Bobagem ?
Nossa cara, bobagem ?
Nossa...
Sim, é. Bobagem total. O que importa é COMO a medida é calculada e não o número de pontos.
Tem muito mais a ver com marketing do que com eficiencia propriamente dita.
O sistema multi pontos, que alguns chamam multi pattern, outros de ESP, outros de Matrix é um sistema que funciona comparando a luminosidade e as vezes a cor de diversos pontos da imagem com um banco de dados que varia de algumas dezenas a algumas centenas de fotometrias de diversas situações. Na verdade cada foto no banco de dados não é uma foto e sim uma tabela com os valores medidos na cena original. Para cada tabela desse banco existe um valor final arbitrario definido pela equipe de engenharia, levando em conta um fator de correção.
Durante a fotometria, os valores dos pontos são comparados com as tabelas armazenadas e a tabela que for mais parecida é escolhida. Como a tabela tem um valor pré definido de exposição, esse valor passa a ser usado. É um método tipo força bruta, parecido com um ataque para descobri senhas baseado em dicionário.
Quando se usa fotometria no modo manual, as tabelas não são consultadas e dependendo do padrão selecionado pesos diferentes são atribuidos a regioes diferentes. Por exemplo, no modo spot somente de 2 a 5 % dos pontos, situados no centro da imagem são utilizados, recebendo todos eles o mesmo peso, e os demais desconsiderados. Nesse caso, a resultante é calibrada para medir o padrão de 18% de refletividade. No caso com medida total, os valores dos pontos seguem uma distribuição normalmente elíptica, com peso maior no centro e diminuindo em relação às bordas. O que estiver fora da elipse não é considerado. Note que para ambos os métodos, basta UM ponto maior no centro ou dois em meia altura da imagem, afastados um pouco um do outro, não precida de mais nada.
Alguns sistemas usam um algoritmo por lógica difusa (fuzzy logic) para tentar sair do lugar comum da comparação com tabelas, por exemplo a série de câmeras de filme "IS" da Olympus. A IS-10 tinha tres áreas, o centro, a elipse e o que estava fora da elipse. Isso era usado para saber se havia contra-luz. Algumas dividiam a elipse em dois quadrantes, superior e inferior para detectar um possivel céu ou uma possível neve no chão em primeiro plano e daí aplicar a correção de exposição.
Na real, se o sistema for bem feito, não há por que ter um montão de pontos.
E nas situações mais bizarras vai errar do mesmo jeito.