caro edu,
percebi q vc expôs por 3 vezes seu voto ruim, sem explicar. não satisfeito, fez pouco caso da opinião q diferiu da sua - e o fez, insisto, sem mesmo explicá-lo porquê. ao agir assim, penso que desrespeita um pouco não só a mim, mas tb aos outros colegas foristas. isso tudo soou-me desagradável e desnecessário, e agora mesmo me pergunto quais as razões para tanto.
até seu tom inquisidor e direto na pergunta acima, me passa a sincera impressão de q vc não está interessado em me ouvir, senão em agredir-me. uma pena, mesmo.
ainda assim, vou te dar alguma explicação.
mas te aconselho, antes e com honesto afeto, de coração, a rever seus métodos de convivência social e mesmo exercitar seu olhar cultural e do mundo.
nessa foto quis imprimir a intangibilidade do tempo. desconstruir a fotografia, como registro do real. e já explico.
tenho uma foto igual, de uns 30 anos atrás. aquela está em sépia, e bem focada. essa não.
nesse sentido, ele sou eu. é um espelho, como espelho sou de meu pai, falecido já.
e note como tb é ele ali, meu filho, mas já não o é mais. ele ppio já mudou. e mudará, incessantemente.
exceto pelo caráter inexorável do tempo, tudo é turvo nessas comparações. sempre. não pode haver nitidez. absolutamente NENHUMA nitidez. mas há q se ter uma forma, pra q eu o reconheça, e ele a mim.
isso é importante, pq quero educá-lo pra ver a foto - diferentemente de vc, que enxergou-a, mas não a viu.
"se podes enxergar, vê; se podes ver, repara".
há muitos outros aspectos, esse talvez seja o mais relevante; o título, p. ex., é um deles. peço-te perdão pois me furtarei em citá-los, já me alongo demais. e veja, tb não tenho qq interesse em tomar posto em debates, como vc incita.
por último, é preciso que se diga: essa foto é minha, é claro; mas tb deixou de sê-lo, qdo a expus aqui. é até um pouco sua, ainda que vc a negue.
aproprie-se dela, edu.
tente, meu velho, e perceberá como é fácil.
um sincero abraço,