Autor Tópico: Gasolina: comum ou aditivada?  (Lida 23592 vezes)

ALEXFIGUEIREDO

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Resposta #15 Online: 21 de Março de 2014, 09:31:17
Não sou nenhum "Doutor" neste assunto, mas já fui proprietário de um Posto Esso por uns "bons e maus" 10 anos. Por uns 3 anos revendi combustível de outras bandeiras também.
O que posso dizer é simples, toda Gasolina é produzida pela Petrobrás e as Distribuidoras fazem apenas as misturas de álcool e aditivos. A Gasolina Aditivada, usada esporadicamente não traz nenhum benefício mensurável para o seu carro e em uso contínuo os benefícios também são pífios. Ou seja, se tiver pelo mesmo preço da Comum, pode até pensar em abastecer. Se estiver mais cara será dinheiro jogado fora.  :ok:
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jesieltrevisan

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Resposta #16 Online: 21 de Março de 2014, 09:36:50
Eu tenho um Corsa 1.0 wind e faz média de 13,5 à 14 km/l rodando 100% na cidade, na estrada a minha melhor média ficou a 18,5km/l isso com pneus calibrados, vidros fechados e de boa a 90 km/h... a média geral fica em 17km/l

A variação depende de alguns fatores oscilantes, como por exemplo a calibragem dos pneus e o modo como conduzo o carro (esticando marcha x mantendo o rpm sempre baixo quando possível....etc...) Por exemplo, se estou em uma rua reta a 60km/h e sei que não terá nenhum aclive pela frente tão cedo, posso ao invés de manter em terceira marcha colocar a quarta ou até a quinta se for um declive leve, mantendo o rpm mais baixo, economizando assim combustível.
Nunca deixando em ponto morto... afinal isto é perigoso ainda mais em carro popular.

Eu sempre abasteço em um posto Shell específico 80% das vezes.
Sobre a gasolina, quando eu coloco a V Power da Shell eu sinto uma melhora significativa no desempenho do carro... consumo eu já não tenho dados estatísticos para falar se existe alguma diferença.

Uma coisa específica que percebo em meu carro é uma melhora significativa no desempenho do motor quando o tanque está na reserva... não sei o que ocorre, mas o carro fica um pouco mais "esperto".

Para um melhor consumo existem N detalhes, mas os mais importantes creio que sejam
1) Controle da rotação do motor, mantendo abaixo dos 3.000 rpm onde for possível
2) Calibragem dos pneus
3) Velas
« Última modificação: 21 de Março de 2014, 09:45:20 por jesieltrevisan »
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amador47sc

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Resposta #17 Online: 21 de Março de 2014, 09:39:47
Acompanhando...

Do que eu ouvi dizer, a aditivada só vale a pena se você colocar sempre, não vale tanto se colocar só de vez em quando. E, até onde eu saiba, melhora o rendimento justamente nessas condições que você falou, de engarrafamentos...

Eu só uso comum, e de vez em quando coloco uns aditivos de limpeza de bico. Também não sei o quanto isso ajuda, mas sei lá, me deixa mais tranquilo, rsrs...

2X

Uma ou duas vezes por ano, deixo esvaziar bem o tanque de comum e encho com aditivada ou etanol.


Mike Castro

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Resposta #18 Online: 21 de Março de 2014, 10:03:41
Eu abasteço sempre com aditivada, desde quando comprei meu carro.
Os detergentes da gasolina atuam eliminando resíduos de carvão da combustão do motor, o que facilita a queima do combustível, a vedação das valvulas, etc...
PSe o carro nunca usou aditivada, até o detergente "fazer efeito" não vai resolver muita coisa não, mas depois de um tempo melhora o rendimento do carro.

Uma outra alternativa é abastecer com gasolina comum, e comprar aditivos separados, tipo esses:

Só que é mais caro, e é um saco, ter que ficar controlando a quantidade de aditivo, etc...

O "chumbo" da gasolina, ou melhor  chumbo tetraeltila é um aditivo para aumentar a octanagem da gasolina (ruim). Por ser altamente tóxico e viciante (como o toluol da cola de sapateiro) foi substituído pelo álcool tolerável em até 30% em massa  para correção da octanagem (to rindo aqui imaginando se alguém controla isso), claro que quanto falta álcool o governo libera.
Do "chumbo" estragar motor é no mínimo duvidoso.

O chumbo estraga o catalisador do carro, não o motor propriamente dito.
http://proquimica.iqm.unicamp.br/catalisador.htm

Eu abasteço sempre no mesmo posto, meu carro (Peugeot 206 1.4 8v, gasolina) faz 10~11km/h, urbano, com ar ligado o a maioria do tempo, girando entre 3 e 5 mil RPM. Estrada, entre 13,5~16km/h, dependendo da pressa.


lsd

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Resposta #19 Online: 21 de Março de 2014, 12:12:42
O problema da comum, pelo menos aqui em SP, é que ela é mais suscetível a ser batizada que a aditivada.

Pior que eu mesmo sabendo disso, senti no bolso que fazem isso!

Já pedi pra encher o tanque com gasolina (comum) num posto que até então era confiável. Só que o carro ficou "esperto" como se rodasse com alcool, e a média de consumo ficou próxima à do álcool. Ou seja, a gasolina devia ter mais de 50% de álcool na composição.

Uma outra vez, no PR... parei num posto pra abastecer, saindo de CWB rumo a Foz... o marcador tava acima do 3/4, o tanque tem 60L então daria no máximo 15L né? Pois é, quando vi que a bomba tava em 20L mandei o frentista parar, paguei e fui embora. Ao meu lado tinha um cara numa Tucson reclamando que tinha mais de meio tanque e o frentista abasteceu + de 70L  :shock:

... continuando essa viagem, fui até Foz, passei a fronteira com o tanque quase seco, e abasteci em Puerto Iguazu. A gasolina não tava barata, mas meu... o carro ficou outra coisa com a gasolina argentina... andou mais, bebeu menos...

Quanto ao chumbo, ele danifica além do catalisador, a injeção. Mas acho que em nenhum lugar do mundo usam mais...

Chumbo é meio que um aditivo mágico, antes era usado pra várias coisas, de tinta a vidro, passando pelo combustível.
« Última modificação: 21 de Março de 2014, 12:15:35 por lsd »


Mike Castro

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Resposta #20 Online: 21 de Março de 2014, 12:43:16


Uma outra vez, no PR... parei num posto pra abastecer, saindo de CWB rumo a Foz... o marcador tava acima do 3/4, o tanque tem 60L então daria no máximo 15L né? Pois é, quando vi que a bomba tava em 20L mandei o frentista parar, paguei e fui embora. Ao meu lado tinha um cara numa Tucson reclamando que tinha mais de meio tanque e o frentista abasteceu + de 70L  :shock:

... continuando essa viagem, fui até Foz, passei a fronteira com o tanque quase seco, e abasteci em Puerto Iguazu. A gasolina não tava barata, mas meu... o carro ficou outra coisa com a gasolina argentina... andou mais, bebeu menos...


Bomba desregulada para marcar a mais é uma das táticas mais fáceis pros vagabundos. E só é visivel/perceptível pra quem completa o tanque. Eles tiram uns 50ml por litro, e no fim do dia, dá um monte.

A gasosa do PY já foi boa. Ela não contém álcool, o que é bom e ruim. Bom porque aumenta a autonomia, ruim porque dá zica na injeção e pode dar batida de pino. MAs muuuitos postos tem solvente demais na gasosa...


AlexandreS

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Resposta #21 Online: 21 de Março de 2014, 14:30:26
Alcool na gasolina não é problema, na realidade é uma solução bem moderna. O alcool age como antidetonante, aumentando a octanagem da gasolina. A gasolina pura - pelo menos a brasileira e mesmo a comercial comum em outros países - tem uma octanagem relativamente baixa e o uso dela sem a adição do alcool iria causar problemas sérios em uma parte dos motores mais modernos, que tem taxas de compressão muito altas, as vezes chegando a 12:1 como é o caso do motor 2.0 de 178 cv do novo Focus e o 1.6 de 130cv (com alcool) do New Fiesta.

Um dos indicativos de gasolina adulterada é a famosa "batida de pino". Isso acontece em função da pré-ignição causada pela taxa de compressão alta dentro do cilindro, e acontece quando o combustível tem uma octanagem muito baixa para aquele nível de compressão. Normalmente, significa que o álcool foi substituído por algum outro tipo de mistura, normalmente solventes. Quando o carro é abastecido com alcool puro, o problema normalmente some.

O álcool vem então substituir outros antidetonantes que normalmente são importados, caros, e muito mais tóxicos.

O Rio Grande do Sul (e se não me engano o Paraná também) por muitos anos usou MTBE (Metil-Tércio-Butil-Éter), produzido aqui no Sul, como antidetonante alternativo ao alcool. Mas depois de algumas polêmicas se determinou que o MTBE era mais tóxico ao meio ambiente e foi substituído também pelo alcool, que de quebra ajuda o processo de combustão a ser menos poluente.

Já a gasolina Pódium é uma gasolina com aditivos detergentes, como a aditivada, mas com uma octanagem um pouco maior. O índice, conforme a Petrobrás (que fabrica toda a gasolina no Brasil) é

Comum (IAD = 87);
Premium (IAD = 91);
Podium (IAD = 95).

Para se ter uma idéia, a gasolina Podium brasileira é mais "forte" que a Premium vendida nos EUA e Europa, que por padrão tem IAD = 91. A diferença é que por lá se usam outros químicos para se chegar nesta octanagem, e não o alcool. O chumbo não é mais usado acho que em nenhum lugar do mundo, por ser altamente poluente e detonar catalizadores, sistemas de injeção, criar resíduos em sede de válvulas e vários outros problemas.

Na Argentina parece que existe uma gasolina com 100 octanas, mas para tirar proveito disso, apenas carros com motores com alta taxa de compressão.

« Última modificação: 21 de Março de 2014, 14:43:59 por AlexandreS »

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Alexandre Ricci

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Resposta #22 Online: 21 de Março de 2014, 14:56:43
A gasolina Argentina, pelo menos na moto, foi nítida a diferença de desempenho e rendimento. Até o barulho do motor fica mais agradável. Isso porque colocamos a média, eles tem 3 ou 4 tipos de gasolina por lá  :ponder:  No Chile e Uruguai a gasolina foi boa também, mas a diferença não era tão notória como da Argentina.


Rafael.l

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Resposta #23 Online: 21 de Março de 2014, 15:03:02
Citar
Para um melhor consumo existem N detalhes, mas os mais importantes creio que sejam
1) Controle da rotação do motor, mantendo abaixo dos 3.000 rpm onde for possível
2) Calibragem dos pneus
3) Velas

isso (3k rpm) não pode ser usado como regra pra todo carro/motor.


AlexandreS

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Resposta #24 Online: 21 de Março de 2014, 15:18:37
Essa coisa da gasolina de um lugar ser melhor ou pior que outra é bem complexa.

Na realidade, a própria octanagem tem medições diferentes para carga em baixa e altas rotações. E a curva de ignição do motor do carro é calibrada de acordo com as características do combustível do país onde será vendido. Em alguns carros que são vendidos em vários países, existe um "conector de octanagem" que pode ser alterado para fazer o motor funcionar melhor com um determinado tipo de gasolina.

Pelo que sei, no caso da Argentina, a gasolina média deles tem maior octanagem avaliada pelo método "MON", que é a avaliação feita com o motor em regime de plena carga em altas rotações, mas menor octanagem avaliada pelo método "RON", que é a avaliação feita com o motor em regime de plena carga em baixas rotações. Ou seja, a gasolina Argentina em teoria seria melhor que a nossa para viajar quando utilizada nos nossos carros, mas provoca perda de rendimento e conforme alguns relatos encontrados na internet, até superaquecimento quando utilizada em trajetos urbanos, além da famosa batida de pino em baixas rotações.

Ou seja, o carro é calibrado de acordo com um valor "médio" dependendo do país onde será vendido.

No caso da moto, alguns motores de moto tem alta taxa de compressão, que se beneficiam da alta octanagem, e neste tipo de viagem são utilizados na maior parte do tempo na estrada, o que reforça a impressão que o xará Ricci teve. Tenho amigos que acabaram de voltar de Antofagasta usando duas V-Strom 1000, vou perguntar depois se eles notaram alguma diferença já que este é um motor que tem uma taxa de compressão mais "normal" em se tratando de motos.
« Última modificação: 21 de Março de 2014, 15:26:00 por AlexandreS »

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Alexandre Ricci

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Resposta #25 Online: 21 de Março de 2014, 17:07:55
Verdade Xará, minhas impressões foram todas no olhômetro mesmo, e numa viagem dessas são tantos abastecimentos que no fim a gente confunde tudo. Não sou metódico com anotações de abastecimentos... Já fui, agora não mais. Mas meu amigo que estava junto com uma Versys deve ter tudo anotado e com as médias de cada abastecimento. Até seria legal ver de forma mais precisa por curiosidade mesmo. Mas essa foi a impressão geral. Minha moto é de mecânica simples (g650gs) e a injeção também sempre dá suas compensadas.

Voltando à questão dos aditivos extras que os amigos falaram, eu sou muito contrário a essa prática, pelos motivos que falei no meu primeiro post  :ok:


Branco Melo

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Resposta #26 Online: 21 de Março de 2014, 19:30:23
Nao tenho carro, tenho duas motos uma 150cc e uma 250cc a primeira era flex eu usava gasolina comum e álcool o mecanico disse que o alcool limpava os bicos. A segunda so uso gasolina comum e aditivada. Ele disse que a gasolina aditivada tem a função de limpar os bicos e o motor pois elimina resíduos que contem no combustivel com isso melhora o desempenho do motor. 
Cameras: Canon 60D, T5i, T3i, Elan 7n; Objetiva: Canon EF 55-250mm, Canon EF 28-135mm macro, Canon EF-S 18-55mm, Sigma EF 28-105mm. Canon 18-55mm; Canon 24-105 USM Is L; Flashs: Canon speedlite 540EZ, Canon speedlite 430EX2, flash yongnuo YN 568ex ii.

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amador47sc

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Resposta #27 Online: 21 de Março de 2014, 19:44:45
Lembrei de um comentário que meu primo (mecânico) fez há algum tempo:

"...se eu tivesse condições de manter meu carro abastecido apenas com ÁLCOOL, o faria pois a parte mecânica interna do motor é favorecida por esse tipo de combustível"

e aí..

Fato ou lenda urbana??

 :ponder:


Helena Bsb

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Resposta #28 Online: 21 de Março de 2014, 20:00:28
Lembrei de um comentário que meu primo (mecânico) fez há algum tempo:

"...se eu tivesse condições de manter meu carro abastecido apenas com ÁLCOOL, o faria pois a parte mecânica interna do motor é favorecida por esse tipo de combustível"

e aí..

Fato ou lenda urbana??

 :ponder:

pelo que eu já li aqui, é fato!


Kokimoto

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Resposta #29 Online: 21 de Março de 2014, 21:30:36
Mas entendidos já me disseram também que álcool é mais seco, por isso é bom usar um pouco de gasolina para ajudar na lubrificação do cilindro.

Só uso aditivada no carro e em todas as motos. Na estrada, uso o que encontrar. Zero problema. :ok:
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