Mas eu não acho errada a sua tese. Só seria errada se fosse proposta como um caminho substitutivo, mas como um paradigma-alerta ele é pertinente.
Minha questão com ela é contextual. Embora muito se fale do modo M, a grande maioria não sabe utilizá-lo. De fato, o que acontece na prática é a atitude proposta no seu artigo. O camarada coloca em A, P, e vive a vida. Mais tarde descobre a questão do controle do DOF e coloca em Av. Acomoda-se nisso, e começa a inventar heurísticas complicadas para com isso ter algum controle maior, quando o controle maior é bem mais direto e simples. Passa a ter mediações entre o que faz a câmera e o que ele comanda.
Porque tais modos são mediações. Tudo o que um modo desses faz é regular abertura e velocidade, mas adotando uma fotometria programada. De forma que a pessoa não sai do âmbito da fotometria programada, e as heurísticas criadas não são tão plásticas e simples que o controle direto das verdadeiras variáveis, e nem são tão causa-e-efeito.
A questão do uso do modo M assume o papel de uma educação. Educação em correlacionar causa e efeito da forma mais direta.
Grosso modo, acho que há etapas de aprendizado, e que invariavelmente, dentro de um desenvolvimento convencional e amplo, a etapa de domínio do modo M é essencial. Pode haver produção fotográfica sem isso? Pode, é claro. Pode ser até produção finérrima, refinada, etc. Ao olharmos a foto não importa como foi feita. Mas se a pessoa quiser ter vastos recursos, bem, aí não há como fugir.