André, acho interessante sua forma de pensar, mas tem um detalhe: Você mora em Sombrio, SC. Tem 26 mil habitantes. Eu moro em Maringá, com 400 mil. Teté mora em SP, com 11 milhões.
Isso influencia
muito na disposição do casal, em ir até seu estudio para conhecer seu trabalho. Você diz que andou 30 km para ir até um cliente. Pra atravessar SP de leste a oeste, são aproximadamente 70km.
Imagina a cena: Teté mora na região da USP. Um cliente de Itaquera pede um orçamento pra ele, e ele responde:
"Só pessoalmente." De Itaquera até Butantã, são 52km, mais do que você andou pra visitar o seu cliente. É isso que pesa. Ainda que cada uma das partes andasse metade do caminho, seriam mais de 25 km pra cada um andar, conhecer, e o cara olhar pro Humberto e dizer:
"Desculpa, mas não posso pagar tudo isso."Pelo amor de Deus, não me entenda mal, não quero zuar ou desmerecer, mas uma coisa é o mercado de Sombrio e região. Outra é o mercado de São Paulo e ABC. Não estou julgando sua forma como errada, até porque se você tá fechando, é porque não tá errada!
Acho que o que o Teté questionou, é que há fotógrafos que SE RECUSAM a fazer a reunião sem compromisso! Isso sim é inadmissível. Ridículo, pra ser franco.
Claro que tem a realidade de cada mercado local, mas pelo menos aqui com os meus tipos de clientes, não é bem assim que funciona. Receber orçamento antes não necessariamente quer dizer que a pessoa vai escolher peço preço.
Exatamente esse o ponto! Teté resumiu muitíssimo bem! Se o fotógrafo trabalha apenas com clientes que não precisam se preocupar com dinheiro, ótimo! Isso é maravilhoso! Mas comigo, pelo menos, não é assim.
Muita gente com quem eu fecho, meu preço não faz nem cócegas no orçamento do casal, mas tem alguns casamentos onde eu sei que fui o prestador de serviços mais caro do evento.
Já aconteceu comigo também. Olhava o estacionamento do salão de festas, o único carro "menos de 80~100 mil" era o meu, rsrsrsrs..
E já aconteceu de a mãe do noivo me pedir pra tirar meu paletó, porque estava mais bem vestido que o noivo. E o cara tinha pedido orçamento por email, fechou o serviço mais simples, mas gostou do meu atendimento quando eu o convidei para ir ao estudio.
Com quem eu costumo conversar, as pessoas primeiro fazem uma seleção de fotógrafos de quem eles gostam do trabalho e aí pedem orçamento para todos para refinar a busca. Os muito caros e os muito baratos são cortados, mas do que sobram, eles escolhem o que mais agrada, independente do preço. É como eu também faria se fosse casar.
Exatamente por isso que eu mando o orçamento por email. Se eu for muito caro ou muito barato para o cliente, nós dois vamos seguir nossas vidas, e boa.
Se o meu preço estiver dentro das possibilidades do casal, aí sim, marcamos uma reunião, eu tento me vender, e fechar o contrato.