excelente foto,
eu fico pensando em como a fotografia evoluiu principalmente depois da fotografia digital, novos horizontes e novas possibilidades,
e sobre nós, a jornada de aprendizado que todo fotógrafo tem, e quão longe podemos chegar.
Felipe acho que essa fotografia é prova que a jornada do conhecimento pode nos levar a fazer coisas incríveis.
Parabéns!
Que bacana a foto. Felippe, vc fotografa com maestria o tempo, o tempo todo vc fotografa o tempo, por ex. o tempo que essa luz levou para chegar na terra, o tempo de exposição acumulado em um fotograma difícil de fazer como essa, entre outros, vc mexe com vários tempos que estão dentro deste tipo de fotografia. Esse tipo de tempo que não é visível a olho nu.
Opa, obrigado!
Esse tipo de foto tem vários aspectos interessantes, tanto tecnicamente quanto filosoficamente.
Tecnicamente, é uma mistura de tecnologia antiquada com coisas novas: muitos dos dispositivos usados ainda vendidos hoje usam interfaces seriais (aquela RS232C dos computadores dos anos 90) com um adaptador USB embutido. Vários ainda usam USB tipo B, aquele das impressoras locais. Tem o controle da câmera muito mais "na mão" que uma câmera comum: qual o ganho do sensor (parecido com o ISO, mas é diferente pra cada câmera) que fornece melhor DR, o quanto de adicionar artificialmente sinal de fundo, pra que durante a edição nenhum pixel vire preto absoluto... Junto com isso, há algoritmos avançados que reconhecem a posição exata no céu que o telescópio está apontando, somente com base na imagem da câmera. Há sistemas de autofoco (quando eu falo sobre autofoco, é com a propriedade de quem construiu o sistema que uso nos meus telescópios, e selecionou/configurou os algoritmos usados) que reconhecem desalinhamento mínimo entre a lente e o sensor da câmera.
Eu trato com deferência os fótons que foram emitidos milhares de anos atrás, embora eles não sejam nada diferentes dos fótons emitidos quase que no instante da minha foto. Aliás, como o tempo não passa pra quem viaja à velocidade da luz, pro fóton não faz diferença se ele viajou milhares de anos-luz ou se foi emitido no momento da minha foto: do ponto de visto do fóton, ele nasceu e no momento seguinte, foi capturado. Mas estou divagando.
Claro, há as considerações de fator humano também: há vida lá fora? Por que seria isso relevante, uma vez que nunca teremos a capacidade de comunicar? Caso possamos, por uma quebra de paradigmas da física e da engenharia, comunicar com seres de outros planetas, seria isso ético? Se levássemos uma nave espacial a um planeta habitado, haveria o risco de acabarmos com a vida naquele planeta, com nossas bactérias dentro da nave espacial? Será que Deus criou isso tudo pra que, aqui na Terra, pastores berrassem ao microfone "Doai dez por cento, irmãos!"?