Já tive uma molduraria, quer dizer, já fui moldureiro mesmo...
A maioria dos trabalhos que eu fazia era em tela, mas aparecia muitas fotos para emoldurar. Quase todas em vidro anti-reflexo, principalmente o tratado quimicamente. É que há dois tipos (pelo menos haviam 2 naquela época, final do anos 90): o mais comum, desse que vcs já mencionaram, e o tratado quimicamente, que é um pouco mais fino e tem uma péssima aparência antes de ser montado, parece que está sujo. Quando se monta o quadro, porém, fica uma maravilha.
Quanto ao passe-partout, para fotos eu usava sempre um tipo cartão importado, bem grosso (c. de 1mm de espessura). Era vendido em caixas fechadas ou folhas avulsas, com várias opções de cores e texturas, e era bem carinho. Para abrir a "janela" da foto é preciso uma máquina manual, da marca Fletcher, que já deixava um chanfro bonito na borda, tipo bizotado de espelho. O legal é que a foto não ficava encostada no vidro, e até esse afastamento (1mm) não havia prejuízo na nitidez da foto. Tenho muita coisa emoldurada por mim mesmo, daquela época, e está tudo em perfeitas condições.
A propósito, para os belorizontinos, minha (ex) molduraria ainda existe, fica numa galeria em frente à Feira dos Produtores da Cidade Nova, e chama-se Arte Final.