Vamos lá...
Leo, não estou dizendo que será igual ao de uma compacta. O que digo é que na prática, uma lente dessas de 25mm que começa em f2.8 será quase sempre usada de uma forma que dará enorme profundidade de campo, e como linguagem, ela aproximar-se-á muito da de uma compacta grade.
A linguagem de um formato/cãmera/lente devém das opções fotográficas que ela facilita, e das que ela dificulta. Isso delimita o "jeitão" das fotos que ela fará. O jeitão das fotos desta 25mm e 3/4 será muito parecido com o jeitão de uma foto feita em câmera com 2/3, mesmo com a diferença do tamanho do sensor.
Você sabe que gosto de imagens com fundo composto, então eu acho que isso gera um leque de aplicabilidade muito interessante. Minha questão é só ter a clareza quanto ao que acontece de fato, para que não se pense que a 25mm é de fato substituta de uma 50mm clássica.
A linguagem de DOF de uma APS é de fato semelhante à de uma cãmera 35mm em comprimentos focais acima de 50mm reais (ou seja, 80mm-equivalentes. Isso porque o DOF já é curto mesmo, e aí as APS beneficiam-se do uso de lentes luminosas como equivalentes de outras mais escuras.
Mas 50mm, que é uma visada fundamental na fotografia clássica, já não fica tão bem atendido. Isso porque as 50mm clássicas reuniam muito controle de DOF com extrema qualidade ótica, e uma 30mm pode até ser f/1.4 (então equivalendo a algo como f/2.3 em termos de DOF, ainda com bastante controle), mas nunca será uma 50mm em termos de desempenho ótico também.
O problema nas APS-C está na linha divisória dos 80mm-equivalentes. Acima disso, a linguagem é muito próxima da foto com filme. Abaixo disso ela vai se distanciando e começando a chegar perto da linguagem de hiperfocal.