Autor Tópico: Whirlpool Galaxy (M 51, MGC 5194), IC 4263, NGC 5198, NGC 5169 e NGC 5173  (Lida 1610 vezes)

felipemendes

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Noite passada atualizei minha foto da Galáxia do Rodamoinho (Whirlpool Galaxy, Question Mark Galaxy, etc). De cima pra baixo, ainda são visíveis NGC 5173, NGC 5169 (mal visível), NGC 5198 (mais pra direita), IC 4263. Um pontinho à direita da Galáxia do Rodamoinho é a galáxia IC 4278. Há ainda várias galáxias nesta foto, mas que ficaram invisíveis.

Na Galáxia do Rodamoinho, dada sua posição em relação à Terra, foi detectado o primeiro exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) detectado em outra galáxia. Isso faz somente 4 meses.


A poluição luminosa está matando, a ponto de eu não conseguir muita melhoria sobre a mesma foto de dois anos atrás (e muito menos construções ao redor). Eu moro a oeste da cidade grande, o que significa que a maior parte da poluição se encontra a leste de mim. Infelizmente é também onde a maioria das galáxias aparece no céu onde moro.

Foram quase 8 horas de exposição em 600mm f/3 com filtro Orion SkyGlow Astrophoto, que elimina poluição de luz mercúrio e sódio, mas pouco bloqueia luz de led.


angelone

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Resposta #1 Online: 07 de Abril de 2022, 16:34:39
 :clap: :clap:

Queremos mais fotos do universo por aqui  :D

Assim acordamos para a insignificância da Terra, centro do Universo?  :hysterical:
Olympus OM-D E-M5 mk II  e uns vidros..


felipemendes

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Resposta #2 Online: 07 de Abril de 2022, 17:04:49
:clap: :clap:

Queremos mais fotos do universo por aqui  :D

Assim acordamos para a insignificância da Terra, centro do Universo?  :hysterical:

Obrigado! Aqui no meu grupo de condomínio (tem tipo um FB da vizinhança, olha que treta), tem discussão entre a galera que acha que tudo foi criado por Deus e a galera que diz que não faz sentido um deus ter criado todo o Universo por causa de uma pedrinha cheia de gente mesquinha que não consegue concordar sobre nada.  :hysterical:

Tô torcendo pra briga.


marcelo.leme

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Resposta #3 Online: 12 de Abril de 2022, 11:19:37
Muito bonita a foto, parabéns !
Não entendo nada de astrofotografia , mas como efeito estético pensei que um corte evidenciando mais a galáxia poderia ficar legal.
Nikon D7000
Nikkor 18-105 VR
Tokina 12-28 mm


felipemendes

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Resposta #4 Online: 12 de Abril de 2022, 11:48:23
Muito bonita a foto, parabéns !
Não entendo nada de astrofotografia , mas como efeito estético pensei que um corte evidenciando mais a galáxia poderia ficar legal.

Obrigado pelo comentário!

A quase totalidade das pessoas tera a mesma opinião, mas aí eu deixaria de fora essas galáxias todas (bem, uma delas apareceria de qualquer forma):




pkawazoe

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Resposta #5 Online: 13 de Abril de 2022, 10:24:52
excelente foto,

eu fico pensando em como a fotografia evoluiu principalmente depois da fotografia digital, novos horizontes e novas possibilidades,
e sobre nós, a jornada de aprendizado que todo fotógrafo tem, e quão longe podemos chegar.

Felipe acho que essa fotografia é prova que a jornada do conhecimento pode nos levar a fazer coisas incríveis.

Parabéns!


Lindsay

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Resposta #6 Online: 13 de Abril de 2022, 11:17:37
Que bacana a foto. Felippe, vc fotografa com maestria o tempo, o tempo todo vc fotografa o tempo, por ex. o tempo que essa luz levou para chegar na terra, o tempo de exposição acumulado em um fotograma difícil de fazer como essa, entre outros, vc mexe com vários tempos que estão dentro deste tipo de fotografia. Esse tipo de tempo que não é visível a olho nu.
« Última modificação: 13 de Abril de 2022, 11:18:41 por Lindsay »
Conhecimento importa mais que equipamento.


felipemendes

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Resposta #7 Online: 13 de Abril de 2022, 12:44:46
excelente foto,

eu fico pensando em como a fotografia evoluiu principalmente depois da fotografia digital, novos horizontes e novas possibilidades,
e sobre nós, a jornada de aprendizado que todo fotógrafo tem, e quão longe podemos chegar.

Felipe acho que essa fotografia é prova que a jornada do conhecimento pode nos levar a fazer coisas incríveis.

Parabéns!

Que bacana a foto. Felippe, vc fotografa com maestria o tempo, o tempo todo vc fotografa o tempo, por ex. o tempo que essa luz levou para chegar na terra, o tempo de exposição acumulado em um fotograma difícil de fazer como essa, entre outros, vc mexe com vários tempos que estão dentro deste tipo de fotografia. Esse tipo de tempo que não é visível a olho nu.

Opa, obrigado!

Esse tipo de foto tem vários aspectos interessantes, tanto tecnicamente quanto filosoficamente.

Tecnicamente, é uma mistura de tecnologia antiquada com coisas novas: muitos dos dispositivos usados ainda vendidos hoje usam interfaces seriais (aquela RS232C dos computadores dos anos 90) com um adaptador USB embutido. Vários ainda usam USB tipo B, aquele das impressoras locais. Tem o controle da câmera muito mais "na mão" que uma câmera comum: qual o ganho do sensor (parecido com o ISO, mas é diferente pra cada câmera) que fornece melhor DR, o quanto de adicionar artificialmente sinal de fundo, pra que durante a edição nenhum pixel vire preto absoluto... Junto com isso, há algoritmos avançados que reconhecem a posição exata no céu que o telescópio está apontando, somente com base na imagem da câmera. Há sistemas de autofoco (quando eu falo sobre autofoco, é com a propriedade de quem construiu o sistema que uso nos meus telescópios, e selecionou/configurou os algoritmos usados) que reconhecem desalinhamento mínimo entre a lente e o sensor da câmera.

Eu trato com deferência os fótons que foram emitidos milhares de anos atrás, embora eles não sejam nada diferentes dos fótons emitidos quase que no instante da minha foto. Aliás, como o tempo não passa pra quem viaja à velocidade da luz, pro fóton não faz diferença se ele viajou milhares de anos-luz ou se foi emitido no momento da minha foto: do ponto de visto do fóton, ele nasceu e no momento seguinte, foi capturado. Mas estou divagando.

Claro, há as considerações de fator humano também: há vida lá fora? Por que seria isso relevante, uma vez que nunca teremos a capacidade de comunicar? Caso possamos, por uma quebra de paradigmas da física e da engenharia, comunicar com seres de outros planetas, seria isso ético? Se levássemos uma nave espacial a um planeta habitado, haveria o risco de acabarmos com a vida naquele planeta, com nossas bactérias dentro da nave espacial? Será que Deus criou isso tudo pra que, aqui na Terra, pastores berrassem ao microfone "Doai dez por cento, irmãos!"?
« Última modificação: 13 de Abril de 2022, 12:48:29 por felipemendes »


cxpostal

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Resposta #8 Online: 13 de Abril de 2022, 14:16:02
<...>?Se levássemos uma nave espacial a um planeta habitado, haveria o risco de acabarmos com a vida naquele planeta, com nossas bactérias dentro da nave espacial? <...>

De certa forma passamos por isso, aqui na Terra mesmo, no século XV para frente, durante o *descobrimento*  e ocupação do novo mundo pelas naves nao espaciais, mas marítimas.  Muitas vezes em nome de Deus ou da religião.

Aqui na ocupação do Rio de Janeiro por exemplo, roupas infectadas com doenças transmissíveis eram abandonadas nas cercanias de tribos propositadamente. 

Mas isso é outra história.

Quanto às suas fotos, é impressionante a evolução na qualidade delas desde quando começou a posta-las.  Acho que já falei isto mas não me custa repetir.

Carlos

"Quem descreve nao é dono do assunto, mas quem inventa é."  --Manoel de barros
https://www.instagram.com/reel/C3tJeUkR_jR/?igsh=MWZ4eGJ4NTl0bWJ4MQ==   --ariano suassuna


Lindsay

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Resposta #9 Online: 13 de Abril de 2022, 14:33:57
Opa, obrigado!

Esse tipo de foto tem vários aspectos interessantes, tanto tecnicamente quanto filosoficamente.

Tecnicamente, é uma mistura de tecnologia antiquada com coisas novas: muitos dos dispositivos usados ainda vendidos hoje usam interfaces seriais (aquela RS232C dos computadores dos anos 90) com um adaptador USB embutido. Vários ainda usam USB tipo B, aquele das impressoras locais. Tem o controle da câmera muito mais "na mão" que uma câmera comum: qual o ganho do sensor (parecido com o ISO, mas é diferente pra cada câmera) que fornece melhor DR, o quanto de adicionar artificialmente sinal de fundo, pra que durante a edição nenhum pixel vire preto absoluto... Junto com isso, há algoritmos avançados que reconhecem a posição exata no céu que o telescópio está apontando, somente com base na imagem da câmera. Há sistemas de autofoco (quando eu falo sobre autofoco, é com a propriedade de quem construiu o sistema que uso nos meus telescópios, e selecionou/configurou os algoritmos usados) que reconhecem desalinhamento mínimo entre a lente e o sensor da câmera.

Eu trato com deferência os fótons que foram emitidos milhares de anos atrás, embora eles não sejam nada diferentes dos fótons emitidos quase que no instante da minha foto. Aliás, como o tempo não passa pra quem viaja à velocidade da luz, pro fóton não faz diferença se ele viajou milhares de anos-luz ou se foi emitido no momento da minha foto: do ponto de visto do fóton, ele nasceu e no momento seguinte, foi capturado. Mas estou divagando.

Claro, há as considerações de fator humano também: há vida lá fora? Por que seria isso relevante, uma vez que nunca teremos a capacidade de comunicar? Caso possamos, por uma quebra de paradigmas da física e da engenharia, comunicar com seres de outros planetas, seria isso ético? Se levássemos uma nave espacial a um planeta habitado, haveria o risco de acabarmos com a vida naquele planeta, com nossas bactérias dentro da nave espacial? Será que Deus criou isso tudo pra que, aqui na Terra, pastores berrassem ao microfone "Doai dez por cento, irmãos!"?
Éh... mas lá no desafio vc colocou a foto de um relógio...
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cxpostal

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Resposta #10 Online: 13 de Abril de 2022, 17:09:01

<...>
Foram quase 8 horas de exposição em 600mm f/3 com filtro Orion SkyGlow Astrophoto, que elimina poluição de luz mercúrio e sódio, mas pouco bloqueia luz de led.

Curiosidade:  qual o tamanho físico do sensor que está usando para o registro?  Faz algum *crop* na imagem depois via software de edição?

Carlos

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Resposta #11 Online: 13 de Abril de 2022, 17:11:26
Éh... mas lá no desafio vc colocou a foto de um relógio...

 :hysterical: :hysterical: :hysterical:

Eu já tinha entendido a indireta... Vou trocar lá.


felipemendes

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Resposta #12 Online: 13 de Abril de 2022, 18:27:43
Curiosidade:  qual o tamanho físico do sensor que está usando para o registro?  Faz algum *crop* na imagem depois via software de edição?

Minha câmera usa um sensor 4/3 até antiguinho, com 10.7 Mp. Nessa foto, usei até pouco crop. Olha o resultado do empilhamento e esticamento, sem nenhum corte abaixo. Note que as bordas ficam pretas, pois nem todos os quadros empilhados cobrem as mesmas bordas.





cxpostal

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Resposta #13 Online: 13 de Abril de 2022, 18:55:34
Minha câmera usa um sensor 4/3 até antiguinho, com 10.7 Mp. Nessa foto, usei até pouco crop. Olha o resultado do empilhamento e esticamento, sem nenhum corte abaixo. Note que as bordas ficam pretas, pois nem todos os quadros empilhados cobrem as mesmas bordas.

:ok:
Surpreso. Não imaginava que uma 600mm em um sensor 4/3 pudesse capturar estas *coisas* tão distantes.

Vou ler com atenção a teoria que postou no outro tópico.

 
Carlos

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angelone

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Resposta #14 Online: 14 de Abril de 2022, 00:32:32
Mais um aqui babando por essas lindas fotos!!

Mas uma versão com crop caprichada dessa galáxia é bem desejável, certamente vê-la com mais detalhes destacaria sua beleza e a nossa curiosidade..
« Última modificação: 14 de Abril de 2022, 00:33:03 por angelone »
Olympus OM-D E-M5 mk II  e uns vidros..