Azevedo a Natgeo é referência mas não pela qualidade das mídias e da apresentação gráfica, a impressão e o papel usados na Natgeo nem são de máxima qualidade, na verdade são até ruins para os padrões de alta performance de muitos dos veículos que temos por ai, além disso o formato é pequeno, ou seja, não tem absolutamente nada a ver com o assunto que estamos discutindo, o foco deles é no refino do trabalho do fotógrafo e não em qualidade de apresentação da imagem, isso são elementos distintos.
O padrão de aceitação de revistas como a Vogue também não tem a ver com economia de tempo, somente com qualidade do material apresentado, tanto que eles aceitam normalmente películas de médio e grande formato (que são péssimas em termos práticos), mas eu nunca soube da Vogue ter aceitado películas de formato 135, pelo menos até o momento nunca ouvi falar de um caso sequer e se aceitaram devem ter sido uns poucos, nos EUA eles estão aceitando apenas MF digital e GF, o que é o cúmulo da axigência para a qualidade (mesmo porque a Vogue americana é uma das revistas mais bem impressas que conheço), o padrão de exigência está ligado ao ramo e à qualidade de impressão, a Natgeo aceita fotos de qualquer origem, pois sua impressão não é exigente, assim como seus objetivos não se focam nesse tipo de cuidado e sim no cuidado com a própria concepção da imagem, como a Veja (que com a qualidade do que imprimem podem aceitar até um esboço, rs...
), que se preocupa mais com a informação do que com a qualidade em si (mesmo porque o volume de impressão é alto e os objetivos da revista não passam nem perto disso). O padrão de exigência é vinculado ao nível de qualidade que a publicação emprega na impressão e os veículos que trabalham com alto nível de qualidade de impressão optam exclusivamente por MF e GF e formatos digitais (algumas recentemente exigindo formatos digitias no mínimo APS de 8MP e 10MP).
Mas não precisa ir longe, em todos os testes que tenho visto o delineamento do filme de baixa granulação é melhor que um digital até uns 10MP, mas a retenção de texturas é bem menor, inclusive no exemplo mostrado a retenção de texturas é catastrófica, inclusive na imagem no microscópio, é difícil até mesmo definir a forma das folhas em uma imagem daquele porte, se ampliadas as filhas ficam parecidas com a da coolpix5000, a única vantagem (em relação à coolpix) é o delineamento, que mesmo assim teria que ser melhor analisado para ter como referência a mesma lente, porque convenhamos um teste comparando qualidade de registro de uma mídia com lentes tão diferentes não pode ser levado muito a sério.
Eu tenho pensado em desenvolver um teste com o Vélvia 100 x neopan x Pro160s x S3 com a mesma lente, ampliando os filmes por meio ótico para 20X30 e o digital por meio digital para 20X30 (aproveitando assim a qualidade dos dois mundos) e em seguida digitalizando essas cópias 20X30 para análise, dessa forma eu quebraria o maior problema desses testes que é a origem dos métodos ser diferente, no caso teríamos o processo analógico e o digital sendo realizados para o meio final e por fim a digitalização de ambos, produzindo assim as mesmas perdas para ambos e possibilitando uma comparação formal adequada. O problema de fazer isso ainda continua sendo a disponibilidade de câmeras nikon de filme, que eu infelizmente não possuo mais a algum tempo.
Mas pretendo fazer isso para tirar de vez essa dúvida a respeito desse tema, porque ela ainda me aflige, em termos gerais tenho visto os resultados do digital bem melhor, mas como nunca estou satisfeito com o que vejo e gosto de mensurar ai vc já viu né?