De tudo o que foi dito eu posso concluir algumas coisas que eu já pensava, e madurar outras.
Para mim a arte passa invariavelmente pela esfera de subjetividade de cada um. Ao menos a validade da arte e talvez até a sua conceituação.
Tecnicismo não é dizer que há qualidade na expressão, apenas na execução.
Eu transporto para o meio acadêmico isso.
Estudo Direito da UFGD (MS) e certa vez uma professora estava nos contando dos embates (embates mesmo) quando da implatação das cotas sociais. A resistência era tamanha, pois diziam ser alunos despreparados, choviam comentários racistas e deterministas. O que faltou foi é explicação porque na outra universidade, a estadual do MS, o desempenho dos cotistas que se mantinham no curso era melhor que os dos não cotistas. Mesmo com todos os defeitos de formação escolar que implicavam em erros mais do que primários de português, mas que não prejudicavam a qualidade da pesquisa, a qualidade dos pensamentos que eles trabalhavam.
É o mesmo com a arte, a qualidade da execução não é relacionada com a significação como arte, nem com a qualidade da mensagem a ser transmitida. esta ultima depende muito mais de quem recebe a mensagem do que de quem a transmite. (ao menos deveria, pq cancei de ver o CAetano Veloso dando piti no palco e ser aplaudido por isso, me desculpem, mas indo contra tudo que disse, aquilo não é arte =P)
Não sei é muito senso comum dizer isso, mas pelo que vejo aqui, o mundo da fotografia padece do mesmo mal que a OAB impõe aos cursos de direito, impera o tecnicismo, "deixem a ciência e a arte para lá, isso não importa mesmo".