por serem negras, onde piadas falando mal de pobres e negros prodominavam e que ate incitacao de violencia fisica acontecia. Eu ja quanse fui preso por causa de um desses colegas que ficou provocando uma mulher por ser negra e como eu estava junto com ele eu podia me ferrar legal.

Em outros meios eu via que muitas pessoas tambem eram assim, mas nao tao radical e nem tao explicito. Mas nos comentarios aqui e ali vc percebe a mentalidade das pessoas, muitas vezes nem essas pessoas percebem que estao sendo preconceituosas, e nao enxergam o preconceito de pessoas com o mesmo discurso delas.

Essas pessoas estao em todo o lugar. Mas elas expoem de maneira indireta. Isso nao esta so nas pessoas nas ruas, mas nas novelas, tele-jornais e programas de auditorio. Aqueles que nao veem sao os que compartilham com tal mentalidade ou sao pessoas que por estarem tao acostumadas e emergidas nesse meio se acostumam e consideram normal, como sao piadas racistas que hoje muitos estao comecando a ver o quanto o Brasil eh segregado, conservador e altamente preconceituoso, mas alguns anos atras todos diziam que o Brasil eh um pais sem preconceitos e unido, mesmo sendo completamente o oposto.

Quem cresceu em familia Italiana e Portuguesa sabe de berco o quanto Italianos e Portugueses sao racistas. E eles criaram seus filhos e netos que proliferaram em muitas partes do brasil com a mesma mentalidade e influencia.

Eu lembro de quando eu estava estudando Ingles e na escola chegou um Iraniano. Ai um brasileiro chega para mim e fala "Imagina se ele tem uma bomba e explode aqui", e todo mundo escutou. Eu ate sai de perto pq foi chato d+ a situacao. Mais tarde o cara chega para mim e fala que todo mundo eh muito frio pq nao deram risada da piada dele. Ele nao percebeu mas ele estava sendo muito preconceituoso. Eu fiquei com vontade de dizer que nao eram aspessoas que estavam sendo frias mas ele que estava sendo babaca. Mas preferi ficar queto.
« Última modificação: 09 de Fevereiro de 2014, 13:03:18 por C R O I X »


Cristiano Oliveira

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Resposta #7 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 14:38:24
Eu também já conheci inúmeros como o modelo do texto, mas isso nada nos confirma que na moldura que ele desenha cabe a generalidade que ele acusa. Já vi universitários boçais ao extremo. A minha área de formação é uma produtora de gente da estirpe, Advogados, Juízes, Promotores, etc. Só que não posso acusar o mundo de obedecer a um modelo porque tipos selecionados pela minha percepção enganam. Os melhores exemplos que já vi vieram de pessoas humildes e de pessoas de altíssimo nível cultural e econômico. O mundo não é esse preto no branco. E vou além: acusar um mal que existe não diz nada sobre o acusador ser minimamente ético.

Não gosto desse investimento em dissensos sociais com base nessa ideologia.

Bom dia.
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Resposta #8 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 15:38:14
Generalisacao eh normal quando nao esta se falando de alguem especifico, de um grupo caracterizado visualmente, etc. Nao cabe ao autor de um discurso ficar tentando classificar e dizer as pessoas quem eh quem. Se a pessoa que le ficar interessada em saber quem em especifico o autor acusa, ela tera que fazer as proprios observacoes entre as pessoas que ela temcontato.

A generalizacao eh apenas uma forma de ser imparcial, de nao acusar ninguem em especifico, mas sim um coportamento, mentalidade e costume que pode estar em qualquer tipo de pessoa, tendente a um grupo ou nao.

Quando eu digo que Brasileiro eh altamente preconceituoso, obviamente eu nao estou dizendo que todos os individuos que nasceram no Brasil ou tem documento brasileiro sao altamente preconceituosos. Se assim fosse eu estaria acusando a mim mesmo, e o autor do texto a ele mesmo. Eh apenas uma forma de dizer que nao sao casos isolados mas sim esta em uma parcela significativa da populacao.

-

A Generalizacao que vc esta interpretando seria se o autor do texto dissesse que todos os moradores de condominio estao incomodados com os carros das empregadas. Ou se eu dissesse que todos os Brancos brasileiros tem preconceito contra negros. Ai sim vc teria razao, generalizar dessa maneira eh errado. Mas nao foi o tipo de generalizacao usada no texto e nem por mim.
« Última modificação: 09 de Fevereiro de 2014, 15:50:09 por C R O I X »


spiderman

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Resposta #9 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 17:48:29
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RSalles

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Resposta #10 Online: 09 de Fevereiro de 2014, 18:29:27
A minha área de formação é uma produtora de gente da estirpe, Advogados, Juízes, Promotores, etc.

Hahahahaha!!!

Voce confirma o texto com todas as letras e ainda diz que sua validade é relativa, quase impossível, meramente uma miragem!!!

Existe um outro "mal" nacional que atinge o povo brasileiro no meio da cara: é sua mania de jogar a realidade pra debaixo do tapete... Quem tal nós nos fingirmos de cegos? Quem sabe a realidade vai embora, toma um trem, sai de férias...

O nome da pessoa que se recusa a enxergar a realidade é alienado. E um diploma no Brasil equivale a um símbolo de status social, quase nada mais do que isso, salvo raríssimas excessões,

RSalles

 
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Diogenes

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Resposta #11 Online: 10 de Fevereiro de 2014, 12:24:27

Existe um outro "mal" nacional que atinge o povo brasileiro no meio da cara: é sua mania de jogar a realidade pra debaixo do tapete... Quem tal nós nos fingirmos de cegos? Quem sabe a realidade vai embora, toma um trem, sai de férias...

O nome da pessoa que se recusa a enxergar a realidade é alienado. E um diploma no Brasil equivale a um símbolo de status social, quase nada mais do que isso, salvo raríssimas excessões,



Pois é, se você perguntar para qualquer um que seja do PT, o mensalão nunca existiu. Isto foi coisa da imprensa e das "zelite" inconformada com um operário no poder.

Este é o discurso que se houve há 12 anos.

O que seria isto? Todos que são do PT são alienados? Parece que sim, e neste caso tristemente reconheço que o país está mesmo no caminho de se transformar numa Venezuela, numa Cuba ou até numa recente Argentina. Pobre Brasil.
« Última modificação: 10 de Fevereiro de 2014, 12:26:16 por Diogenes »
Se você acha que pode, você tem razão. Se acha que não pode, também tem razão. Você é quem sabe!


sri_canesh

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Resposta #12 Online: 10 de Fevereiro de 2014, 13:06:00
Pois é, se você perguntar para qualquer um que seja do PT, o mensalão nunca existiu. Isto foi coisa da imprensa e das "zelite" inconformada com um operário no poder.

Este é o discurso que se houve há 12 anos.

O que seria isto? Todos que são do PT são alienados? Parece que sim, e neste caso tristemente reconheço que o país está mesmo no caminho de se transformar numa Venezuela, numa Cuba ou até numa recente Argentina. Pobre Brasil.

Não sou petista, longe disso, mas pq envolver o PT em todos os assuntos? Até parece que o PT foi a primeira personificação do mal no Brasil e que TUDO o que está acontecendo no Brasil é culpa do PT.
Está ficando chato essa ptfobia, as vezes me parece uma válvula de escape: vamos esconder nossos problemas colocando a culpa em um partido/instituição.


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Resposta #13 Online: 10 de Fevereiro de 2014, 13:08:58
Pois é, se você perguntar para qualquer um que seja do PT, o mensalão nunca existiu. Isto foi coisa da imprensa e das "zelite" inconformada com um operário no poder.

Este é o discurso que se houve há 12 anos.

O que seria isto? Todos que são do PT são alienados? Parece que sim, e neste caso tristemente reconheço que o país está mesmo no caminho de se transformar numa Venezuela, numa Cuba ou até numa recente Argentina. Pobre Brasil.
Nao sou petista e nao pretendo defender o PT. Mas qualquer cidadao bem informado e politizado sabe, ou deveria saber, que o mensalao ja existia antes do PT imaginar que poderia chegar a presidencia.

Se os petistas negam que houve mensalao no governo deles, os PSDBistas tambem, e outros partidarios envolvidos tambem. Logo, PSDB e demais partidos nao sao diferentes do PT.
« Última modificação: 10 de Fevereiro de 2014, 13:10:58 por C R O I X »


RSalles

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Resposta #14 Online: 10 de Fevereiro de 2014, 13:17:36
Do texto:

"Triste que este discurso tenha sido absorvido por quem deveria ter como missão a detonação, pela base e pela educação, dos resquícios de uma tragédia histórica construída com o caldo da ignorância, do privilégio e da exclusão."

E eu adiciono: "E que, por ter tido alguma formação educacional maior - em numero de anos - continua a reputar a indigência moral vigente em toda a sociedade brasileira - principalmente à da classe média - a um determinado governo, a um determinado partido, tentando colocar sobre os ombros de outrem a responsabilidade que lhe cabe.

Uma coisa é uma coisa, como dizem por aí...

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