Concordo com o que vem dizendo a maioria dos colegas que mata um leão por dia, com os dois aspectos que são levantados.
1. Em geral os clientes não querem nada pessoal ou diferente.
Nos 3,5 anos do estúdio, por pior que fosse, acabei me convencendo que a enorme maioria dos clientes não quer algo único, pessoal - quer aquilo que já viu centenas de vezes por aí, no Facebook, nos fotolivros de amigos, nas revistas.
Normalmente vinham até nós porque viram algo na nossa página e queriam O MESMO. Não importava quanto fossem diferentes dos clientes originais. No início, isso me estressou algumas vezes, eu não aceitava fazer igual, dizia que era chato para eles E PARA OS CLIENTES ORIGINAIS para quem a foto foi pensada ver a reprodução da imagem por aí. Notei que se contrariavam e todo o resto da sessão se complicava. Passei a fazer as fotos que queriam, tentar outras alternativas e procurar convencê-los na hora da escolha pois era menos conflitivo. Nem sempre deu certo.
Alguns até vinham com ideias particulares, específicas para si, mas a maioria das vezes mesmo essas tinham a ver com algo que haviam visto e acreditavam que tinha a ver com eles.
Foi muito raro, talvez não tenha chegado a meia dúzia, o número de clientes que queriam, mesmo, algo personalizado, único e que tinha a ver com eles.
2. As imagens estereotipadas vão logo ficar cafonas, se já não são
Dido isso, concordo que, em dez anos, a maioria daquelas fotos, poses e locações não vai fazer nenhum sentido. Vai parecer brega pacaraio. Tenho dó, mas é o mercado moldado pelo tipo de cultura visual massificada e pouco profunda dos clientes.
PS. Nada mais doído do que fazer foto de gestante que quer fazer ensaio de 15 anos... a barriga tá ali por acaso... se a cidadã não tem intimidade e interesse na própria gestação e quer pagar de sensual ali, fazer o quê?