A negligência é proporcional à facilidade de corrigir o erro.
Quem conheceu os processos analógicos e chegou ao digital sabe disso muito bem e até sentiu na pele, em algum momento, como é tentador ser negligente.
No filme, temos limites de pose.
O digital nos permite clicar quase indefinidamente.
No filme, só veremos o sucesso ou fracasso bem mais tarde, geralmente impossibilitados de repetir a cena.
O digital nos permite conferir a foto logo após o clique, e até durante o mesmo (com o LiveView), e isso nos permite refazer as fotos.
No filme, fazer correções de exposição, cores e contraste é um processo trabalhoso, requer ambiente controlado, equipamento adequado e produtos químicos nas doses certas. O digital oferece várias oportunidades de correção no conforto do PC caseiro.
No filme, os fracassos são físicos e caros nos forçando a dominar a técnica para não repetir tais falhas, por vezes, evitando até cenas difíceis.
O digital nos permite simplesmente apagar o erro e reajustar a exposição até conseguirmos um resultado satisfatório, mesmo em cenas complicadas.
Porém...No filme, aceitamos melhor os imprevistos e pequenas imperfeições por saber que não é fácil acertar e que provavelmente é impossível repetir.
O digital nos torna também mais exigentes com as próprias imagens geradas. Se é fácil repetir, "volte lá e faça melhor"!
E onde tudo isso quer chegar?
Para conseguir cores mais vivas, primeiro faça uma boa captura e depois apure o resultado no computador.
A câmera deve ser utilizada em sua maxima capacidade.
Se a pós-produção limita-se apenas à correções, seu trabalho será minimizado. Mas se você procura amplicar sensações, passar algo mais com a imagem ou fazer algo além da própria foto, a pós-produção é o seu momento e o clique bem feito foi apenas o primeiro passo.
Assim com foi
no filme, ainda se aplica
ao digital.
Aproveite as facilidades lembrando de não ser negligente só porque pode errar.
Escrevi demais... sobre o que era mesmo o assunto???