Na minha opinião a fotografia digital é uma das maiores revoluções na história da arte. Porém o maior problema é que deixou um monte de fotógrafos preguiçosos.
Pra não ter que editar 300, 400, 700 fotos. O Ideal é fazer medição de luz, estudar o ambiente que vai fotografar, tomar cuidado no enquadramento. Enfim, fotografar como se estivesse usando negativo ou cromo.
Pra entender um pouco mais de RAW
Fotografe em RAW - por Dave Johnson – PC WORLD/EUA
24-11-2005
Fotografia digital
Há um ano atrás, se alguém me perguntasse qual o melhor formato de arquivo para gravar suas fotografias digitais, eu recomendaria, sem hesitação, o JPEG. Não porque eu gosta da tendência que o JPEG tem para comprimir arquivos e, portanto, comprometer a qualidade da imagem. Recomendaria porque o JPEG era a melhor forma de rapidamente gravar e editar imagens digitais.
Isso, em grande parte, ainda é verdade. Porém, enquanto o RAW era um formato arcaico e difícil de trabalhar no passado, hoje encontrar suporte em todos os principais softwares de edição de imagens. Portanto, se sua câmera digital tem um modo de captura em RAW e você sempre pensou em experimentá-lo, agora é uma boa hora.
Mas o que é RAW?
Acredite ou não, o RAW não é um formato único. Cada fabricante de câmeras digitais tem o seu próprio formato nativo e, coletivamente, estas formatos são conhecidos como RAW. O RAW da Canon, por exemplo, usa as extensões .crw e .cr2, enquanto o da Nikon cria arquivos.nef. Os formatos RAW são todos únicos e proprietários, portanto são incompatíveis entre eles.
No entanto, não importa que sabor de RAW você use, a idéia envolvendo todos é a mesma. Os arquivos RAW são representações cristalinas e não comprimidas do que é capturado pelos sensores da câmera quando você pressiona o disparador. São imagens totalmente não processadas.
No caso dos arquivos JPEG, a câmera executa um conjunto de rotinas eletrônicas como ajustes de nitidez, do balanço de branco e correções de cor. Provavelmente, o ponto mais importante é que o RAW preserva todas as cores como originalmente capturadas, usualmente 12 bits por pixel. Quando uma foto é gravada em JPEG, a câmera reduz o número total de cores para 8 bit por pixel. Resumindo, se você editar suas imagens depois, a fidelidade do RAW resultará em melhores fotografias.
Uma comparação entre os dois formatos
À esquerda está o detalhe de uma foto capturada com uma Nikon D100 e gravada em JPEG na qualidade máxima. O mesmo objeto, capturado em RAW, aparece quase idêntico, mas com menos ruído (para visualizar a imagem, clique aqui, salve o arquivo em seu PC e abra-o com qualquer editor ou visualizador de imagens). Como comparação, passei a imagem em JPEG por um software com filtro redutor de ruídos e, no final, o resultado (abaixo) foi melhor que o arquivo RAW.
É claro que isso é apenas um exemplo e não ilustra os benefícios de editar uma imagem com maior fidelidade de cores. Quis apenas demonstrar que não há nada de mágico envolvendo o formato RAW.
Os aspectos negativos do RAW
Ainda há, porém, algumas desvantagens em trabalhar com o RAW. A primeira delas é que leva mais tempo para sua câmera salvar as imagens. A maioria dos aparelhos modernos grava arquivos JPEG, mesmo os maiores, quase ao mesmo tempo do disparo. Mas os arquivos RAW são outra história.Na minha Nikon de 6 megapixels, por exemplo, cada imagem demora cerca de 40 segundos para ser salva no cartão de memória. Isso significa 2 minuto e meio para esvaziar o buffer de quatro imagens da câmera no cartão, o equivalente a 14 eternidades para quem está fotografando.
O tamanho dos arquivos é outra coisa a se levar em consideração. Meus arquivos JPEG de melhor qualidade ficam em torno de 2.5 MB, enquanto seus equivalentes em RAW ocupam 4.5 MB. Isso pode não ser um problema pois já há muitos cartões de memória de 1 GB no mercado, mas, se você tem pouco espaço, certamente sentirá a diferença.