O que pode realmente nos ferrar seria uma ejeção de massa coronal gigantesca. Mas isso não acontece de forma generalizada no sol. Então as ejeções de massa coronal são projetadas do sol com uma direção certa. E teríamos que dar o azar dela ser maior do que todas que já vimos e ainda de a Terra estar no caminho dela. Mas ela teria poderia ter força suficiente pra varrer nossa atmosfera de forma abrupta e transformar toda a superfície terrestre em churrasquinho.
Porém, o sol é monitorado pra isso (sonda SOHO, p ex) e não tem nenhuma mancha solar grande o suficiente apontada pra gente.
Esse assunto é muito legal
mesmo. Tem várias implicações interessantes sobre esse assunto. Quem estuda a formação do universo sabe que estrelas grandes são instáveis demais pra abrigar vida ao seu redor. Estas estrelas maiores também se formam mais rápido. Estrelas menores demoraram bem mais pra acumular material suficiente pra ter massa crítica pra sustentar fusão nuclear. Por serem menores, também queimam bem mais devagar, e são mais estáveis e, portanto, mais plausíveis de abrigar vida. Uma das teorias que explica porque ainda não encontramos alienígenas espalhados pela galáxia é
porque podemos ser os primeiros, uma vez que estrelas menores ainda estão se formando.
Sobre a atmosfera da Terra, sempre é interessante colocar em perspectiva: a Terra tem um diâmetro de cerca de 12700 km. A atmosfera tem cerca de 300 km a partir do nível do mar, dependendo de como se mede (a Estação Internacional fica em uma região onde ainda há átomos gasosos a 370–460 km de altitude, e precisa ser acelerada de vez em quando pra não cair).
Agora peguemos uma laranja com 10 cm de diâmetro (100mm). Se fosse a Terra, a casca da laranja (atmosfera) teria 2mm de espessura. É bem pouco pra nos proteger de tanta coisa no Universo. Claro, tem o campo magnético e a Lua que também nos protegem. Sem essas três coisas (atmosfera, campo magnético e Lua), estaríamos quase literalmente fritos.