Cultura inútil.
Estou lendo um livrinho que, num determinado momento, fala do pouco interesse de nossa época por Guido Reni, embora noutro contexto já tivera grande notoriedade. Ele é citado como exemplo para mostrar que a validade de certas obras e artistas está intrinsecamente associada ao contexto histórico. O que vale pra nós hoje pode não ter tido reconhecimento no passado nem tampouco é garantia de que terá representatividade no futuro.
Pois bem, questionou Jorge Coli: "quantos somos capazes de lembrar sequer um dos seus quadros?"
Eu não lembrava, nem sequer tinha ouvido falar, então fui consultar o maior sábio de todos os tempos: o google.
Quando me deparei com esta pintura:

A associação foi imediata, embora seja perceptível que Vermeer carregava mais nas tintas.
Então, recorri de novo ao grande sábio, digitando "guido reni" "johannes vermeer" e, numa das páginas, havia a informação de que o retrato de Guido inspirou inúmeros artistas, que fizeram uso dos mais diversificados materiais.
Sobre o retrato de Guido alguns historiadores da arte atribuem a autoria da pintura à assistente Elisabetta Sirani. Se ele fosse reconhecido hoje como já foi no passado, alguém ia ter a idéia de fazer um filme na linha do Camille Claudel ou, então, uma biografia como a de Dora Maar. Outra especulação é que a pintura pode ter mesmo influenciado Vermeer no retrato "Moça com brinco de pérola", ainda que eles tenham nascido e vivido em tempos e países diferentes.
Fonte:
http://www.blastmilk.com/decollete/a-decapitation-miscellany/beatrice-cenci-guido-reni.php