Pô valeu mesmo por ter visto.
Eu curto muito esse tipo de fotografia e tento usar esse "olhar documental" em tudo que ando fotografando, inclusive carrego a camera durante os almoços de família, sempre acontece algo.
Realmente não é agradável a todo mundo, não é comum ver criança chorando ou de birra, ainda mais povo do interior do RS, mas ando fazendo algo diferente e tenho supreendido os pais que gostam do meu trabalho. Surpreendido pq eu tbm faço as fotos basiconas e previsíveis, mas eu aprendi a encarar a situação de frente, literalmente, sem medo de levantar a camera na hora do choro, da birra e dos xingamentos, chegar perto, estar junto da situação e eles até gostam desses momentos depois.
Esses slide são um compilado que faço só de fotos diferentes que eu quero que as pessoas vejam no meu trabalho. Só assim eu vou acostumar o olhar do povo ao diferente. Eu acho que se eu me moldar ao mercado "comum" (da minha região) o significado de fotografar, criar memórias pra mim perde o sentido. Daqui 20 anos o João Pedro iria preferir uma foto posada com a vó? Ou uma que mostra o cuidado que ela tinha com ele?
A festa foi tão aconchegante, não é mais tão comum fazerem festas em casa, era tudo muito família, muito amor, a criança estava na casa dela, no ambiente dela, merecia uma história bem contada. Eu mesmo me senti em casa, fiz todo o acompanhamento mensal dele, desde o newborn ele é super a vontade comigo, volta e meia me ofereciam frios, refri, "te senta um pouco guri", "descansa", "já deu de fotos".
Mas é na hora que a gente baixa a câmera que algo acontece.
Valeu colega.