Algumas perguntas, talvez idiotas:
- Pagava-se ingresso para entrar?
- Se sim, qual o valor?
- Se não, por que um museu precisa ser de graça?
O Humberto tem muito mais experiência que eu e talvez muitos outros colegas mas a maioria dos museus do Mundo só não se paga valor de entrada para estudantes que vem em excursão de escola, por exemplo.
Falta verba e mais cuidado do setor público, falta sim! Mas nosso sistema burocrático e a própria admnistração do museu poderia muito bem obter mais verba cobrando ingressos acessíveis (por ex.: 10 a 20 reais) de cada pessoa que vai no museu. Criar planos de acesso ilimitado durante um ano (por ex.: anual pass de 150 reais por família com visitas ilimitadas). Também poderiam incentivar eventos para angariar doações ou mesmo ter lojinhas temáticas como tem em todos os museus e parques aqui nos EUA em outros lugares do mundo.
Mas outra vez, provavelmente qualquer uma dessas formas de se obter dinheiro seria encarado como exploração, blá blá blá......
Thales, tudo isso que você propõe já era feito. Ou tentava-se fazer. Cobravam-se ingressos, tinham exposições temáticas temporários, tinha lojinha, tinham doadores. O problema é que realmente não há um grande interesse da população em geral (novamente, a comunidade científica tem boa parte de culpa nisso), então tudo isso era apenas uma parcela ínfima do orçamento total. Nenhuma empresa do setor privado se interessa em financiar parte de exposições.
Sabe-se quantos % e o que conseguiu salva ou dá para recuperar/restaurar?
O prédio é possível restaurar. Mas o prédio era a parte menos importante do museu. O que estava dentro salvou-se quase nada. Da parte de exposição aberta ao público acho que salvaram-se só os meteoritos.
Da parte mais importante, que eram as coleções, o acervo, perdeu-se praticamente tudo que estava no prédio principal. Tiveram algumas pouquíssimas coisas que os pesquisadores conseguiram salvar de dentro do fogo, mas é quase nada. Essa parte de coleção e acervo não tem restauração, não tem reposição, são peças únicas.
Algumas coleções ficavam em outro prédio, que não foi afetado. Mas é bem pouca coisa mesmo, perto do que havia no prédio principal.