pris e amigos,
eu entendo que essa é uma discussão tão antiga quanto ampla - a do que é arte, de qual o valor da arte e de se há uma arte que se dissocia do seu autor. e tal se dá principalmente porque se baseia em juízos de valor, em grandezas de ordem subjetiva e que, portanto, não podem ser medidas em um caráter mais geral.
sobre esse último aspecto, me parece que pode haver aqui na foto da batata - porque não conheço o autor em questão - uma confusão entre o aspecto mercantil, de propaganda e tal, com o valor real, artístico, da obra.. compra-se uma obra do cara que retrata as altas-rodas da califórnia, e ambas as noções se cruzam, se confundem, interseccionam-se.
portanto, me parece que essa avaliação reflete, em última análise, somente essa confusão.
ainda assim, sou avesso às banalizações que vejo aqui (com a batata em questão - agarramo-nos à questão menor do tema, pq independente do valor, há arte sim ali).
outra coisa é o que se dá com artistas que têm importância histórica e como isso, de fato, agrega valor monetário a tudo que eles produzem ou produziram.
desses, me parece que vc citou gursky, picasso, lik..
gursky é um artista intrigante, irriquieto, que ganhou culto por isso, e que vale o que vale hoje pq produz arte de verdade; picasso gestou um estilo, quebrou o Mundo, criou mais de uma linguagem e estética absolutamente próprias, passa incólume pelo crivo do tempo e me parece claro que, independente da fase, picasso é reconhecido, cultuado e valorizado, e que cada vez mais, ainda será pouco.
se são supervalorizados, se valem mais o que deveriam valer, pouco importa - qdo falamos de gente que mostra a inquietude criativa ou a importância revolucionária dos citados.
o valor, o preço me parece então uma discussão menor - importa menos que discuti-los a estética, o drama criativo, a técnica, a beleza.. o espanto da beleza.
mas ah, aqui voltamos ao começo: se isso é tão subjetivo...
ps: como assim a petapixel é o estúdio dele? errou feio, errou rude...