Sem contar que "cada um é um universo diferente". Não somente no campo das ideias, como essa frase costuma ser empregada, mas no campo da interpretação também (lê-se aqui interpretação em seu sentido máximo, não simplesmente a textual).
Dê uma olhada nos simpósios sobre Platão, por exemplo. Até hoje surgem novas e interessantes interpretações de suas ideias que ainda não haviam sido formadas. Ou seja, minha maneira de ver e interpretar o mundo, e falo estritamente do sentido da visão, é realmente bastante influenciada por outros fotógrafos de quem admiro o trabalho. Mas em meu ato de aplicação certamente terei uma maneira diferente de pensar aquela imagem. E tal maneira pode ser inovadora, única ou até mesmo mais um clichê.
Ex.: Já ouvimos bastante a respeito de Newton e sua Lei da Gravidade, onde, reza a lenda, ele curtia a pregiça e uma maçâ lhe cai sobre a cabeça. Trata-se de algo do conhecimento de milhões. Mas inspirado nisso, porque não uma imagem captada em velocidade lenta mostrando a tragetória de uma maçâ e um flash em segunda cortina congelando-a a alguns centímetros do solo (podendo ser grama, ou branco em leve sobra por luz sobre a maçã)?
Graças às diferenças entre cada um de nós, nunca poderá se falar em esgotamento de possibilidades fotográficas. Sem mencionar os aspectos cultural e temporal, que o dondon citou muito bem.