Autor Tópico: Conversão e tratamento: duas versões  (Lida 3198 vezes)

Ivan de Almeida

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Resposta #15 Online: 18 de Fevereiro de 2006, 20:29:21
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Essa é a busca inalcançável pela perfeição e o próprio estilo de fotografar e "compor" as cores. Isso é que faz com que não se caia na mesmice. Minha busca é parecida com essa. Desenvolver meu estilo fotográfico de forma ímpar. É por isso que gosto desse fórum. Iniciativas como a sua, Ivan e Pictus, e muitos outros daqui, me levam a explorar mais e mais o peculiaridades e as minúcias da fotografia digital.

Ivan, qual o comportamento das curvas para se chegar num tratamento como esse VERSUS a fotografia de filme?

Até,
Beto:

A fotografia de filme é meio misteriosa. É como se os incrementos de luz criassem uma respota qua não é linear como a da digital.

Grosso modo, o filme tem uma longa captura em altas luzes. Voc~e tira fotos com filme e lá, no branquinho, tem cor ainda. Isso é uma beleza. Depois há um trecho longo de luzes altas, creio que luzes que são traduzidas como Zona 6 na digital são Zona 7 no filme, isto é, mais abertas. Depois há uma queda brusca na região dos tons médios que ficam muito cheios de detalhes, pois tons que são próximos para a digital ficam afastados no filme o suficiente para criar detalhes e interesse nessas zonas. Ao fim parece haver uma pequena região de verdadeiramente baixas luzes, mas bastante profundas.

mas não é só isso. Creio que um conversor de RAW que permitisse tratar as curvas de cada cor permitiria chegar melhor ao resultado, mas além diss seria preciso um software que fizesse a análise comparativa de duas imagens, uma em filme e uma digital e se estabelecesse o afastamento em cada zona de tom e cor. Falta essa referência, e já procurei forma de analiser imagens sem sucesso.

O problema é que em mutos casos ao se implementar contrastes assim, mesmo em RAW, mesmo em ISO 100 na 300d, começa a haver ruído, pois é preciso esticar muito certas regiões médias de tonalidades. Obs: tarnalho com 16 bits!

Para mim a imagem digital ficará mais próxima do filme com a adoção de duas tecnologias, alternativamente ou cumulativament:

1) Uma conversão analógico/digital com mais bits para haver mais tons para esticar sem eles teem tanto afastamento e sem mostrarem ruído;

2) uma conversão analógico digital customizável que implicasse em uma curva de contraste já nela.  


Beto Eterovick

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Resposta #16 Online: 18 de Fevereiro de 2006, 21:38:59
Ivan, já percebi esses comportamentos nos histogramas das imagens, uma coisa que outro dia fui assimilar melhor, pra ser sincero. De tanto tratar fotos, acaba-se por perceber esses comportamentos instintivamente, conscientemente. Depois, quando lê-se artigos e informações a respeito, o conceito e o entendimento vão tomando forma, ficando mais inteligíveis e palpáveis. Uma coisa que observei outro dia, analisando taxas de ruídos, baseados na técnica de fotometrar que você me sugeriu, superexpondo 2 pontos: Quando as curvas do histograma estão mais à direita, conegue-se recuperar as luzes altas e minimizar as taxas de ruídos, já quando as curvas estão deslocadas pra esquerda e bem mais difícil suprimir os ruídos. Tudo por causa da latitude, que é menor nas digitais.

Sobre: "uma conversão analógico digital customizável que implicasse em uma curva de contraste já nela" seria maravilhosa, porém , enquanto isso, acho que tratar por canais é a melhor maneira de se conseguir uma proximidade de tons das fotos de filme. Por isso gosto de tratar em CMYK, nele você divide em mais um canal que pode ser manipulado separadamente.