Vou citar o amigo apenas para colocar minha opinião, considerando que já usei de tudo nessa cidade (NYC), SLR, DSLR, compacta etc.:
- levar tudo não se torna algo necessariamente infernal, simplesmente é mais peso e um possível aborrecimento na alfândega, mas se o material estiver com sinal de usado normalmente o fiscal nem pede nada; MAS pode acontecer...
- NYC pede várias distâncias focais, e a maioria de minhas fotos fica entre 24mm e 50mm. Usar só a 40 numa câmera relativamente grande e pesada como a 70D (a tive com essa lente inclusive...) se torna um estorvo, pois muitas vezes vc tem espaço reduzido para fazer "zoom com os pés". NYC pede 24-70 demais (no caso 16-50 na cropada);
- quem usa APSC, especialmente DSLR, sente uma falta danada de câmera com mais "sustança", e compacta premium, especialmente em iluminação reduzida ou à noite, fará vc sentir falta de algo mais "poderoso". Por exemplo, uso a Sony RX100 mk3 junto com a Fuji XT-1, e não andaria só com a Sony em NYC de jeito nenhum... A câmera que achei melhor em NYC foi minha (ex-) Sony NEX-6. A nova Alpha 6000 com a 16-50 seria uma excelente opção...
- realmente viajar com DSLR é mais chatinho, mas em NYC tem tanta gente andando com elas penduradas no pescoço que vc não vai se preocupar, apenas com o peso. Mas nada que uma boa bolsa não dê jeito. Todo mundo anda com elas por lá. Europa já é um pouco diferente...
Sabe efilho, este é um daqueles assuntos que não há certo nem errado. Todos podem ter razão.
Claro que você deve ser muito mais aficcionado que eu por fotografia. Eu sou apenas uma amador entusiasta, mas que não comprometo mais minhas viagens com preocupações extras que não aquelas oriundas da própria viagem. Lugar estranho, às vezes, como foi o caso da China, comida estranha, não saber até onde você está seguro em determinado lugar, etc, etc.
Eu costumo viajar muito, seja por ossos do oficio, isto é, viagens à trabalho, seja lazer mesmo. Minha experiência pessoal é que não vale a pena levar muita tralha, seja pelo transtorno de levar, de carregar e de trazer de volta, seja por outras razões. Você não faz idéia o aperto no coração que tive quando cheguei num templo Budista em Shanghai e estava apenas com minha Sonyzinha RX-100. Não conseguiria extrair portanto todo o potencial daquele lugar, no que diz respeito a registros fotográficos. Esta sensação no entanto se esvaiu 5 minutos depois, quando me deparei com um cara com equipamento de ponta, tripé, e o diabo a quatro. Ele deve ter feito fotos belíssimas mas só de olhar pra ele, preocupado com os ângulos, com as lentes e com aquela tralha toda pra lá e pra cá, pensei: que bom que trouxe só minha compactazinha no bolso. Eu curti o tempo pra caramba e tenho algumas boas imagens. A principal está comigo, e não no papel. O cara deve ter conseguido belíssimas imagens mas não curtiu e não viu o templo como eu o fiz.
Não bastasse isto, no Hotel em que fiquei, um belo, um belíssimo Hotel 5 estrelas, a duas quadras do Silk Market, no cofre tinha um aviso que o Hotel não se responsabilizava por objetos deixados dentro dele! Isto mesmo! Fotografei o aviso colado na porta do frente, desci até a recepção e armei um barraco. O argumento do gerente é que houve um incidente com um cliente que disse ter guardado um anel de brilhantes no cofre e alegou ter sido roubado. À partir deste fato, colocaram o aviso. Ora, pra que porra serve um cofre no quarto se o Hotel não se responsabiliza por objetos deixados dentro dele.
Ainda hoje vi esta matéria no UOL:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/09/1522197-suites-de-turistas-brasileiros-sao-invadidas-em-orlando-nos-eua.shtmlEntão, por estas e por outras, se não se pode confiar nem em cofre de hotel mais, eu não arrisco levar nada que não seja indispensável em minhas viagens e que não possa estar 100% do tempo comigo. No caso do tópico, só uma Sonyzinha RX-100 e nada mais.