Encontrei-me recentemente frente ao mesmo dilema, após vender uma 717 da Sony para comprar novo equipamento: DSLR ou uma nova prosumer?
Vi-me oprimido pela questão enquanto olhava para os lados e percebia a galera enorme portando Rebels orgulhosas pelas cidades do Brasil. Um complexo de inferioridade me tomou por alguns dias e fiz algumas sessões de terapia para cuidar dele. Ainda estou tomando pílulas.
Após a estabilização do meu quadro mental, listei o que esperava de uma câmera no momento, visto que não tenho mais nenhuma digital. Na minha listinha apareceram RAW, portabilidade, boa ótica e bom manuseio. Pensei em colocar "pouco ruído em altas sensibilidades", mas analisei mais um pouco e vi no relógio que era hora do meu remédio.
Quando fez efeito, percebi que não teria tudo que espero de uma DSLR. Não tenho a grana para fazer o investimento necessário para extrair o máximo dos sensores grandes e poderosos. O complexo de inferioridade se transferiria para o rol de objetivas, inicialmente a do kit ou a 28-90 nada impressionante que carrego comigo na minha EOS 300 analógica. Estaria subutilizando o equipamento.
Percebi que boa parte do que eu faço com fotografia cabe na faixa ótima dos sensores das prosumers, e que poderia viver com o ruído de ISOs mais altos caso deseje fazer uma captura em condições aquém do ideal. Além disso, os equipamentos da categoria me permitiriam fazer pequenas incursões pela fotografia em estúdio e crescer com o equipamento, que já traz em si boa ótica e performance satisfatória na maioria dos casos. A compra que eu faria ainda duraria por um tempo razoável.
Além disso, voltando ao item portabilidade, queria uma câmera que coubesse na mochila sem que eu me sentisse desconfortável em tirá-la dela, e que também não se tornasse um trambolho desagradável no dia-a-dia.
Colocando tudo isso no papel, optei por uma nova prosumer. Devo adquirir a mesma Pro 1 que lhe causa dúvidas. Se quiser, lhe dou as pílulas que ainda não foram consumidas, papel e caneta para ajudar no processo decisório. Cabe a você pesar o que é importante no seu processo fotográfico.
Abraços prolixos (e extremamente mal escritos),
Vitor.