O e-commerce, também conhecido como comércio eletrônico, não é mais novidade no Brasil. Comprar sem sair de casa é uma facilidade que conquistou muitos consumidores, inclusive fotógrafos que estão sempre atentos a novas tecnologias. Segundo matéria publicada pela Infomoney, a expectativa de receita do consumo eletrônico para 2006 é de mais de 200 bilhões de dólares, o que significa um impacto de 20% no comércio em relação ao ano anterior. O Comitê Gestor da Internet no Brasil divulgou dados que apontam que 4,8 milhões de pessoas já realizaram compras pela internet.
A facilidade atrai. Basta digitar as palavras “câmeras digitais” ou “cartões de memórias” em sites de busca e o internauta encontra o que quer com o preço que pode pagar.
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MercadoLivre.com, site de compras e vendas pela internet e associado ao e-bay, é um dos mais conhecidos sobre o assunto. Atua no Brasil há quase seis anos e acompanhou de perto o aumento da venda das câmeras digitais e equipamentos. Hoje, a categoria chamada de “Câmeras e Fotos” é responsável pela venda média mensal de 30 mil produtos, sendo do total 57% de câmeras digitais, 19% de cartões de memória e 20% de acessórios. Os usados ficam atrás com a venda média mensal em torno de 1,8 mil produtos, sendo do total 49% de câmeras, 7% de cartões de memória, 15% de acessórios e 7% de câmeras 35 mm e polaróides.
Outras vantagens de se comprar pela internet podem estar no fácil parcelamento e rapidez de entrega, muitas vezes com cobertura nacional. O site das LojasAmericanas.com, por exemplo, oferece parcelamento do valor de alguns produtos em até 12 vezes sem juros. Já o site da loja on-line Recreio Digital oferece financiamento pelo Banco Real em até 24 vezes, com ou sem entrada
O barato pode sair caroApesar de ser tentadora a opção de comprar produtos fotográficos que dificilmente chegam ao Brasil, é preciso cautela antes de clicar em comprar. Muitas vezes os preços oferecidos por câmeras profissionais nos sites são extremamente mais baratos do que em lojas ou importadoras, isto porque os impostos sobre produtos importados encarecem o valor mais do que o brasileiro pode pagar. É aí que mora o perigo.
É importante tomar alguns cuidados pra evitar os riscos da compra de equipamentos fotográficos pela internet. As instruções são do Cláudio Boriola, presidente da Boriola Consultoria, especialista em economia doméstica e direitos do consumidor.
DicasNem toda página bem construída deve inspirar segurança, foi o tempo em que beleza de layout significava confiança;
Pesquise o histórico e procedência da empresa, verificando o tempo no mercado, filosofia e ainda checando a opinião de consumidores que já efetuaram compras;
Saiba que o consumidor tem o direito legal de ter um prazo de sete dias para cancelar uma compra ou contrato feito pela internet;
Na hora de comprar, evite depósitos via conta bancária, opte por sedex a cobrar, já que é um serviço disponibilizado pelos Correios que permite que o destinatário veja o produto antes de comprar efetivamente;
Se for comprar um imóvel (estúdio, escritório, etc.) pela internet, entenda que o site deve apenas facilitar a visualização do espaço, não efetue a compra pela internet. Prefira assinar documentos pessoalmente depois de ler e tirar todas as dúvidas sobre as cláusulas;
Atenção! Não forneça senhas por telefone ou e-mail para pessoas que se dizem funcionárias de algum site de e-commerce;
Tenha sempre ativo em seu computador softwares originais de antivírus;
Não confie em e-mail enviados por sites de e-commerce sobre ofertas ou cobranças infundadas. Quando tiver dúvidas quanto à legitimidade do conteúdo, entre em contato com a empresa para se certificar, apague o e-mail e não abra anexo;
Lembre-se de que compras internacionais estarão sobre a vigência da lei e código do direito do consumidor do país de origem do site;
Comprar produtos sem nota fiscal é correr risco de não poder contratar seguro do equipamento.
Sites que possuem certificados e Servidor Seguro (SSL) oferecem uma segurança a mais. Os protocolos de criptografia baseados em chave pública protegem melhor a transmissão de seus dados sigilosos.
Fonte
Revista Fhox - SP