Para marcar o primeiro aniversário do cerco à escola de Beslan - tomada por rebeldes chechenos no dia 3 de setembro de 2004, e que terminou com a morte de pelo menos 330 reféns (metade deles de crianças) -, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que crianças e outros reféns de 13 a 18 anos registrassem suas impressões da vida na cidade.
O professor de fotografia Giacomo Pirozzi disse que o projeto se tornou "uma profunda forma de terapia".
Cicatriz As crianças insistiram em visitar a escola invadida.
Destruição e buracos de balas ainda existem no local onde rebeldes chechenos fizeram mais de mil pessoas como reféns por três dias.
Tropas de elite da Rússia explodiram buracos nas paredes da escola, permitindo com que alguns reféns escapassem.
Preto "Beslan era um lugar cheio de vida, mas agora a cor dominante da cidade é o preto", disse Aida Ailarova, do Unicef.
"O luto durou o ano todo, e as pessoas não se sentem bem em comemorar ou celebrar qualquer coisa que seja - não houve cerimônias de casamento por aqui depois da tragédia."
Expressão "Durante todo o ano eles ouviram sobre como o mundo falou sobre eles", disse Amir Tagiev, psicólogo que trabalhou com as crianças de Beslan.
"Agora, por meio dessas fotos e dessa exposição, eles podem dizer ao mundo quem eles são e o que eles sentem."
Alegria e amor Soslan Dzugaev, de 13 anos, ganhou o prêmio de melhor foto pela imagem acima.
Como parte do projeto, as crianças tinham de capturar imagens que expressassem "Alegria e Amor".
O professor de fotografia Pirozzi ficou impressionado com a reação.
"Queríamos mostrar que a vida continua em Beslan, e as crianças realmente queriam expressar esses sentimentos."
Esperança A mostra Crianças são a coisa mais preciosa do mundo acontece até o dia 9 de setembro no Centro Cultural de Beslan.
Outras informações sobre o trabalho do Unicef em Beslan podem ser encontradas no site
www.unicef.org/russia 