Autor Tópico: Sony enganou fabricantes de DSLR para pensar que mirrorless não era uma ameaça  (Lida 7479 vezes)

YP

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Um ex-desenvolvedor de câmeras da Sony diz que parte da estratégia da empresa nos primeiros dias do mirrorless era levar marcas como Canon e Nikon a uma falsa sensação de segurança de que a nova tecnologia não seria tão boa quanto as DSLRs - até que fosse tarde demais .

Em entrevista ao Nikkei Business , o ex-desenvolvedor de câmeras digitais da Sony, Shigeki Ishizuka, disse que parte da estratégia mirrorless da Sony era pegar os fabricantes de DSLR desprevenidos, fazendo-os pensar que o desenvolvimento mirrorless "não era grande coisa".

Como a Canon e a Nikon eram tão dominantes, foi muito difícil para a Sony fazer ondas no negócio depois que adquiriu o segmento de fabricação de câmeras da Konica Minolta em 2006. Embora a série NEX se mostrasse promissora, não foi o suficiente para atrair profissionais que procuravam um certo nível de qualidade e desempenho geral. Então, a Sony elaborou uma estratégia para se aproximar dos líderes de mercado.

A câmera Alpha 7, a primeira mirrorless full-frame da Sony a ser lançada, podia capturar lindas fotos, mas não era muito boa em foco automático.

“A Sony ainda carecia de poder de marca em câmeras com lentes intercambiáveis ​​e, antes de tudo, o desempenho do produto não era bom o suficiente. A qualidade da imagem é boa, mas a velocidade de focagem é lenta. Posso tirar fotos de paisagens e flores, mas não consigo tirar boas fotos de objetos em movimento. E o fato de ainda haver poucos tipos de lentes intercambiáveis ​​teve um grande impacto”, diz Ishizuka.

Ishizuka admite que a empresa sabia que o primeiro mirrorless full-frame não iria competir bem contra os líderes de mercado. Além disso, a falta de uma boa linha de lentes tornava o sistema indesejável e nada assombroso em comparação com as DSLRs da época. Isso era, supostamente, parte do plano.

“Eu estava calculando que deixaria os principais fabricantes de DSLRs dizerem: 'mesmo as câmeras full-frame sem espelho não são grande coisa.' Externamente, não ousei dizer uma vez que seria o número um”, diz Ishizuka.

“Resumindo, é melhor fazer as pessoas pensarem que a Sony tem pouca participação no mercado de câmeras com lentes intercambiáveis ​​e que é um fabricante de eletrônicos que não entende muito de câmeras.”

Ele continua dizendo que queria que fabricantes de DSLR como Canon e Nikon continuassem a acreditar que mirrorless não era uma ameaça para seus negócios até que fosse tarde demais para reagir.

“Eu queria que eles pensassem: 'A Sony ainda tem um longo caminho a percorrer'”, acrescenta.

Basicamente, se a Canon e a Nikon soubessem desde o início que mirrorless era o futuro e optassem por levar a sério o desenvolvimento da tecnologia, a Sony enfrentaria uma dura luta porque teria que combater marcas mais fortes com a sua, reconhecidamente, mais fraca.

“Eu esperava que o sentimento comum no mundo dos profissionais e amadores avançados, as câmeras sem espelho não são páreo para as câmeras reflex digitais de lente única, fosse mantido até que estivéssemos prontos para nossa reversão”, acrescenta ele. “Antes que você perceba, você estará lá e vencerá a batalha.”

Se o que Ishizuka diz for verdade, a posição de anos da Sony no topo do mercado mirrorless não foi um acidente, mas o resultado de uma estratégia elaborada para pegar seus maiores concorrentes desprevenidos. É fácil de acreditar, já que foi basicamente isso que aconteceu.

A Sony passou muito tempo sentada como a única opção “séria” em mirrorless e lançou vários recursos que simplesmente não eram possíveis em uma DSLR em rápida sucessão, deixando os concorrentes comendo poeira. Levaria anos até que Nikon e Canon alcançassem, e alguns argumentam que até hoje as duas marcas ainda estão atrás da Sony.


https://petapixel.com/2023/04/20/sony-tricked-dslr-makers-into-thinking-mirrorless-was-not-a-threat/


André Sena

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Estou achando essa reportagem meio estranha.
André Sena
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YP

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Estou achando essa reportagem meio estranha.
Será que o cara inventou?


AFShalders

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Achei ridículo. Como se a Canon e a Nikon fossem ingênuas a este ponto.
Mais ridículo ainda porque nessa época já existia o sistema micro 4/3 que já estava se consolidando muito bem.
Se é verdade o que essa "entrevista" diz ou não, pouco importa. Eu acho que não faz muito sentido.

O que aconteceu foi que nem a Nikon nem a Canon estavam a fim de investir nisso e pagaram para ver no que dava, se a Sony a a Panasonic/Olympus iriam quebrar a cara ou não. Quebrar paradigmas nunca foi o forte da Canon nem muito menos da Nikon. Esses dois sempre esperaram para ver no que dava, desde a época do filme. Quando resolveram pegar o bonde já estavam para trás e tiveram que correr muito atrás para chegaram onde estão hoje com os sistemas R e Z.



LeandroR

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Também acho... Se Canon e Nikon fossem ingênuas a esse ponto já tinham sumido do mercado há muito tempo.


André Sena

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A Nikon entrou no mirrorless em 2011 com a linha Nikon 1 e a Canon em 2012 com o EOS M.

Até 2013 o mercado de ML era praticamente APS-C e M4/3 e foi quando a Sony lançou as cameras FF A7 e A7R pensando em um mercado pro.

Porque a Canon e Nikon demoraram 5 anos para lançar algo para concorrer com a linha A7 da Sony.... sinceramente difícil de dizer....

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André Sena
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AFShalders

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A Nikon entrou no mirrorless em 2011 com a linha Nikon 1 e a Canon em 2012 com o EOS M.

Até 2013 o mercado de ML era praticamente APS-C e M4/3 e foi quando a Sony lançou as cameras FF A7 e A7R pensando em um mercado pro.

Porque a Canon e Nikon demoraram 5 anos para lançar algo para concorrer com a linha A7 da Sony.... sinceramente difícil de dizer....

:ponder:


É só você ler o segundo parágrafo que eu postei...  :D


vangelismm

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cheferson

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É só você ler o segundo parágrafo que eu postei...  :D

:D:D:D:D


cheferson

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O que aconteceu foi que nem a Nikon nem a Canon estavam a fim de investir nisso e pagaram para ver no que dava, se a Sony a a Panasonic/Olympus iriam quebrar a cara ou não. Quebrar paradigmas nunca foi o forte da Canon nem muito menos da Nikon. Esses dois sempre esperaram para ver no que dava, desde a época do filme. Quando resolveram pegar o bonde já estavam para trás e tiveram que correr muito atrás para chegaram onde estão hoje com os sistemas R e Z.



O conteúdo dessa matéria tá parecendo as fofocas do Nelson Rubens rsrsrs

E sobre o fato de Canon e Nikon serem mais conservadores quanto a isso concordo totalmente. Até porque a fabricação de câmeras e lentes é algo caro e portanto na época as DSLRs estavam em seu auge e eram claramente superiores as Mirrorless . O Ernesto que o diga e ele tinha razão em muitos pontos sobre isso. Claro que hoje, a conversa é diferente. Mas eu como usuário de DSLR permanecerei neste sistema por um bom tempo rsrsrs


AFShalders

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Checheel

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Eu só "descobri" as câmeras Sony no final de 2022 quando comprei uma A7 pra ver como era, até esse dia fui usuário Nikon desde 2008, e acabei descobrindo que perdi 10 anos da minha vida me atrasando com todos os perrengues e desvantagens das DSLRs por pura ignorância. Na A7, uma câmera de 2013, quando vc gira o anel de foco da lente ela automaticamente amplia a imagem pra auxiliar no foco e mostra a distância em metros do ponto focal, coisa de outro mundo comparado as DSLRs da época, além de toda a lentidão das DSLRs ao usar o modo live-view, especialmente usando monitor externo. A A7 de 2013 deixou meu trabalho 2x mais ágil em relação as DSLRs, e é uma câmera que cumpre totalmente minhas necessidades mesmo em 2023.


cheferson

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Eu só "descobri" as câmeras Sony no final de 2022 quando comprei uma A7 pra ver como era, até esse dia fui usuário Nikon desde 2008, e acabei descobrindo que perdi 10 anos da minha vida me atrasando com todos os perrengues e desvantagens das DSLRs por pura ignorância. Na A7, uma câmera de 2013, quando vc gira o anel de foco da lente ela automaticamente amplia a imagem pra auxiliar no foco e mostra a distância em metros do ponto focal, coisa de outro mundo comparado as DSLRs da época, além de toda a lentidão das DSLRs ao usar o modo live-view, especialmente usando monitor externo. A A7 de 2013 deixou meu trabalho 2x mais ágil em relação as DSLRs, e é uma câmera que cumpre totalmente minhas necessidades mesmo em 2023.

As únicas coisas que me irritavam na A7 era que o foco automático não era dos mais rápidos, mas nenhuma mirrorless dessa época era e certas dificuldades com o sistema de menus da Sony, algo que ela deu uma melhorada muito boa na linha A6000. Mas concordo que ela foi um baita avanço em muitos quesitos. E mais impressionante pra mim até hoje são a Sony A7S e A7S2 , as duas Fullframe com melhor desempenho de iso elevado que já vi, em partes, pelo sensor ter apenas 12 megapixels. Dá pra usar ISO 102000 nela sem frescura. Simplesmente nenhuma câmera Fullframe do mercado fazia isso na época, um feito e tanto.


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Eu só "descobri" as câmeras Sony no final de 2022 quando comprei uma A7 pra ver como era, até esse dia fui usuário Nikon desde 2008, e acabei descobrindo que perdi 10 anos da minha vida me atrasando com todos os perrengues e desvantagens das DSLRs por pura ignorância. Na A7, uma câmera de 2013, quando vc gira o anel de foco da lente ela automaticamente amplia a imagem pra auxiliar no foco e mostra a distância em metros do ponto focal, coisa de outro mundo comparado as DSLRs da época, além de toda a lentidão das DSLRs ao usar o modo live-view, especialmente usando monitor externo. A A7 de 2013 deixou meu trabalho 2x mais ágil em relação as DSLRs, e é uma câmera que cumpre totalmente minhas necessidades mesmo em 2023.
Está se referindo pelo fato de usar lente manual?


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As únicas coisas que me irritavam na A7 era que o foco automático não era dos mais rápidos, mas nenhuma mirrorless dessa época era e certas dificuldades com o sistema de menus da Sony, algo que ela deu uma melhorada muito boa na linha A6000. Mas concordo que ela foi um baita avanço em muitos quesitos. E mais impressionante pra mim até hoje são a Sony A7S e A7S2 , as duas Fullframe com melhor desempenho de iso elevado que já vi, em partes, pelo sensor ter apenas 12 megapixels. Dá pra usar ISO 102000 nela sem frescura. Simplesmente nenhuma câmera Fullframe do mercado fazia isso na época, um feito e tanto.
Aham, A7SII é icônica.

Mas parece que a Sony deu uma largada na linha S.