Oliver a K20D é na verdade limitada em relação às concorrentes, não quer dizer que seja impossível de ser usada. A diferença era importante, principalmente no lançamento, onde pelo mesmo preço você comprava coisas bem melhores.
Você pode fazer fotos com câmeras dos mais variados tipos. Mas para fotografar bem precisa reconhecer as limitações, principalmente vinculadas à suas atividades.
A K20D, se comparada com as concorrentes de sua época, é uma câmera bastante limitada, tanto em sistemas, como em qualidade de imagem (perceba que a técnica de exposição do Ivan, se aplicada em outras câmeras levaria a resultados ainda melhores). A questão toda é seu uso e seu nível de exigência. No caso do Ivan ele comprou a K20D por uma barganha (pagou muito pouco pela câmera, bem abaixo do valor pelo qual ela era comercializada). Isso obviamente fez compensar, mas não quer dizer que ela seja melhor que as concorrentes, assim como a K7 não é.
Outro problema sério das Pentax são os sistemas, que para o caso do Ivan, que trabalha em modo manual, faz pouca diferença, mas para quem usa o AF já pode ser um sério problema.
Saber avaliar estas limitações é muito importante. Você pode achar que uma câmera é boa para seu uso, mas isso não quer dizer que ela seja a melhor opção em um determinado momento, o que abre duas importâncias para uma avaliação crítica bem feita. A primeira é que te permite identificar se a câmera vai te atender ou não, a segunda é identificar se a câmera é o melhor negócio naquele momento ou não. Você pode achar que se a câmera te atende então tudo bem pagar o mesmo preço por um equipamento pior, mas tem muita gente (assim como eu) que acha que se você pode pagar o mesmo valor por dois equipamentos então é melhor comprar o que te oferece mais pelo mesmo preço.
Eu como uma pessoa coerente eu avalio comparativamente (e não em termos absolutos, porque isso não existe). Uma câmera é a melhor opção em dada categoria em um determinado momento histórico.
O Ivan comparou, por exemplo a 20D com a K20D, ambas são boas câmeras, atendem a muitos usos, mas são câmeras de momentos distintos, espera-se muito mais da K20D do que da 20D e mesmo assim os sistemas (como AF da 20D) ainda se saem melhores do que o da K20D.
Quanto à comparação só para ter uma idéia aqui está um ISO 6400 da A700, com luz fluorescente (o seja significativo desvio tonal), com a versão 1.0 do firmware (uma versão que tinha reconhecidamente um problema em ISO alto) e convertida com o ACR (que também tinha reconhecidamente um problema e limitações, porque tinha acabado de ser lançado para a câmera em questão e a Adobe não tinha se "achado" ainda).
PS: O foco está no rosto do boneco..
Uma câmera da mesma época da K20D e a imagem pouca coisa pior em ISO 6400 do que o resultado que o Ivan conseguiu com o ISO 1600 e condições de firmware e conversores bem mais maduros para a câmera, do que a conversão feita nesta época. Se você pegar outros atibutos também verá o mesmo tipo de diferença. Se se lembrar que na época você comprava uma A700 com AF muito mais rápido, maior precisão de medição, esta IQ e tudo mais por apenas US$ 100,00 a mais você verá que as críticas à Pentax fazem todo o sentido.
Agora na realidade atual, com esta câmera sendo vendida por US$ 640,00, já é um equipamento que reconhecendo-se suas limitações (como o Ivan conhece) e direcionando para aplicações específicas, você pode certamente avaliar como uma opção de investimento bastante pertinente.
Eu sempre chego a cogitar Pentax para minhas compras, para falar a verdade a K7 ainda continua na minha lista de opções, mesmo eu sabendo que ela está muito longe de ser a melhor câmera da categoria. Mas pode ser que para meu uso ela seja o equipamento que melhor compense o investimento.
Ai volto a esclarecer, quando se avalia equipamentos comparativamente não se está falando este equipamento é a única solução e este não serve para nada. Se está falando em um equipamento ser superior ao outro e quanto ele é superior. Se ele é a melhor opção depende de todo um juízo de valores, que passa por julgar se as diferenças de preços compensam as diferenças de qualidade e coisas do tipo.
Para mim alguém pode comprar um equipamento inferior e trabalhar muito bem com ele, alguém também pode julgar que os US$ 100,00 que uma A700 custava a mais, na época do lançamento, não valiam o apanhado de benefícios adicionais que ela proporcionava como concorrente direta, mas é importante ter em mente que isso é uma questão pessoal. Eu só consideraria estúpido pagar mais caro por algo pior, agora julgamentos de valor são uma outra questão.
Se você me perguntar se a imagem de uma A700 é melhor do que a de uma K20D ela de fato é. É o dobro melhor em latitude, cerca de 10% melhor em nitidez e assim por diante (ou seja significativamente melhor), agora se você acha que esta superioridade não vale determinada diferença é uma definição de atributos pessoais e subjetivos.
Na verdade este seu comentário é algo que tento mostrar a tempos como pode ser equivocado e de leitura problemática, pois demonstra certo despreparo na separação entre critérios objetivos e critérios subjetivos.
Uma coisa é o que se pode medir, outra coisa é o valor que se dá ao que é medido. O que se pode medir permite que se afirme, por exemplo, que o AF da A700 é 4x mais rápido e erra 3x menos do que o da K20D. Outra coisa é a importância que você dá para isso. Não se pode negar que há uma superioridade absurda em termos do que é medido, mas para um cara como o Ivan, que trabalha com foco manual, qual a importância disso?
Esta diferenciação é extremamente importante para que você não leve as pessoas ao engano. Você tem que comparar com o que se pode medir e com isso (por mais que você ache que não) se pode dizer que EM COMPARAÇÃO com as concorrentes da mesma época a Pentax K20D era sim bastante limitada. Eu mesmo acho pouco provável que o próprio Ivan (como um cara com boas definições de critérios objetivos e subjetivos) pagaria US$ 1299,00 em uma K20D com uma Sony A700 por US$ 1399,00 ou uma 40D por US$ 1099,00, como na época que foram lançadas. Mas hoje com este cenário de preços (onde o preço da K20D chegou a um valor muito baixo) ela sem dúvida se tornou uma opção bastante atrativa, não pela qualidade ter aumentado em relação à concorrência e sim porque seu preço tornou-a praticamente de uma categoria abaixo, onde vários de seus atributos passaram a colocá-la em uma disposta mais justa com tais câmeras, porque mesmo com uma perda de IQ uma K20D por US$ 640,00 pode ser, sem dúvida, mais atrativa do que uma Sony A550 (por exemplo), por US$ 950,00 e seu view de 0,80x (que provavelmente daria nos nervos para um cara como o Ivan que fotografa no manual).
De uma olhada neste artigo, que ele é bastante importante para entender como um processo de escolha coerente deve proceder misturando as questões subjetivas referentes ao uso e o objetivo (passível de medição), te garanto que o que serve para o Ivan dificilmente serve para a grande maioria dos fotógrafos e te garanto também que conhecendo o Ivan ele teve muito critério e conhece muito bem os limites do equipamento e a influência destes limites sobre seu uso:
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