Não acredito muito nisso, o LASER precisaria ser muito potente para fazer isso. O ponto de ruptura dos CCD costuma ser de mais de 70 graus. Para chegar a esta temperatura teria que ter muita potência concentrada, o que não é muito comum de se ver em LASERs deste tipo. Este LASER é até meio estranho, não parece LASER de balada, o cara está comandando ele com a mão.
Apontar para o sol também é lenda. Primeiro que a projeção não é pontual como uma lupa, a luz é concentrada, mas fica bem longe de nossas experiências de queimar formiguinas, onde toda a energia se concentra sobre um único ponto. A câmera, ao contrário, projeta sobre uma imagem do tamanho do sensor, dispersando a energia sobre uma área muito maior.
Além disso a exposição obtida por meio da velocidade e da abertura funciona exatamente disponibilizando a mesma quantidade de luz para o sensor para que ele tenha a exposição correta, então fotografar o sol ou uma lâmpada com a exposição correta implica no mesmo fluxo de energia atingindo o sensor, ou seja, um fluxo de energia de acordo com o esperado. A recomendação dos manuais nas SLR se deve ao motivo que a luz do sol atravessa o view e pode atingir o olho. Este sim é um grande problema, já que a luz que chega ao view é mais concentrada do que a que chega ao sensor e não recebe influência das variáveis de exposição. Olhar para o sol pelo view equivale a receber mais energia do que olhar diretamente para o sol, o que já não é recomendado. Ou seja, o grande problema neste caso é o view causar danos à sua retina. Seria necessária uma exposição bastante inconsequente (longa e com grande abertura) para causar algum dano ao sensor.
Para quem tiver curiosidade basta fazer a experiência com uma objetiva. Monte ela de forma a projetar o sol a cerca de 4,5cm do solo (distância aproximada do mount das SLR), faça o foco e pode deixar um papel embaixo (você conseguirá ver o sol no papel). Vocês verão que o papel vai ficar bastante confortável por um bom período e o aquecimento será bastante aceitável.