Autor Tópico: olhar fotográfico  (Lida 13257 vezes)

agalons

  • Trade Count: (10)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.872
Resposta #60 Online: 25 de Agosto de 2009, 11:02:25
Acho que o Sebastião Salgado foi muito infeliz nesse entrevista. Além de cuspir no prato que comeu falou muita besteira.
Dizer que a qualidade em médio formato hoje não chega aos pés da qualidade dos 35mm de antigamente é meio esquisito.
É um ícone como fotógrafo mas começar esculachar a fotografia analógica só porque passou para uma Canon digital é tolice, na minha opinião. Só falta ele falar que agora está convencido que a lentes da Canon são melhores que as da Leica que usava.
Nada contra o cara usar digital. É uma escolha dele e a tendência é essa mesmo mas sair falando lorota na imprensa denegrindo uma coisa que usou por anos e anos para justificar outra parece até coisa de marketeiro.

E isso ai Guto
Eu achei estranho, um veterano do ramo falar isso,
mas, voce pode estar bem certo.
Pode ser o efeito marketing!!,
ou sera garoto propaganda da nova marca???.
Nessa materia ha muita asneira escrita,
mas como nao sou famoso fico quieto, :aua: :eek: :aua: :eek:.
Deixa a vida me levar, vida leva eu!! :hysterical: :hysterical: :hysterical:
Abs.Angelo.


Marcelo Favero

  • Trade Count: (0)
  • Membro Ativo
  • ***
  • Mensagens: 770
  • Sexo: Masculino
    • Marcelo dos Santos
Resposta #61 Online: 25 de Agosto de 2009, 11:51:35
Acho que o Sebastião Salgado foi muito infeliz nesse entrevista. Além de cuspir no prato que comeu falou muita besteira.
Dizer que a qualidade em médio formato hoje não chega aos pés da qualidade dos 35mm de antigamente é meio esquisito.
É um ícone como fotógrafo mas começar esculachar a fotografia analógica só porque passou para uma Canon digital é tolice, na minha opinião. Só falta ele falar que agora está convencido que a lentes da Canon são melhores que as da Leica que usava.
Nada contra o cara usar digital. É uma escolha dele e a tendência é essa mesmo mas sair falando lorota na imprensa denegrindo uma coisa que usou por anos e anos para justificar outra parece até coisa de marketeiro.


Achei também pouco consistente o argumento dos problemas com aeroportos e tudo mais para justificar a migração. Acho possível também haver um patrocínio forte por trás (como havia da Leica). Mas enfim, o que achei interessante na entrevista foram as abordagens antropológicas do projeto e toda a estrutura envolvida num trabalho documental destes. Acho isso formidável, e confesso, acho que trabalhar e ganhar a vida assim (mesmo com um merchandisingzinho) seria o sonho de muitos de nós. O meu é!  :D

Ah, mas os sociólogos descem o cassete nessa "boa intenção" toda dele junto aos povos primitivos. Mas isso é outro assunto, ou outra
polêmica!

Abraço
Marcelo dos Santos

Associado Fototech


Ivan de Almeida

  • Trade Count: (1)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.295
  • Sexo: Masculino
  • . F o t o g r a f i a .
    • Fotografia em Palavras
Resposta #62 Online: 25 de Agosto de 2009, 14:21:41
E isso ai Guto
Eu achei estranho, um veterano do ramo falar isso,
mas, voce pode estar bem certo.
Pode ser o efeito marketing!!,
ou sera garoto propaganda da nova marca???.
Nessa materia ha muita asneira escrita,
mas como nao sou famoso fico quieto, :aua: :eek: :aua: :eek:.
Deixa a vida me levar, vida leva eu!! :hysterical: :hysterical: :hysterical:
Abs.Angelo.

Caramba... quer dizer que o cara não pode gostar de uma coisa nova? Por isso bem fez o Bob Dylan, que sempre traiu a expectativa do público. A única maneira de lidar com o público é sempre trair sua expectativa.


GutoVilaça

  • Trade Count: (6)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 3.321
  • Sexo: Masculino
Resposta #63 Online: 25 de Agosto de 2009, 14:54:31
"I prefer the black and white I get with film. For the moment a digital camera that does what I want with black and white does not exist..."

Palavras do Sebastião Salgado em uma entrevista para a revista Outdoor Photographer de Novembro de 2008.

Parece que a canon fez mesmo a cabeça ($$$) do mestre. O PB dessa nova máquina dele deve ser maravilhoso...rs.

Ivan, não critico o fato dele preferir o novo. Claro que não. Apenas acho estranho a forma que achou para se "justificar".

Abs




« Última modificação: 25 de Agosto de 2009, 14:58:11 por GutoVilaça »
VAMOS ESTUDAR MAIS FOTOGRAFIA ANTES DE CRITICAR UMA FOTO ALHEIA. VAMOS CRITICAR SE O AUTOR PEDIR. SE VAMOS CRITICAR E COMENTAR, VAMOS FAZER COM SABEDORIA, COM EMBASAMENTO E DE MODO QUE SEJA ALGO CONSTRUTIVO. NÃO APELE SE O AUTOR DAS FOTOS REBATER ÀS CRÍTICAS AFINAL ISSO É DIREITO DELE. VAMOS DÁ BONS EXEMPLOS COM NOSSAS FOTOS POIS SÓ FICAR CRITICANDO FOTOS DOS OUTROS NÃO FAZ DA GENTE UM BOM FOTÓGRAFO.  VAMOS FOTOGRAFAR MAIS E CORNETAR MENOS!!!


CJR

  • Trade Count: (0)
  • Freqüentador(a)
  • **
  • Mensagens: 272
Resposta #64 Online: 25 de Agosto de 2009, 14:55:39
acho que existe um exagero de preocupação com essa questão de cameras, marcas, etc.

eu tenho um estúdio de fotografia de produtos e faço desde produções complexas de grandes produtos até fotos em série pra catálogo. Neste caso montie um segundo estúdio menor e tenho 2 fotógrafos que fazem esse trabalho "mais simples", e pra estes produtos uma camera APS de entrada funciona melhor que uma 5DMKII, digo melhor mesmo, mlhor profundidade de campo, melhor tamanho pra processar depois.

Já em fotos de arquitetura preciso de uma 17mm TS e uma 24mm TS, só estar duas vão me custar U$4700, mas vale a pena, pois esse tipo de trabalho dá retorno.

Tenho um colega que recentemente trocou uma Canon 1Ds por uma Hassel H3DII de 50MP, se melhorou o trabalho dele, acho que não, mas choveu trabalho de agencias de SP, não sei que critério de avaliação eles usam, mas o fato é que o investimento já voltou com sobras, ele fez uma jogada pra ganhar dinheiro e ainda ficou com uma camera bacana.

Vejo muitas reclamações também, principalmente em fotos de still, de que "o equipamento não permitiu que a foto ficasse melhor", isso não existe, com alguns trocados, lampadas de 100W de supermercado e papel vegetal vc faz quase tudo, só precisa de paciência e criatividade, eu trabalhei anos só co misso e uma F717 e ganhei muito dinheiro mesmo.

O equipamento caro de estudio muitas vezes apenas torna nosso trabalho mais fácil não necessariuamente possibilita fotos de serem feitas.


Ivan de Almeida

  • Trade Count: (1)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.295
  • Sexo: Masculino
  • . F o t o g r a f i a .
    • Fotografia em Palavras
Resposta #65 Online: 25 de Agosto de 2009, 15:20:13
acho que existe um exagero de preocupação com essa questão de cameras, marcas, etc.

eu tenho um estúdio de fotografia de produtos e faço desde produções complexas de grandes produtos até fotos em série pra catálogo. Neste caso montie um segundo estúdio menor e tenho 2 fotógrafos que fazem esse trabalho "mais simples", e pra estes produtos uma camera APS de entrada funciona melhor que uma 5DMKII, digo melhor mesmo, mlhor profundidade de campo, melhor tamanho pra processar depois.

Já em fotos de arquitetura preciso de uma 17mm TS e uma 24mm TS, só estar duas vão me custar U$4700, mas vale a pena, pois esse tipo de trabalho dá retorno.

Tenho um colega que recentemente trocou uma Canon 1Ds por uma Hassel H3DII de 50MP, se melhorou o trabalho dele, acho que não, mas choveu trabalho de agencias de SP, não sei que critério de avaliação eles usam, mas o fato é que o investimento já voltou com sobras, ele fez uma jogada pra ganhar dinheiro e ainda ficou com uma camera bacana.

Vejo muitas reclamações também, principalmente em fotos de still, de que "o equipamento não permitiu que a foto ficasse melhor", isso não existe, com alguns trocados, lampadas de 100W de supermercado e papel vegetal vc faz quase tudo, só precisa de paciência e criatividade, eu trabalhei anos só co misso e uma F717 e ganhei muito dinheiro mesmo.

O equipamento caro de estudio muitas vezes apenas torna nosso trabalho mais fácil não necessariuamente possibilita fotos de serem feitas.

Cláudio;

No caso do Salgado, é mesmo parecido com o Dylan quando colocou guitarras elétricas e base de rock em seus shows. O público, que estava acostumado com sua propsta folk detestou, embora quando ouvimos as gravações e vemos os tapes dos shows, eles são ótimos.

Essa liberdade fundamental de trair as expectativas do público é necessária, ou o Picasso nunca teria saído do Cubismo.

O Salgado é um fotógrafo que tem por preocupação a vida, e naturalmente usará o equipamento que lhe permitir melhor isso.

Mas é compreensível que o fotógrafo de filme se sinta traído, embora a decisão do Salgado em nada lhe afete.


agalons

  • Trade Count: (10)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.872
Resposta #66 Online: 25 de Agosto de 2009, 16:07:16
acho que existe um exagero de preocupação com essa questão de cameras, marcas, etc.

eu tenho um estúdio de fotografia de produtos e faço desde produções complexas de grandes produtos até fotos em série pra catálogo. Neste caso montie um segundo estúdio menor e tenho 2 fotógrafos que fazem esse trabalho "mais simples", e pra estes produtos uma camera APS de entrada funciona melhor que uma 5DMKII, digo melhor mesmo, mlhor profundidade de campo, melhor tamanho pra processar depois.

Já em fotos de arquitetura preciso de uma 17mm TS e uma 24mm TS, só estar duas vão me custar U$4700, mas vale a pena, pois esse tipo de trabalho dá retorno.

Tenho um colega que recentemente trocou uma Canon 1Ds por uma Hassel H3DII de 50MP, se melhorou o trabalho dele, acho que não, mas choveu trabalho de agencias de SP, não sei que critério de avaliação eles usam, mas o fato é que o investimento já voltou com sobras, ele fez uma jogada pra ganhar dinheiro e ainda ficou com uma camera bacana.

Vejo muitas reclamações também, principalmente em fotos de still, de que "o equipamento não permitiu que a foto ficasse melhor", isso não existe, com alguns trocados, lampadas de 100W de supermercado e papel vegetal vc faz quase tudo, só precisa de paciência e criatividade, eu trabalhei anos só co misso e uma F717 e ganhei muito dinheiro mesmo.

O equipamento caro de estudio muitas vezes apenas torna nosso trabalho mais fácil não necessariuamente possibilita fotos de serem feitas.
Concordo plenamente com voce
Eu faço eventos faz um tempao,
tenho feito trabalhos muito bons com equipamentos"intermediarios"!!,
e tambem ja comprei algum equipamento top,para fechar algum contrato determinado.
Usei bastante uma 828 em estudio, com um otimo lucro
A uma furiosa preocupaçao encima do equipamento
sendo que o que manda e o profissional e o seu oficio.
Abs.
Angelo


albertgr

  • Trade Count: (2)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.038
    • http://www.flickr.com/photos/alberto_gr
Resposta #67 Online: 25 de Agosto de 2009, 16:13:57
"I prefer the black and white I get with film. For the moment a digital camera that does what I want with black and white does not exist..."

Palavras do Sebastião Salgado em uma entrevista para a revista Outdoor Photographer de Novembro de 2008.

Parece que a canon fez mesmo a cabeça ($$$) do mestre. O PB dessa nova máquina dele deve ser maravilhoso...rs.

Ivan, não critico o fato dele preferir o novo. Claro que não. Apenas acho estranho a forma que achou para se "justificar".

Abs


Eu também tinha visto essa entrevista, e quando li a nova achei muito estranha essa contradição. Há 6 meses ele preferia de longe o PB do filme, e usava uma Pentax 645, Leicas e TRI-X. Além de falar que usava o médio formato pra fazer impressões maiores...  Agora de repente ele fala que o digital é muito superior e que o médio formato de hoje em dia nem se compara com o 35mm de antes...

"I use Leicas and a Pentax 645, both with TRI-X film. In the Africa book, there are a lot of medium-format pictures. I choose medium format when I want to exhibit bigger pictures.  The Pentax lenses are excellent for black-and-white and give a very nice field of gray tonalities."

Será que ele ficou tão convencido com o digital a ponto de substituir todo o equipamento?
"Film is not dead, it just smells funny."



Ivan de Almeida

  • Trade Count: (1)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.295
  • Sexo: Masculino
  • . F o t o g r a f i a .
    • Fotografia em Palavras
Resposta #68 Online: 25 de Agosto de 2009, 16:35:23
O problma é que a partir da entrevista dele, que tem todo o direito de mudar de idéia, as mensagens seguintes estão na linha de chamá-lo de mercenário...

E, cá entre nós, isto é ridículo -risos.

Você pode discordar dele, pode continuar gostando mais de filme, pode tudo, mas a ilação dele ter mudado por mercenarismo é meio má digestão da questão.


Obelix

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 110
  • Sexo: Masculino
Resposta #69 Online: 25 de Agosto de 2009, 16:55:34
O Sebastião Salgado lançou uma belíssima polêmina, não? Mas, lendo mais atentamente a entrevista, não entendi que ele está decretando a superioridade definitiva do filme, simplesmente abordou o conjunto de técnicas novas que está utilizando num novo trabalho, frente a um conjunto de adversidades que o impedem de usar o filme.
A questão central, na minha opinião, é a possiblidade que o artista tem de continuar expressando sua arte. É preciso aguardar o resultado do trabalho, mas nada pode garantir agora que será melhor ou pior.
E como sociólogo e professor, gosto muito da linguagem do Sebastião Salgado, apesar das críticas sobre a suposta exploração comercial da imagem da miséria, vejo-o como um artista extremamente consciente e engajado.
Pra terminar, percebi na intrevista uma grande coerência, quando ele justifica o uso da digital como uma decorrência das políticas de segurança pública após o 11 de setembro. Ele foi anti-moderno, criticando o contexto em que vivemos, para afirmar sua posição moderna. Como sou chato, vou deixar aqui um fragmento de Marshall Berman, do livro "Tudo que é sólido se desmancha no ar", com o intuito de refletirmos mais sobre a questão Filme Vs Digital.

“Dir-se-ia que para ser inteiramente moderno é preciso ser antimoderno: desde os tempos de Marx e Dostoievsky até ao nosso próprio tempo, tem sido impossível agarrar e envolver as potencialidades do mundo moderno sem abominação e luta contra algumas das suas realidades mais palpáveis. Não surpreende, pois, que, como afirmou Kierkegaard, esse grande modernista antimodernista, a mais profunda seriedade moderna deva expressar-se através da ironia.”
Zenit 12xp
Yashica A
Olympus Trip 35


Marcelo Favero

  • Trade Count: (0)
  • Membro Ativo
  • ***
  • Mensagens: 770
  • Sexo: Masculino
    • Marcelo dos Santos
Resposta #70 Online: 25 de Agosto de 2009, 17:01:17
O problma é que a partir da entrevista dele, que tem todo o direito de mudar de idéia, as mensagens seguintes estão na linha de chamá-lo de mercenário...

E, cá entre nós, isto é ridículo -risos.

Você pode discordar dele, pode continuar gostando mais de filme, pode tudo, mas a ilação dele ter mudado por mercenarismo é meio má digestão da questão.

Bem, não sei se meu comentário se enquadra nessa observação Ivan, mas não acho que se trate de "mercenarismo" (com toda a conotação negativa que a palavra demanda). Mas sim, acho que tem a ver com patrocínio sim. E nada errado com isso, afinal de contas é uma das justas remunerações por tamanha obra. E isso tudo, digo com base no achísmo, levando em conta que ele era declaradamente patrocinado pela Leica. Também não acho que por conta dessa migração o trabalho dele terá substancial mudança, nem para melhor, nem para pior. Poderá ter diferenças sutis, mas o artista é o mesmo, o equipamento é bom e ganhar dinheiro honestamente não é pecado, certo? :ok:

O que afirmei quanto ao trecho da entrevista (que por sinal é um fração mínima dela), é que me pareceu pouco convincente o argumento de que mudou por causa da alfândega. Poderia dizer que era pela praticidade, pelo desafio e até pela parceria com a Canon, por que não?

Abraço
Marcelo dos Santos

Associado Fototech


agalons

  • Trade Count: (10)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.872
Resposta #71 Online: 25 de Agosto de 2009, 17:46:47
Bem, não sei se meu comentário se enquadra nessa observação Ivan, mas não acho que se trate de "mercenarismo" (com toda a conotação negativa que a palavra demanda). Mas sim, acho que tem a ver com patrocínio sim. E nada errado com isso, afinal de contas é uma das justas remunerações por tamanha obra. E isso tudo, digo com base no achísmo, levando em conta que ele era declaradamente patrocinado pela Leica. Também não acho que por conta dessa migração o trabalho dele terá substancial mudança, nem para melhor, nem para pior. Poderá ter diferenças sutis, mas o artista é o mesmo, o equipamento é bom e ganhar dinheiro honestamente não é pecado, certo? :ok:

O que afirmei quanto ao trecho da entrevista (que por sinal é um fração mínima dela), é que me pareceu pouco convincente o argumento de que mudou por causa da alfândega. Poderia dizer que era pela praticidade, pelo desafio e até pela parceria com a Canon, por que não?

Abraço

Galera
eu acho que a coisa e bem simples,
o profissional A era patrocinado pela marca B,
como mudou a tecnologia,de filme para digital
consiguiu patrocinio da marca X,
somente atualizou suas ferramentas,
as argumentaçoes sao validas,mesmo sendo so isso
cada um se explica como sabe, ou como melhor convem.
Marcelao, tua colocaçao e totalmente certa.
Ate a proxima
Abs.
Angelo.


Ivan de Almeida

  • Trade Count: (1)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.295
  • Sexo: Masculino
  • . F o t o g r a f i a .
    • Fotografia em Palavras
Resposta #72 Online: 25 de Agosto de 2009, 17:51:11
Bem, não sei se meu comentário se enquadra nessa observação Ivan, mas não acho que se trate de "mercenarismo" (com toda a conotação negativa que a palavra demanda). Mas sim, acho que tem a ver com patrocínio sim. E nada errado com isso, afinal de contas é uma das justas remunerações por tamanha obra. E isso tudo, digo com base no achísmo, levando em conta que ele era declaradamente patrocinado pela Leica. Também não acho que por conta dessa migração o trabalho dele terá substancial mudança, nem para melhor, nem para pior. Poderá ter diferenças sutis, mas o artista é o mesmo, o equipamento é bom e ganhar dinheiro honestamente não é pecado, certo? :ok:

O que afirmei quanto ao trecho da entrevista (que por sinal é um fração mínima dela), é que me pareceu pouco convincente o argumento de que mudou por causa da alfândega. Poderia dizer que era pela praticidade, pelo desafio e até pela parceria com a Canon, por que não?

Abraço

Veja bem, por que diabo de razão você não aceita simplesmente o que ele disse? Por que obrigatoriamente tem de ser devido à parceria com a Canon? Isso que você está dizendo é exatamente mercantilismo.


Marcelo Favero

  • Trade Count: (0)
  • Membro Ativo
  • ***
  • Mensagens: 770
  • Sexo: Masculino
    • Marcelo dos Santos
Resposta #73 Online: 25 de Agosto de 2009, 18:07:29
Veja bem, por que diabo de razão você não aceita simplesmente o que ele disse? Por que obrigatoriamente tem de ser devido à parceria com a Canon? Isso que você está dizendo é exatamente mercantilismo.

Porque tenho o direito de questionar, duvidar e não simplesmente aceitar (você aceita tudo o que lê? Sei que não. O pouco que vejo do embasamento do que diz da pra saber que não) porque mercantilismo e mercenarismo para mim são coisas diferentes, mercantil sim, por que não, mercenário não. Porque sou fã e queria ser como ele (tem um Trabalhadores há anos na minha mesa de centro todo detonado de tanto folhear sempre que posso), mas acho que ele é humano e tem seu orgulho humano, tem contas pra pagar e bom senso o suficiente para fazê-lo mudando, inovando, se adaptando a outro equipamento sem prejudicar seu trabalho e só. Não é obrigatoriamente nada! É apenas o que eu acho, insignificantemente eu, cuja o opinião não vai mudar nada a vida dele ou a imagem dele ou a opinião que cada um tem dele. Novamente, não estou condenando a migração, só opinei aqui que acho que não foi por causa da alfandêga. Acho que disse isso por qualquer razão humana, seja orgulho, seja o que for. Só isso Ivan! Minha opinião. Não estou dizendo que é "a verdade", e me preocupei em deixar isto claro quando disse quer era "achísmo".
Marcelo dos Santos

Associado Fototech


Obelix

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 110
  • Sexo: Masculino
Resposta #74 Online: 25 de Agosto de 2009, 18:17:47
Concordo, Ivan. Acho que assim a gente reduz muito as coisas. A questão não é apenas mercantil, estamos falando de um artista e seus instrumentos de expressão.
Numa analogia tosca, é o mesmo que analisar o desempenho do jamaicano Usain Bolt através do patrocinador dos tênis que ele usa. Bem, forcei a barra para destacar um reducionismo pra gente poder avançar no debate, com todo respeito às idéias contrárias.
Será que as câmeras digitais mudaram, essencialmente, a Arte Fotográfica?
Zenit 12xp
Yashica A
Olympus Trip 35