Vou contar a experiência com minha mãe, que tem 88 anos, algumas enfermidades e dificuldades para andar caminhar. Tenho duas irmãs mas apenas uma mora no BR, e o trabalho dela não parou, eu fiquei responsável por cuidar de minha mãe por esses dias, o que é fácil pra mim, pois ela mora a uma quarteirão de minha casa.
Ela esta sozinha no ap dela, não trago ela para minha casa pois tenho duas filhas em idade de faculdade, e minha esposa continua trabalhando diariamente (ela trabalha na ouvidoria de um banco), ou seja esse micro grupo de pessoas aqui está em risco, com pouco risco porem ainda tem risco.
Toda vez que vou visitar minha mãe uso mascaras e mantenho distância, higienizo as mãos qd chego no ap dela, deixo o sapato do lado de fora da porta. Tenho que levar comida e suprimentos, tenho que acompanha-la para ver se vai acontecer alguma coisa, seja a nível de corona ou qq outra enfermidade que possa ocorrer (ela tem crises de artrose frequentemente, problemas vasculares, e outros...). A fisioterapia que ela fazia foi paralisada pela médica que achou melhor cessar por um período.
Essa vacinação contra gripe já estava programada há meses, desde o ano passado. Entendi a estratégia do governo em manter a vacinação, é para se evitar que haja confusão entre os tipos de doença; se uma idoso tiver alguma complicação com essas outras gripes (são 3) previstas pela vacina, poderia ser confundido com a Corona, e como Corona não tem tratamento ainda, corre o risco de aumentar a demanda nos hospitais e ainda do velhinho no inicio iria ficar esperando por um tempo maior para ficar mais claro qual virus seria: o corona ou H1N1??? Vacinando diminui a possibilidade das outras doenças e clareia para os médicos. Se daqui a 15 dias um velhinho chegar em um hospital falando eu já tomei a vacina, então o pessoal já foca no Corona.
Minha estratégia para leva-la foi inicialmente a seguinte: vou esperar uns dias para ver. Ontem no final da tarde fui sozinho ao posto de saúde por volta de 17h para ver como poderia fazer. O posto estava completamente vazio, perguntei para a atendente que me confirmou que não houve grande movimento, que o dia inteiro foi super tranquilo. Como a vacinação seria até às 19h eu ainda tinha tempo para traze-la ao posto. Foi o que fiz, minha mãe ficou dentro do carro, parado em frente ao posto. Entrei, entreguei os documentos para a atendente que me encaminhou para a vacinação, a enfermeira pegou a seringa, saiu na rua comigo e vacinou minha mãe dentro do carro, pela janela do veiculo. Todo o processo não durou mais que 10 minutos, talvez menos, não havia fila na recepção, nem enfermeira que aplica a vacina.
Eu fiquei feliz, um problema a menos para resolver. Minha mãe que foi vacinada pelo "drive thru" tbm ficou feliz e aliviada, pq ela estava bem preocupada com isso. Todo velhinho sofre muito com qq problema, felizmente esse foi resolvido.
Parabéns ao serviço da prefeitura.
O pessoal do posto tbm me falou que existem equipes que vão a casa vacinar os velhinhos com mais de 80 anos, ou acamados e com problemas de locomoção, bastaria agendar.
