Ronaldo, o vangelismm já deu umas boas dicas aí. Se você ler o livro do Neil van Niekerk, vai aprender bastante também.
Uma coisa que tem que ficar clara é que a fotometria da câmera tem que ser considerada quase como uma coisa à parte da fotometria do flash. E aí não existe regra, vai de acordo com o resultado que você quer. Em locais escuros eu costumo fazer bem como o vangelismm falou, fotometro a câmera sempre um pouco abaixo, pra deixar a luz ambiente um pouco mais fraca, e a luz principal é o flash rebatido (gosto dele sempre lateralmente, nunca pra cima ou pra trás).
Sobre como fotometrar o flash, eu sempre uso em TTL. Porque, quando se usa rebatido lateralmente, é muito mais complicado fazer cálculos e estimativas da potência do flash. E pra cada parede que se rebate tem que fazer uma nova estimativa. Então deixo sempre em TTL.
Mas não é simplesmente deixar em TTL e sair clicando. O TTL se baseia no cinza médio, da mesma forma que o fotômetro interno da câmera. Isso quer dizer que ele está sujeito a "erros" em cenas muito claras ou muito escuras. Então, e aí vai de bastante treino mesmo, tem que analisar a cena e já imaginar quanto se vai compensar pra cima ou pra baixo.
Se tiver interesse, eu e o Mike Castro daqui do fórum estamos com um projeto de workshops sobre o assunto. Qualquer coisa entre em contato, eu costumo explicar bastante sobre o assunto de fotometria e de TTL, na prática se aprender bem mais que na teoria, rsrs...
Mas se tiver qualquer dúvida pontual, pode mandar MP também, na medida do possível eu responderei, ok?
Abraços
Olá Humberto, obrigado por comentar, grande parte do estímulo que tive em começar a utilizar o Flash foi após ler os seus posts aqui no fórum.
Comecei a ler o livro do Neil "On-Camera Flash Techniques" , deve ser este né?
Estou começando a entender que fotografia com o flash passa por 2 fases:
1- Fotometrar o ambiente como fazemos habitualmente, tenho mantido os parâmetros até onde vão os limites para o resultado desejado/aceitável - velocidade para evitar movimento/tremidas - geralmente 1/60 ou 1/80; abertura compatível com o DOF desejado para a cena, e ISO até o limite aceitável pelo equipamenteo - considerando o destino final/tamanho de impressão - tenho utilizado de 800 a 6400 na 6D, sei que ainda há margem para subir mais.
2- Definir compensações no FLASH: pelo que entendi o TTL emitirá um pré flash, e calculará a potência necessária para deixar a cena em cinza médio, caberá a mim compensar dependendo do resultado desejado.
Já entendo bem como funcionam os modos de medição da câmera - Matricial, Parcial, Centro e Pontual e consigo me adaptar bem ao fazer fotometria, analisar a cena, luz - sem o uso do flash. Utilizo quase sempre em modo M.
A minha maior dúvida é tentar entender como é feita a medição pelo TTL, pelo que pude entender é uma medição independente da medição definida na câmera para o ambiente.
No caso da canon temos duas opções de flash metering - Evaluative (pelo que entendi considera mais a cena completa e luz ambiente) e o Average (que leva em conta mais o objeto principal e menos a luz ambiente) - segundo o livro do Neil - o primeiro mais adequado para flash de preenchimento e o segundo quando o flash é luz principal.
A dúvida surgiu pois utilizo muito o ponto central para focar e depois recompor e tenho percebido diferenças de potência do flash quando após recompor a cena. Exemplo: criança de pele clara em frente a uma parede de balões azul escuro e marrom - fotometrei o ambiente: Veloc 1/80 Iso 1600 F 4.0 DF 70mm, formato - retrato - ao focar no rosto e manter a câmera centralizada, Metering da Cãmera em Matrix e do Flash em Average - Flash + 2/3 - imaginei ser essa a tonalidade da pele em relação ao cinza médio, flash rebatido - resultado OK, próximo do que desejava. Depois com as mesmas configurações, apenas foquei nos olhos e recomposição da cena, ao recompor e no momento do disparo o centro do visor apontava para a parede de balões de tonalidade escura e a criança no extremo à direita do quadro - resultado foto com exposição excessiva, pele estourada.
Não encontrei material que defina como e onde o TTL-II faz a medição para os seus cálculos, pelo meu teste fica a impressão que ele utiliza o centro do visor como referência (independente do modo de medição que a câmera esteja utilizando para medir a luz ambiente), ao menos no modo Average, no primeiro caso compensou 2/3, tendo por base a pele da criança, no segundo compensou + 2/3 tendo por base a parede de balões de tonalidade mais escura ( que ao meu ver estaria em -2/3 ou mesmo -1) e aí estourou os tons mais claros da cena.
Bem é isso, se alguém tiver alguma idéia, a questão principal é:
1- Como e onde o TTL calcula a exposição, utiliza qual frame do visor?
2- Sei que as variações podem ser corrigidas em alguns casos na pós, mas o entendimento facilitaria a consistência e reprodutibilidade das cenas.
3- Se o local de medição for realmente o centro do visor, e existir diferença de tonalidade importante entre o sujeito e o fundo, como no caso, talvez a solução seja utilizar o bloqueio do flash ao focar.
O caso citado foi na festa do meu sobrinho, interessante que os resultados mais consistentes que obtive, foi após o parabéns: posicionei pais, criança e padrinhos em frente da decoração, medi a cena, testei 3 disparos com o flash em manual e rebatido, encontrei potência 1/8 como adequada ao restante da configuração, fiz vários disparos, todos com exposição correta e sem mudanças independente de focar e recompor - fato esperado já que a câmera estava em M e o Flash também em M.
Abraços e aguardo sugestões... Vamos estudando