Dá para fazer com macro mas é um método que tem as suas desvantagens.
Primeiro que o arranjo mecânico ideal não é dos mais simples de se fazer para ter um bom resultado. A câmera tem que estar absolutamente perpendicular ao filme. uma diferença de 1mm nas bordas já pode dar dor de cabeça. Eu não gosto do método da caixa de sapatos.
O ideal para mim é usar uma mesa reprográfica pequena, com uma coluna vertical ajustável na altura, como a de um ampliador. Com isso você garante uma geometria estável.
Quanto a lente ser cara, isso é muito relativo. Eu usava uma Pentax Takumar 50mm F4 de rosca M42 na época que me metia a fazer desse jeito, juntamente com um conjunto de tubos extensores M42. As aberturas a serem usadas são sempre pequenas, em torno de F8-F11.
Como iluminação eu usava uma mesa de luz A4 com lâmpada fluorescente, de 5600K, da marca Logan. A Kaiser fabrica umas de led, de 5000K e servem também. O bom é que nessas mesas a luz tem a intensidade e a cor corretas,
Lembre que a câmera não tem a mesma capacidade que um scanner. Existem técnicas avançadas como multiplas passagens e outras que permitem ir a um DMax muito maior do que uma câmera é capaz de fazer com um unico quadro. Para chegar perto, teria que usar a técnica de HDR as vezes, para ficar perfeito.
Outra coisa a ser levada em questão é o desgaste do obturador da câmera. Eu usaria uma micro 4/3 com obturador eletronico,
No final, para fazer direito e em grande quantidade (alguns milhares de digitalizações) esse método vai te tomar um tempo enorme e o preço vai acabar sendo similar ao de um scanner como o V500/600, a não ser que você já tenha boa parte do equipamento.