Pessoal,
Já trabalho há um bom tempo como designer, e sempre que vou fazer algo para ser impresso, costumo converter para CMYK antes para impressão.
Li diversos artigos na intenet sobre a guerra sRBG x AdobeRGB. Eu não sei como funciona a máquina no laboratório e como ela amplia a foto, mas suponho que não seja por impressão à tinta já que a maioria dos laboratórios usam sRGB. Enfim, pro laboratório tem que mandar a foto em RGB mesmo? CMYK só pra impressões de revistas e etc?
Quem puder me dar uma "aula", agradeço.
Jo.
Oi Jo,
é isso mesmo. O que o Beto falou também está correto, só vou falar mais um pouco sobre os processos como "cultura inútil" mesmo
Impressão a 4 cores:
Processo ADITIVO, onde você adiciona cores a uma base de papel.
A base onde a imagem será formada é o papel, branco geralmente. Para se formar as cores são usadas 4 cores básicas - cian, magenta, amarelo e preto - que são impressas em micro pontinhos num padrão de retícula chamado roseta pela sua forma. Para ver esse padrão roseta, pegue sua 50mm e olhe qualquer material impresso através dela.
Conforme a cor final desejada varia-se a concentração dessas 4 cores.
Ampliação fotográfica colorida:
Processo SUBTRATIVO, onde os corantes já estão na mídia (filme e papel) e você irá retirar os excessos.
FILME
Ao contrário dos PB tradicionais, que são à base de prata, filmes coloridos são à base de corantes para a formação das cores. Eles são normalmente compostos por três camadas de corantes, sensíveis cada uma a uma "cor" - R, G ou B - que, combinadas, formam as cores.
Quando você faz uma foto, a imagem está registrada nessas camadas. Dependendo do processo de revelação, você irá retirar o que FOI sensibilizado (cromo) ou o que NÃO foi sensibilizado (negativo) pela luz. Por isso, a princípio, todo filme, seja PB ou colorido, pode ser negativo ou positivo dependendo do processo de revelação. Isso se chama cross-processing com filmes coloridos - revelar cromo na química de negativo e vice-versa - para se obter cores e contrastes diferenciados.
CLARO QUE um filme cromo é afinado para revelação em processo E6 e um negativo para o processo C41. A inversão nos processos é possível e interessante pelos efeitos inusitados que ela provoca, não para se ter um cromo de um negativo apenas.
MINILABS
Os Minilabs não ampliam direto do negativo. Eles os revelam, se for o caso, escaneiam e fazem a impressão por um canhão RGB e, por último, revelam o papel. Não sei maiores detalhes desse processo, se o canhão é a laser, kryptonita ou telepatia. Eu recomendo que todos façam testes em alguns laboratórios que usem Fuji e escolham o que apresentar melhor custo x qualidade para suas ampliações. Eles se tornaram grandes computadores/scaners/ampliadores/reveladores que usam o processo RGB para formação das imagens. Por isso, arquivos enviados para Minilabs devem ser em RGB. Se você enviar CMYK o operador irá passá-los para RGB e, nessa etapa, as cores podem ser alteradas pois são dois espaços de cor diferentes.
Quando você manda um cromo para ser ampliado em um minilab, o processo é o mesmo. Ele é escaneado e essa informação é impressa em papel fotográfico.
Tanto filme quanto papel coloridos usam um processo chamado de "síntese de subtração de cor", sempre trabalhando com camadas sensíveis a R,G e B para a formação das cores. Neste link tem uma explicação rápida e boa a respeito:
http://home.bway.net/jscruggs/sub.htmlPelos testes que eu fiz recentemente, os Fuji são os melhores em termos de cor e definição. O padrão de cores usado por eles é o sRGB.
Bom, acho que já deu pra você conhecer um pouco mais as diferenças de cada processo. Qualquer dúvida a gente vai tentando dar uma força.
Abraços,
José Azevedo