Fico pensando: se hoje o número de câmeras vendidas é de 1/5 do que era em 2010, será que existirá mercado para todas as marcas que ainda se veem hoje? É capaz que daqui a algum tempo existam menos opções e só as mais sólidas sobrevivam. Outra coisa é que o artigo original diz que haverá menos inovação (o que parece lógico, já que se tem muito menos grana para investir). Se hoje sair na rua com uma câmera grande já chama a atenção, imagina daqui a 10 anos... Fotografar com câmera vai ser algo retrô para a maior parte das pessoas.
Em 1994 quando cursava engenharia mecânica, um professor dizia que por volta de 2030 existiriam apenas umas poucas montadoras no mundo inteiro e hoje o que vemos é que há uma convergência para isso - VW é dona de Audi, Porsche, Bentley, Lamborghini, Bugatti, Seat, Skoda e algumas outras; BMW é dona da Mini, Rolls Royce e Rover; FIAT é dona do grupo Chrysler, Ferrari, Maserati e Alfa Romeo; Renault dona da Nissan; Peugeot-Citroen dona da Opel e assim por diante.
Creio que com o tempo haverá uma convergência nesse sentido também, onde a Sony por ser uma gigante não apenas nesta área de fotografia, poderá adquirir outras, tal como a Samsung, que é uma gigante mundial em áreas até fora da eletrônica, porém não acredito que Canon e Nikon deixe de existir, pois além de serem marcas fortes, detém tecnologias e conhecimento imenso na área de óptica que a farão durar um pouco mais - o tempo passou, as crises vieram, mas elas se mantiveram na frente de Pentax, Minolta, Vivitar e tantas outras que já até sumiram.
Mas por exemplo Leica, acho que será como as fabricantes que são dona de nichos específicos, como é o caso da Pagani, Koenigsegg e McLaren Cars - podem até serem compradas por uma grande montadora (como ocorreu com a Aston Martin que havia sido da Ford, mas hoje é independente novamente), mas acho que ainda demora.
Mas temos que lembrar que mercados de forma cíclica contraem e expandem com frequência; ocorreu com TVs de tela plana; desktops e notebook; tablets e chegou aos smartphones - o mercado projeta sempre vendas crescentes, mas há um ponto de saturação do produto, o que faz com que os consumidores mirem seus interesses em algo que ainda não tem, ou algo que possua e esteja "defasado" e isso fatalmente ia ocorrer com equipamentos fotográficos, que conta concorrentes que possuem a plataforma multimidia ao seu dispor, que é o caso do smartphone e isso inclusive tem haver com status, pois muitos acham que uma câmera é algo melhor, mas o status de sacar do bolso um celular que tem o logo da maça no meio de restaurante, é mais impactante que estar num parque com um DSLR nas mãos.