Em algum momento, creio, será preciso escolher entre fazer o que é fácil e evoluir.
Para evoluir, a única técnica que conheço é sempre procurar ficar fora da "zona de conforto", isto é, daquilo que já estamos carecas de saber fazer.
Ao longo de muitas e muitas tentativas -e por isso não acredito mais nisso- todas as vezes em que tentei aumentar o nível de dificuldade de um processo de aprendizado coletivo houve reações contrárias do tipo "mas assim ninguém vai querer". Então assisto, atônito, essa coisa maluca de tantos dizerem quererem evoluir mas não quererem pagar o preço psíquico desta evolução.
Porque quando saímos da zona de conforto os resultados são incertos. Muita gente fala que o erro ensina. Não é bem o erro, é a percepção tardia do que seria certo, do que teria dado resultado.
Quando o rafanubi diz que sabia dos problemas da foto, ele de certa maneira está me dizendo que tentou fazer aquilo que não tinha certeza, e agora sabe o que precisa controlar. Isto em um fator absolutamente técnico, mas é um atestado de aprendizado.
No setor de linguagem pessoal, dá-se o mesmo. Podemos passar a vida fazendo fotografias genéricas, equivalentes a outras tantas fotografias. Isso é pecado? Claro que não. Eu acho pouco, pouco desafiante, pouco motivador, mas isso é de cada um.
O que sei é ser necessário sair da comodidade e ir fazer exatamente aquilo que é difícil. Não existe pescaria sem jogar o anzol ou a rede.