Exatamente, Alex.
Você coloca na parede da sua casa o que quiser. Aliás, se quier fazer a vida toda a fotografia mais comercial e conservadora, pode também.
Só é necessário ter clareza em relação ás escolhas, e não ficar imaginando que ao ir para Florianópolis chegará na Bahia (aliás, dois belos lugares). Indo para o Sul, chega-se a Florianópolis. Indo para o Norte, na Bahia.
Assim é na fotografia.
E o patamar que faz diferença, que faz a pessoa colocar a cabeça para fora da água, da geléia geral, esse patamar é buscado através da meditação sobre arte, estética e com coragem.
É preciso aceitar que se deve adquirir uma educação artística se se quer praticar uma atividade artística (veja, não digo nem fazer arte, mas simplesmente praticar uma atividade artística). Imaginar que se vai praticar uma atividade artística apenas a partir de si mesmo é um grande desconhecimento de como as coisas funcionam, e, perdoem-me, é uma arrgãncia que só o desconhecimento permite.
E, voltando ao início do tópico, o que separará os bons dos bons-medianos é antes a capacidade-coragem de criar que um ponto de abertura da lente.
Volto a dizer que nada tenho contra equipamento. Se me sobrasse um dinheirinho eu, depois é claro de fazer outras coisas que me divertiriam mais, compraria um back Hassel, compraria lentes Leica, compraria uma Plannar, etc. Mas não tenho nenhuma ilusão de que isso fosse mudar minha fotografia.
Para minha fotografia mudar, ao contrário, eu tenho de limitar minha expectativa sobre isso e dedicar-me ao que é realmente difícil que é tentar romper minhas limitações psicológicas/criativas.
O grande problema do culto á cãmera não é ela ser necessária, dsnecessária, nada disso. Não há nenhum problema em um ótimo equipamento. O problema está em perder tempo pensando nisso e não fazer o principal com o equipamento que temos.